“Tenho visto muito pouco no que se refere a qualidade técnica. O Uruguai não tem sido uma seleção, assim como todas as outras, em que você possa garantir que vai chegar muito longe. Qualquer seleção que disputa o Mundial pode chegar em uma final porque o futebol que temos visto tem sido fraco, que não convence”, avalia à Tribuna.
Contudo, se há pouca inspiração, a escola uruguaia não carece de transpiração. “Seguem jogando com raça e força, como sempre. Tem três jogadores importantes lá atrás, os zagueiros Godín e Giménez e o goleiro Muslera, e a dupla de atacantes Suárez e Cavani. Mas não temos jogadores altamente técnicos, de categoria”, opina o ex-beque.
Mas onde está concentrada, então, a esperança celeste? Para o ex-zagueiro do Galo, o ponto fundamental aparece justamente ao olhar para trás. “O Uruguai sempre se destacou, o jogo uruguaio principalmente, pelo peso da camisa, que faz ser diferente e a seleção ganhar jogos. O amor dos uruguaios é impressionante. É incrível que um país com pouco mais de 3 milhões de habitantes tenha tantos títulos internacionais. São 15 Copas Américas, dois Mundiais, vitória em Olimpíada… e times com um total de sete ou oito Libertadores, mais alguns Mundiais. É algo incrível. Mas todos que viajam para o Uruguai ficam admirados com o fato de um país com tão poucos habitantes tenha tantas conquistas. São todos apaixonados pelo esporte. O café da manhã é futebol, almoçam futebol. E o peso da camisa faz com que a seleção, assim como o próprio Brasil, por tradição, alcance importantes vitórias em muitos momentos.”
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O confronto contra Portugal, neste sábado (30), às 15h, será estratégico segundo Ricardo. “O Uruguai conhece muito bem como fazer com que a bola não chegue em um atacante como o Cristiano Ronaldo. Precisa eliminar o início da jogada e sempre estar atento à movimentação do português que é um jogador muito qualificado”, projeta.