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Estado libera vacinação de adolescentes com doses remanescentes de Pfizer

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A partir da próxima semana, os municípios mineiros que já completaram a vacinação contra a Covid-19 de adultos poderão iniciar a vacinação de adolescentes, entre 12 e 17 anos, e a aplicação de doses de reforço para idosos. A decisão vale para as cidades que possuam unidades remanescentes do imunizante da Pfizer. A informação foi revelada pelo secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, em entrevista à Rádio Transamérica Juiz de Fora, na quinta-feira (2). A Tribuna entrou em contato com a Prefeitura para saber se o município possui doses remanescentes de Pfizer para iniciar a vacinação de adolescentes e ainda aguarda resposta.

Segundo o titular da SES-MG, o Governo de Minas irá publicar uma deliberação no Diário Oficial oficializando a possibilidade no sábado (4). A decisão vai permitir que algumas cidades mineiras abram a vacinação de adolescentes e a aplicação de terceira dose para idosos antes mesmo da distribuição de imunizantes com este fim pelo Ministério da Saúde. “Entre as vacinas que o Ministério da Saúde vem distribuindo, ainda não veio para adolescentes”, diz Baccheretti.

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Quanto à imunização de adolescentes, ela deve priorizar inicialmente aqueles jovens que possuem comorbidades, como aconteceu inicialmente com os adultos com menos de 60 anos. Já a aplicação de doses de reforços para idosos deve atender às pessoas que completam seis meses de recebimento da segunda dose. Desse modo, inicialmente receberão a terceira vacinação os idosos com 80 anos ou mais, que foram vacinados com a Coronavac. “Apenas os idosos que tomaram a Coronavac já têm seis meses da segunda dose. A AstraZeneca, como tem um intervalo maior, ainda não tem seis meses”, explica o secretário. A expectativa do Governo estadual é que 380 mil idosos precisem do reforço apenas em setembro.

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Também já está definido que a terceira dose será realizada com o imunizante de marca diferente do utilizado nas duas primeiras aplicações. Ou seja, quem foi vacinado inicialmente com a Coronavac terá o reforço com a Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, os outros três produtos que compõem o Programa Nacional de Imunização (PNI). A partir de 15 de setembro, o Governo federal deve começar a enviar vacinas visando a terceira aplicação. Até o final do ano, as doses de reforço devem atender a idosos de até 60 anos e também a imunossuprimidos.

Antecipação da segunda dose em Minas

Outra novidade na campanha de vacinação diz respeito à antecipação do intervalo entre doses da Pfizer e da AstraZeneca. A partir de setembro, a distância entre as duas primeiras aplicações passa de três para dois meses. “Futuramente, a Pfizer poderá reduzir ainda mais o intervalo da primeira para segunda dose”, projeta Baccheretti, citando pesquisas que atestaram a segurança da redução do intervalo para três semanas.

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Novo momento da pandemia

Atualmente, o estado está próximo de ter todas as macrorregiões na onda verde do programa Minas Consciente, que regula o enfrentamento à pandemia a nível estadual. O fato é um indicador do momento positivo da situação epidemiológica, segundo Fábio Baccheretti. O desafio, agora, passa a ser controlar a variante Delta. “O que vale lembrar é que os cuidados são os mesmos, uso de máscaras, distanciamento, higiene das mãos e a vacinação com duas doses”, destaca.

Juiz de Fora tem protagonismo no início da circulação da variante no estado, sendo a cidade com o maior número de casos notificados em Minas. Para o município, a recomendação do Estado é que reforce a busca pelas pessoas com atraso vacinal. “Como Juiz de Fora já chegou aos 18 anos (na vacinação de primeira dose), o mais importante agora é que o município faça a busca ativa daqueles que não tomaram a segunda dose. A atuação mais importante, além dos cuidados, é a gente garantir a segunda dose e o reforço dos idosos ainda neste mês”, constata Baccheretti.

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AstraZeneca em atraso
Ao longo dos últimos meses, Juiz de Fora enfrenta problemas para manter a aplicação de segunda dose de AstraZeneca, dada a recente falta de doses. Nas últimas semanas, a Tribuna tem questionado recorrentemente a PJF sobre qual é o tamanho da fila para o recebimento da segunda dose do imunizante, mas o Executivo municipal, até o momento, não respondeu ao jornal.

Nesta sexta, a reportagem voltou a questionar a Prefeitura sobre o tema e também solicitou o número de pessoas com a segunda dose atrasada das demais vacinas, mas ainda não houve resposta.

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