Após quatro rodadas do Campeonato Mineiro, o Tupi ocupa a vice-lanterna da competição com apenas 2 pontos somados em caminhada sem vitórias até aqui na temporada. Logicamente, como o próprio técnico carijó, Aílton Ferraz, destacou depois do empate desta quarta-feira (30) com o Villa Nova, “o momento é muito ruim” em Santa Terezinha e as reuniões no departamento de futebol são cada vez mais constantes, assim como as autoavaliações. Se antes mesmo de a bola rolar as críticas já cercavam o marketing do clube, responsável pela criação de um camarote no Estádio Municipal para patrocinadores e personalidades, o futebol pegou carona na insatisfação dos torcedores com as más atuações e falta de resultados.
Diretor de futebol carijó, Nicanor Pires concedeu entrevista à Tribuna e lamentou o início de 2019 da equipe, com três partidas em casa nos primeiros quatro confrontos oficiais. “Falei lá atrás, quando saiu a tabela, que ela teoricamente era muito favorável ao Tupi. Mas não adiantaria se não valesse o mando de campo. E não fizemos nossa parte até agora. Considerando o jogo com o Tupynambás, em que fomos visitantes, mas jogamos em casa, e o jogo deste sábado (contra a Caldense, às 16h30), das cinco primeiras rodadas, quatro foram em casa. Essa nossa campanha é inadmissível e temos que reagir”, avalia.
Responsável exclusivamente pelo futebol e montagem do elenco, Nicanor também admitiu falha na montagem do plantel. “As dificuldades existem, claro, mas as peças não encaixaram. O grande erro, talvez, é o grupo ser muito jovem. Essa questão está pesando. Faltam jogadores mais experientes em campo, por mais que esses jovens sejam bem formados, de boa capacidade técnica e bom perfil”, reconhece.
Parceria com empresários
Ainda sobre a formação do elenco, Nicanor explicou um fato que chamou a atenção neste início de temporada. O grupo de empresários Taveira Sports Group (TSGroup) que assessora nomes de sucesso do Tupi em 2018, casos do lateral-esquerdo Patrick Brey e do atacante Renato Kayser, hoje no Cruzeiro, divulgou postagem no Instagram que revelou um total de 12 clientes que defendem atualmente o Carijó, com nomes como os dos atacantes Vitor Ruas (Vitinho), Chub, Marcus Vinícius e Breno, além dos laterais Emerson e Léo Felipe e do volante Nardini. Ou seja, dos 36 atletas que iniciaram a competição pelo clube, um terço vem do mesmo grupo de empresários.
“Existem clubes que não pegam jogadores de diferentes grupos, hoje depende da parceria. No nosso caso, se não desenvolvêssemos este tipo de parceria, provavelmente não conseguiríamos formar um elenco pela questão financeira. A saída que encontramos foi criar parcerias por serem jogadores de qualidade, mas que não está dando certo ainda. Mas se pegar as peças isoladas você vê que são bons jogadores”, explica Nicanor. A Tribuna tentou contato com o TSGroup, mas, até o fechamento dessa matéria, não obteve retorno.
Reforços experientes
Diante da necessidade de jogadores de maior rodagem, avaliada por Nicanor e pela comissão técnica carijó, o Tupi deve confirmar mais três nomes nos próximos dias. “Tivemos uma reunião hoje cedo com a comissão e conversamos sobre a situação do time. Vimos onde estamos errando e com certeza vão chegar mais jogadores. Um já pode estar na cidade amanhã e vamos trazer ao menos mais dois”, garante Nicanor. Nomes e posições não foram reveladas, mas a Tribuna apurou que o primeiro a negociar com o Galo é um volante que precisa rescindir contrato com o atual clube para ser anunciado.
O Tupi tem novo compromisso pelo Estadual às 16h30 deste sábado (2), quando encara a Caldense novamente no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Enquanto o Galo é o penúltimo colocado, com apenas 2 pontos, o adversário alviverde é o nono, com três empates e uma derrota até aqui.