Ícone do site Tribuna de Minas

Após encerramento precoce da carreira, juiz-forano sonha em abrir escolinha de futebol na cidade

destacada Thiago Cardoso by EPA Fernando Veludo

Foto: EPA/Fernando Veludo

Thiago Cardoso by EPA Fernando Veludo
Thiago (à direita) defendendo as cores do Estoril Praia em partida contra o Porto pela Primeira Liga de Portugal (Foto: EPA/Fernando Veludo)
PUBLICIDADE

Uma grave lesão no auge da carreira. Quem acompanha futebol, sabe que o roteiro é bastante comum. Para atletas, um dos maiores pesadelos. Para o juiz-forano Thiago Cardoso, parte de sua história. Em novembro de 2016, quando o ex-jogador tinha 26 anos e atuava pelo Estoril Praia na Primeira Liga portuguesa, uma lesão o tirou de campo e também das quatro linhas internas do futebol. O ex-zagueiro rompeu os ligamentos cruzados interno e externo do joelho em uma partida contra o Tondela. Recebeu o tratamento do clube e poderia ter condições de retornar, mas decidiu encerrar a carreira e usar a sua experiência para revelar novos talentos para o esporte mais popular do planeta.

Thiago, que nasceu no Bairro Retiro, ingressou na base do Tupi quando ainda tinha 12 anos de idade. Aos 16 foi indicado às categorias de base do Atlético Mineiro, onde traçou uma trajetória vencedora. Com a camisa do Galo, foi campeão mineiro e da Taça BH, sempre se destacando pela “velocidade e força”, segundo ele. O bom rendimento rendeu convocações à base da seleção brasileira e, posteriormente, ao profissional do Alvinegro da capital. Em 2011, realizou o sonho de jogar na Europa após ser contratado pelo KVC Westerlo que disputava, na ocasião, a 1° divisão da Bélgica (Jupiler). “O futebol lá é mais rápido, técnico e tático. Foi uma experiência importante, pois tive que me adaptar ao clima e à cultura”, comenta o ex-jogador.

Posteriormente, o então zagueiro foi contratado pelo futebol português. Em terras lusas, passou por Sintrense, Beira-Mar e Estoril Praia, onde sofreu a lesão e optou por encerrar sua história nos gramados. “Foi no auge da minha carreira, onde estava me destacando muito e sendo o melhor zagueiro da Liga Portuguesa até o momento da lesão. Todo atleta profissional de esporte de alta performance tem que ter consciência que corremos sérios riscos de ter uma lesão grave ao longo da carreira. Recebi um excelente tratamento para a minha volta aos gramados, mas senti que já era necessário pensar em outra atividade, usar toda a minha experiência com futebol para outra profissão ligada ao esporte e me aposentar”, explica.

PUBLICIDADE

Valor à base

Ex-zagueiro vive com esposa e filhas em Juiz de Fora e sonha em abrir uma escolinha de futebol na cidade (Foto: Arquivo pessoal)

Atualmente o ex-jogador vive em Juiz de Fora e mantém negócios em Portugal. Por aqui, trabalha indicando jovens talentos da região para uma agência de jogadores. “Trabalho junto com meus ex-agentes e alguns amigos, também ex-jogadores, indicando alguns meninos de destaque da região para testes em clubes daqui e na Europa.”

A atuação como olheiro não é a única função que Thiago projetou para fora dos gramados. Segundo ele, seu sonho é abrir uma escola de futebol na cidade para compartilhar suas vivências com os mais jovens. Entretanto, em virtude da Covid-19, o projeto precisou ser adiado.

“A pandemia atrapalhou um pouco meus planos de iniciar minha carreira como professor de futebol na cidade, uma área em que quero atuar por ter muita experiência para passar. Sinto muita falta disso quando vejo alguns trabalhos sendo feitos por aí. Falta experiência e vivência de alguns profissionais para passar isso para a garotada. Estou em casa me dedicando à minha família, minha mulher e minhas filhas de 8 e 6 anos, a Laura e a Luísa. Poder passar esse tempo com elas para mim é um privilégio. Estamos nos cuidando e torcendo para que isso tudo passe logo para poder dar seguimento aos planos.”

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile