O juiz-forano João Luiz Vieira Júnior, o “João Bala”, de 38 anos, morador do Bairro Democrata, na Zona Norte, irá participar da Maratona de Boston, uma das disputas mais famosas do mundo, no dia 21 de abril. Para custear a ida aos Estados Unidos, ele está vendendo camisas de corrida personalizadas. Os interessados em ajudar podem entrar em contato com o atleta através do Instagram @joao_bala.
Conforme conta o administrador de empresas, a camisa foi desenhada e planejada por ele próprio. “As pessoas podem me ajudar a realizar meu sonho. Todos os detalhes foram pensados, estão relacionados à corrida. Quero que as pessoas sintam esse momento. Também planejo fazer uma corrida com as pessoas que comprarem”, projeta. A vestimenta é vendida por R$ 69,90.
Do início à Maratona de Boston
João começou a correr em 2014, devido a problemas de saúde. Na época, ele bebia, fumava e saía muito – o apelido “Bala” vem de balada. Porém, em determinado momento, quis mudar seu futuro e decidiu praticar a atividade física. Em 2017, se profissionalizou e conseguiu perder 25 quilos em poucos meses.
Hoje, já são mais de 88 medalhas e participações em Maratonas do Rio e Porto Alegre, além da São Silvestre. “Mas meu maior objetivo, desde que comecei a correr, era a Maratona de Boston, que já tem 129 anos de história. A meta era fazer em 2021, mas a pandemia adiou o sonho. Nesse ano, corri a Maratona de Florianópolis e consegui me qualificar. É a vontade de todo atleta que começa a se dedicar na corrida”, afirma.
Segundo ele, o objetivo é terminar a prova entre os dez melhores brasileiros. “Como precisa de ter um tempo, não é só pagar inscrição, são atletas ótimos, dignos de estar ali. Todos os corredores possuem tempos em faixas parecidas com a minha. Vou atrás do objetivo, estou fazendo muitos treinos. Alguns duvidam de mim, outros me elogiam pelo meu esforço”, diz.
Incentivo no Instagram
Diariamente, João Bala utiliza o Instagram para passar mensagens positivas aos seguidores. Ele posta seus treinos, mensagens de superação, alimentação e tempo de descanso. “Rede social, no meu ponto de vista, é para mostrar momentos alegres. Ostentar felicidade. Desde 2017, coloco um bom dia e o número do treino que estou fazendo. Hoje, já são mais de 1.800 contados, isso porque teve a pandemia. Busco mostrar o dia a dia, a vida normal, os perrengues também. Tento incentivar quem está começando na corrida”, pontua.
*Sob supervisão do editor Gabriel Silva