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Polícia não descarta falha humana em acidente que matou Marília Mendonça

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Aeronave que levava Marília Mendonça parou sobre as pedras da cachoeira e teve a fuselagem avariada (Foto: Reprodução Redes Sociais)
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Um ano após o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outros quatro ocupantes da aeronave, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou informações sobre o andamento da investigação que busca apontar a causa da queda do avião. Até o momento não foi descartada a falha humana e mecânica da aeronave.

O delegado responsável pelo inquérito, Ivan Lopes, afirmou que o piloto da aeronave não seguiu o padrão de pouso do aeródromo. Segundo depoimentos da investigação, ele fez a aproximação pelo lado correto, mas se afastou do local recomendado, saindo da zona de proteção do aeródromo. As investigações apontam que a aeronave estava voando baixo e bateu em um cabo de uma torre de distribuição. Com a tensão, o cabo de aço se enrolou no motor esquerdo da aeronave e fez com que ele se desprendesse no ar.

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O delegado afirma que, naquela região, não havia obrigatoriedade de sinalização das torres da Cemig e que o controle de tráfego pelo piloto para pouso foi feito de forma que não é o padrão em Caratinga. “Na zona de proteção há um documento emitido pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), chamado Notam, no qual consta qualquer tipo de obstáculo dentro da zona de proteção do aeródromo, dentro daquela circunferência de 3 quilômetros. As torres estão a 4,6 mil metros da cabeceira da pista.”

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No momento, a PCMG aguarda os laudos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para concluir as investigações e apontar falha humana, caso não haja nenhum defeito nos motores. Lopes, no entanto, reforça que a queda trata-se de um acidente. O fator meteorológico também foi descartado. Segundo o delegado, é possível afirmar que no dia da queda do avião as condições eram favoráveis para o voo visual.

Ivan Lopes finaliza afirmando que o próximo passo da investigação é a análise do fator máquina. “Precisamos entender por que o piloto voava tão baixo naquele local. A Polícia Civil quer apresentar a solução do caso de forma mais célere possível, mas com muita responsabilidade.”

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A Polícia Civil se baseou nos depoimentos de dois pilotos: um iria pousar em Caratinga no mesmo dia e ouviu o piloto da aeronave de Marília Mendonça antes do acidente. O outro piloto estava no aeródromo. “Esses dois depoimentos são muito importantes para a Polícia Civil, porque sabemos que até um minuto e meio não havia qualquer tipo de problema com a aeronave, o piloto não reportou nenhum tipo de problema. E que ele acabou saindo do padrão de pouso em Caratinga”, observa Lopes.

O acidente

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No dia 5 de novembro de 2021, Marília Mendonça viajava para Caratinga, onde faria um show. O avião bimotor de pequeno porte que transportava a cantora e mais quatro pessoas caiu em uma cachoeira, após bater em um cabo de uma torre de distribuição da Cemig. Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto, Geraldo Medeiros; o copiloto, Tarciso Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho.

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