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Nova direção do Tupynambás quer retomar esporte de base

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Jorge Dias (à direita), 79 anos, ao lado do filho Cláudio ex-Secretário de Esporte e Lazer e hoje presidente da Federação Mineira de Handebol: “Precisamos montar todas as equipes novamente”. (Foto: Leonardo Costa)
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Em três anos, a retomada de um clube esportivo. Esta é uma das principais intenções do novo presidente do Tupynambás, Jorge Dias, para o triênio 2018-2020, período em que irá gerir o Leão do Poço Rico. Aos 79 anos, o militar aposentado, fundador da Associação Desportiva de Juiz de Fora (ADJF), relatou, em entrevista exclusiva à Tribuna, as prioridades na administração do clube com o apoio de seu vice, Mauro Lima, ex-atleta do Baeta, além do filho e assessor, Cláudio Dias, ex-Secretário de Esporte e Lazer e hoje presidente da Federação Mineira de Handebol. Antes das primeiras mudanças, contudo, a diretoria aguarda resultado de auditoria nas contas do clube para obter maior conhecimento de sua capacidade financeira.

Jorge antecipou, no entanto, que alguns projetos já existentes serão fortalecidos. “Primeiro há o nosso futebol, entregue ao Alberto Simão (empresário), que vem fazendo o possível para reerguer nosso clube nesta modalidade. O handebol é de administração da ADJF. E temos escolinhas de basquete, futebol de salão, queremos fazer uma equipe de natação, mas temos que esperar a auditoria relatar o que podemos fazer. Precisamos montar todas as equipes novamente, começar do zero”, explica.

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O filho, Cláudio, esclareceu que a ideia dos novos administradores da agremiação local é “fazer esporte”. “O clube tem que se auto-sustentar fazendo esporte. Queremos, futuramente, aquecer a piscina, já temos pessoal de basquete e handebol. No futebol de campo vamos mexer com as categorias de base e já estou em contato com pessoas de São Paulo para tentar trazer copinhas para cá. Nossa vontade é fazer o Tupynambás ser uma referência esportiva como formador de atletas. Tivemos um Danilo (lateral-direito do Manchester City com parte da formação realizada no clube juiz-forano), mas imagina se saírem mais dois, três Danilos. O clube teria uma receita futura sempre alta”, relata.

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O contato com empresários paulistas, aliás, não é novidade para Cláudio, que se mostrou disposto a participar mais ativamente da equipe de futebol do Baeta. “Se for para auxiliarmos no elenco, sei que posso ajudar. Tenho muitos amigos de clubes formadores de São Paulo, que inclusive já me ofereceram diversos atletas. Mas como o trabalho é do Alberto e da comissão técnica, preferimos não interferir dessa forma. O futebol possui profissionais qualificados e estaremos prontos para ajudar se necessário.”

Jorge lembra ainda que o retorno do Tupynambás ao futebol profissional, sacramentado em 2016, obteve contribuição da nova diretoria. “O Cláudio é amigo do Alberto há muito tempo e ajudou a trazer ele para o clube”. Cláudio lembra que, na época, fez contato com o Alberto, porque a lei do futebol mudou. “O atleta, agora, precisa estar vinculado a um clube, não podendo ficar somente a um empresário. Ofereci o clube e, como possuíamos bom contato, ele aceitou”, destaca.

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Eventos proibidos

A resolução da auditoria solicitada pela nova direção também é aguardada para que, com maior conhecimento do cenário da agremiação, a diretoria, ao lado da ADJF, busque a regularização do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Em outubro de 2017, a Justiça interditou as dependências do Baeta, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), para receber eventos abertos ao público. A proibição ocorreu pela não execução de reformas pedidas pelo Corpo de Bombeiros, assim como ausência de repasse ao MP de cronograma das obras.

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