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Candida auris: Estado investiga 5 casos de infecção pelo fungo

Candida auris: Estado investiga cinco casos de infecção pelo fungo
(Foto: Reprodução/Agência Einstein)
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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que cinco casos de infecção pelo fungo Candida auris estão em investigação. Todos as pessoas com suspeita tiveram contato com o paciente confirmado como o primeiro caso do estado – que estava internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e teve alta no fim de setembro. Segundo a pasta, a ocorrência está sendo investigada e monitorada pelos órgãos competentes desde então. Já em Juiz de Fora, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que não há nenhum caso em investigação.

Segundo a SES-MG, os casos suspeitos de infecção pelo fungo Candida auris estão sendo monitorados desde o ano de 2021, logo após o primeiro caso confirmado no país. Desde então, foram registradas no estado 129 suspeitas e uma confirmação. Tanto o paciente com o fungo detectado como os cinco suspeitos estão assintomáticos. A Secretaria de Saúde de Juiz de Fora destacou que todos os hospitais estão preparados, e as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) próprias possuem protocolos estabelecidos.

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O ‘superfungo’ Candida auris

De acordo com a Agência Einstein, o primeiro caso de infecção foi registrado em Salvador, na Bahia, em 2020. Apesar de o Candida auris não fazer parte da microbiota humana, ele está presente no ambiente e representa perigo, já que pode causar surtos em estabelecimentos de saúde. Além disso, é possível que o fungo sobreviva na pele ou nas mucosas de uma pessoa saudável sem causar problemas à sua saúde. Dessa forma, ele pode ser transportado do ambiente para os hospitais.

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Os pacientes que já estão internados por outros motivos podem entrar em contato com o fungo e serem infectados, pois, de acordo com os infectologistas, estão com o sistema imunológico fragilizado e expostos a antibióticos e procedimentos médicos invasivos. Outra característica que o torna super-resistente é a capacidade de aderir tanto a tecidos vivos quanto às superfícies inertes, como dispositivos médicos. Caso o fungo alcance o sangue, ele pode se espalhar para outros órgãos e causar candidíase invasiva, ou seja, uma infecção generalizada. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da candidíase invasiva varia de 29% a 53%.

Os sintomas comuns da candidíase invasiva são febre e calafrios que não melhoram após o tratamento com antibióticos, além da ausência de infecção bacteriana. No entanto, apenas um teste de laboratório pode diagnosticar a infecção por Candida auris.

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*sob supervisão da editora Fabíola Costa

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