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Rio Pomba Valley é a nova aposta da cidade que não cansa de se reinventar

CATAGUASES Divulgacao Energisa 4
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Há uma máxima de que tudo é possível em Cataguases. Além de ser considerada a mais modernista das cidades mineiras com seu museu a céu aberto por onde desfilam obras de Oscar Niemeyer, Francisco Bologna, Portinari, Djanira, os jardins de Burle Marx, dentre muitas outras obras de arte, ela também é responsável por seguir produzindo grandes nomes da literatura e, mais recentemente, abrigar o Polo Audiovisual da Zona da Mata, recriando o protagonismo de seu filho ilustre Humberto Mauro, o eletricista e jogador de futebol que é um dos pioneiríssimos do cinema nacional. E, por que então não juntar toda essa verve criativa com as mais promissoras tecnologias digitais e sonhar em sediar o “Vale do Silício à mineira” com o ousado e ambicioso programa Rio Pomba Valley?

Essa é a nova aposta da cidade de cerca de 70 mil habitantes que não cansa de se reinventar ancorada no protagonismo empreendedor e de coletividade que a tornam realmente um lugar muito especial. A iniciativa do Grupo Energisa tem como proposta transformar a Zona da Mata em um hub tecnológico e de economia criativa, a partir de um ecossistema de empreendedorismo e inovação, que começa com a formação de mão de obra qualificada para a indústria 4.0. A escolha do nome já diz muito ao remeter a um dos maiores centros de tecnologia do mundo, o Silicon Valley, na Califórnia (EUA), que traz consigo a soma de conceitos, como inspiração, sonho, ambição e oportunidade.

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“O Programa Rio Pomba Valley contribui para que seja possível criar um ambiente de empreendedorismo e inovação, com formação de pessoal capacitado, de parcerias entre empresas já instaladas e que desejem se instalar na Zona da Mata Mineira, de desenvolvimento de novos negócios e, enfim de ambiente fértil para retomada de crescimento da região e capaz de atrair negócios. Ainda, por ser um ambiente de parceria de empresas de porte e âncoras na região, amplia a confiabilidade das perspectivas de desenvolvimento”, explica o diretor presidente da Energisa Minas Rio, Eduardo Mantovani.

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Arquitetado por cerca de quatro anos antes de ser oficialmente lançado em 2022, com a oferta da primeira turma de formação em tecnologia com 35 vagas, tanto como desenvolvedor back-end quanto front-end, além do estímulo a habilidades socioemocionais e empreendedoras, o Rio Pomba Valley conta com as parcerias de SESI, Fiemg, Senai eEduLivre.

Coordenadora de Investimento Social do Grupo Energisa, Delânia Cavalcante destaca a empregabilidade que a iniciativa proporciona ao preparar profissionais sintonizados com os desafios do século 21 que o mercado de trabalho necessita de fato. Tanto que a primeira investida resultou na contratação de 16 alunos pela Energisa e parceiros, 11 profissionais já atuando em outras empresas, oito disponíveis para contratação imediata, formação da Rede Alumni para conexões e 24 projetos de sites e aplicativos desenvolvidos.

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No próximo dia 28, a nova turma de desenvolvedores “fullstack” com 40 alunos residentes na Zona da Mata, oriundos de escolas públicas e com idades acima de 17 anos inicia sua preparação gratuita, após aprovação em processo seletivo que recebeu 752 inscrições. Dos inscritos, 399 concluíram a trilha desafiadora feita integralmente na plataforma da EduLivre. Agora, os cem melhores pontuados participam de entrevista que tem como questão mais significativa identificar os reais interesse e envolvimento do candidato com tecnologia, explica Delânia, bastante satisfeita com os resultados obtidos.

Em agosto, o Grupo Energisa realizou Encontro de Articulação do Programa Rio Pomba Valley, em Cataguases, que contou com a presença de representantes de instituições públicas e privadas para apresentação de resultados e atração de novas parcerias estratégicas, inclusive para custeio da formação profissional. Foram mapeados 14 possíveis parceiros na região, explica Delânia, ao destacar que as conversas já foram iniciadas.

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A iniciativa do Grupo Energisa tem como proposta transformar a Zona da Mata em um hub tecnológico e de economia criativa, a partir de um ecossistema de empreendedorismo e inovação, que começa com a formação de mão de obra qualificada para a indústria 4.0, ao mesmo tempo que potencializa os recursos já existentes (Foto: Divulgação)

Educação que atraiu Ary Barroso, Chico Buarque e Dori Caymmi quer formar pratas da casa

É impossível não relacionar o investimento que Cataguases está fazendo em educação, na formação de profissionais para indústria 4.0, com fatos históricos que resultaram na atração de alunos que se tornariam, anos depois, personagens indispensáveis da cultura brasileira.

Nos anos 1920, Ary Barroso frequentou o casarão do então Ginásio Municipal de Cataguases. O mesmo que, no final dos anos 1940, cedeu espaço para a construção do prédio projetado por Oscar Niemeyer, dando início às atividades do Colégio Cataguases. A instituição fundada pelo industrial e escritor, Francisco Inácio Peixoto, visava acolher alunos internos vindos de várias partes do país. Entre eles, ninguém menos que Chico Buarque, que escreveu crônicas para o folhetim escolar aos 15 anos, e Dori Caymmi.

Hoje, porém, o investimento em educação tem como objetivo primordial não apenas preparar mão de obra especializada, mas garantir a permanência na região destes profissionais tão disputados pelo mercado de trabalho, em um movimento inverso ao que se deu no passado.

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“Participar do projeto Rio Pomba Valley foi uma experiência extremamente gratificante e desafiadora. Desde sempre tive o sonho de trabalhar na área de tecnologia, mas acreditei que, para concretizá-lo, precisaria deixar minha região natal. No entanto, graças a esse projeto, pude encontrar meu caminho”, conta Camila Belmiro, de 22 anos. Natural de Cataguases, atualmente ela ocupa a posição de desenvolvedor técnico no Grupo Energisa e foi uma das alunas da pioneira turma da formação.

“Agora, percebo que tenho a capacidade de avançar efetivamente na minha trajetória profissional e desfrutar de uma excelente qualidade de vida”, acrescenta a jovem satisfeita por não precisar se afastar da família e dos amigos. Assim como Camila, o analista de sistemas, Marcelo Ramalho, considera o programa como um grande diferencial em sua vida.

“Ele me proporcionou uma oportunidade única de crescimento, expandindo minha confiança e habilidades interpessoais. Ao interagir com colegas e instrutores, aprendi a valorizar a diversidade de pensamentos e perspectivas, tornando-me mais aberto a novas ideias e experiências”, observa Marcelo. “O projeto me motiva a permanecer. Tenho o desejo de seguir contribuindo para o objetivo que é criar um polo tecnológico na região.”

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Delânia Cavalcante, do Grupo Energisa, destaca a empregabilidade que a iniciativa proporciona: já são 16 alunos contratados pela Energisa e parceiros, 11 profissionais atuando em outras empresas, oito disponíveis para contratação imediata (Foto: Divulgação)

Rede colaborativa resgata as raízes

As inúmeras possibilidades do Rio Pomba Valley inspiram todos que têm interação com a iniciativa. Presidente do Conselho de Desenvolvimento de Cataguases (Codec), Jesusimar de Oliveira Dornelas, explica que o programa gera as melhores expectativas.

“Sabemos que tecnologia e inovação são o presente e o futuro. O programa cria essa rede colaborativa, a união de esforços entre instituições de ensino, poder público e empresas. É tudo que precisamos, no entanto, é difícil de se consolidar. Sem o apoio da Energisa isso não seria possível. Esse modelo permite a formação focada na necessidade das empresas, rompendo a barreira entre a academia e o mercado de trabalho”, observa Jesusimar.

“Estamos vislumbrando a criação de produtos que vão desde aplicativos a criação de conteúdo, dentre outros. Tudo isso aliado às nossas raízes que vão da indústria à cultura pujante da Zona da Mata”, conclui o presidente do Codec.


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