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Maior artilheiro do Mário Helênio, Ademilson sonha com marca de 70 gols

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Em 13 de novembro de 2011, Ademilson entrou de vez para a história do Tupi e do futebol juiz-forano ao marcar o único gol da partida de ida da final da Série D, contra o Santa Cruz, no Mário Helênio (Foto: Leonardo Costa)
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Em campo, ninguém balançou as redes mais vezes que ele nos 30 anos do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Ao todo, até aqui, ele foi responsável por superar goleiros adversários em 53 oportunidades desde 2007, na primeira vez que defendeu o Tupi. Virou o maior artilheiro da história do Galo no principal palco esportivo de Juiz de Fora, com 43 tentos. Hoje, com a camisa vermelha e branca do Tupynambás, também já registra a marca de maior goleador do Leão do Poço Rico no Estádio, autor de dez gols. Ademilson, ou para os torcedores locais, o “Ademito”, ídolo carijó e do Baeta, concedeu entrevista exclusiva à Tribuna e brincou com o apelido de “rei do Estádio Municipal”.

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“Ser artilheiro do estádio é muito gratificante. Tenho o maior orgulho de falar que sou o maior artilheiro do Municipal. É minha casa, sempre falei isso aos meus companheiros. Alguns falam que sou o ‘dono’ do Municipal, mas obviamente por brincadeira. Não me considero o rei do estádio, ou algo assim, mas fico muito feliz por ter marcado mais gols que todos até aqui. E sei que outros jogadores vão surgir e terão a capacidade de me ultrapassar, assim como fiz desde quando cheguei. Espero prolongar essa marca por muito tempo, claro, mas não me considero o rei do estádio”, comenta o veterano, hoje aos 44 anos.

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A caminhada de Ademilson no Estádio se confunde com a trajetória no Tupi. Basta recorrer ao histórico do atleta para comprovar este fato. No dia 23 de setembro de 2007, o atacante estreava com o uniforme preto e branco em partida no Estádio Radialista Mário Helênio contra o Uberaba, pela Taça Minas. Aos 30 minutos da segunda etapa foi marcado o primeiro de 53 gols de Ademilson naquele gramado.

“Me lembro bem daquele gol contra o Uberaba. Foi a minha estreia e, em um lance com o Alan (Taxista, ex-atacante do Tupi). Ele enfiou uma bola para mim, eu sai carregando, dei uma cavadinha e fiz o gol de cobertura”, conta o atacante. Aquele foi o segundo gol do duelo, com os outros dois tentos convertidos por Júnior Negrão e por Alan Taxista, também homenageado pelo veterano.

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“Tive a oportunidade de jogar ao lado de grandes jogadores, mas o cara que me entendia só em um olhar, dentro e fora de campo, era o Alan. Jogávamos em sintonia e o Estádio passou uma energia positiva não só pra mim, como pra ele também.”

Mais gols vieram até o histórico dia 7 de março de 2010. Nesta data, o Tupi bateu o Cruzeiro pela oitava rodada do Campeonato Estadual por 3 a 2, novamente em jogo no Estádio Municipal. Não bastasse um triunfo diante de gigante brasileiro, o primeiro gol do Galo ficou marcado na memória de torcedores e do próprio autor. Quando o placar apontava sucesso parcial celeste, de 1 a 0, Ademilson recebeu bola na ponta esquerda, aos 45 minutos do primeiro tempo. Sem tempo para pensar, ele driblou Gil com um toque centralizando a jogada e, antes da entrada da grande área, acertou petardo cruzado no ângulo esquerdo de Fábio. “Aquele gol contra o Cruzeiro não foi apenas o mais bonito que fiz no Estádio Municipal, como o de toda a minha carreira”, destaca Ademilson.

E ele não pararia por aí. Pouco mais de um ano depois, em 13 de novembro de 2011, Ademilson entraria de vez para a história do Tupi e do futebol juiz-forano ao marcar o único gol da partida de ida da final da Série D, contra o Santa Cruz, novamente no Estádio Mário Helênio. “O gol que fiz contra o Santa Cruz foi o mais importante para mim no Estádio. Ajudou demais para que a gente chegasse ao título”, relembra o jogador. O Galo levantaria o troféu, em seguida, ao bater o rival pernambucano no Arrudão lotado por 2 a 0.

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‘Quero chegar aos 70 gols’

A partir de 2016, Ademilson começou a construir uma bela história em outro clube juiz-forano da cidade, o Tupynambás. No Leão do Poço Rico, marcou mais dez gols no maior palco esportivo da cidade, com acessos da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, nome dado à terceirona do Estadual, até a elite em apenas três anos de retorno do clube ao futebol profissional.

Jogador também se destacou no Tupynambás a partir de 2016 e tem contrato com o Baeta para voltar a jogar na primeira divisão do Estadual (Foto: Marcelo Ribeiro)

“Graças a Deus fiz minha história no Baeta também, onde marquei meu último gol no Estádio, contra o Ipatinga, em jogo que vencemos por 1 a 0”, recorda o jogador. O veterano, inclusive, possui contrato com o Baeta para voltar a jogar na primeira divisão de Minas Gerais e pode até reencontrar o Tupi, mas agora sob defesa de outra camisa, no clássico Tu-Tu, ainda sem data oficializada. Desde o duelo contra o Ipatinga, no último 10 de março, pela primeira fase do Módulo II do Mineiro, ele projeta os próximos gols na sua segunda casa. E, aos 44 anos, a vontade em marcar não diminui.

“Quero prolongar mais minha carreira. Chegar pelo menos aos 70 gols no Estádio, mas se eu não conseguir, fechando com 60 está bom demais! Para 60 faltam poucos, sete golzinhos, mas como objetivo, marca pessoal, os 70 gols seria muito legal”, revela o artilheiro.

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