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Tribuna 43 anos: momentos marcantes do esporte local foram eternizados nas páginas do jornal

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Ao longo das últimas três décadas, a trajetória do esporte local foi relatada pelas páginas da Tribuna. Na edição de aniversário de 43 anos do jornal, a reportagem relembra momentos memoráveis de atletas que representaram Juiz de Fora pelos mais diversos cantos, além do principal e histórico equipamento esportivo da cidade: o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

Prestes a completar 36 anos, o Estádio Municipal coleciona páginas apoteóticas da Tribuna. Desde a inauguração, passando pela despedida de Zico, até mais recentemente com o apogeu do futebol local. Entre as décadas de 90 e início dos anos 2000, foi Giovane Gávio que teve o protagonismo na editoria esportiva com suas conquistas olímpicas. Ídolo dos rivais Tupi e Tupynambás, Ademilson escreveu sua história em Juiz de Fora nas duas primeiras décadas do século. Mais recentemente, um dos principais expoentes do esporte local é Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, fenômeno da natação e de carisma.

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Estádio Municipal: festa de abertura e jogos históricos

Despedida do ídolo rubro-negro Zico foi uma das passagens históricas do Estádio Municipal (Foto: Roberto Fulgêncio/Arquivo TM)

Inaugurado no dia 30 de outubro de 1988, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio foi parte da capa da Tribuna de Minas na data. “JF vive a grande festa do estádio. Apesar de ameaçada pela chuva, promete ser inesquecível e eufórica, hoje, a festa de inauguração. A construção ainda não terminou, faltam obras importantes, sobretudo nas vias de acesso. Contudo, o sonho do torcedor daquela cidade está sendo concretizado. Um estádio para 55 mil pessoas, que, além de receber grandes espetáculos, poderá ter o poder de revitalizar os investimentos dos clubes locais em boas equipes de futebol”, dizia o texto em destaque.

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Em 36 anos, o Estádio Municipal foi palco de diversos momentos históricos. Responsável pela organização do complexo esportivo há 16 anos, Cláudio Rogel relembra jogos memoráveis. “Um jogo histórico para Juiz de Fora foi a despedida do Zico, em uma vitória do Flamengo por 5 a 0 contra o Fluminense. É inevitável não citar a invasão do campo pelo massagista do Aparecidense (Esquerdinha) em jogo pelo Campeonato Brasileiro da Série D em setembro de 2013. Aquela confusão toda, e no final, quando só a polícia e a administração do estádio ainda estavam no local, a delegação do Aparecidense tomou coragem para deixar o estádio”. Os dois duelos contaram com cobertura completa da Tribuna.

Outro fato interessante, na visão de Cláudio, ocorreu em jogo noturno do Tupi pelo Campeonato Mineiro. “Aconteceu uma forte tempestade antes e a energia caiu no Bairro Aeroporto. Quando foi restabelecida, os refletores foram sendo ligados aos poucos. No momento em que estavam com 50% da capacidade ativada, as duas equipes já estavam no gramado com o trio de arbitragem, prontas para iniciarem a partida. Neste momento, me dirigi à direção do árbitro para avisar que em alguns minutos as luzes estariam 100% ligadas. Ao começar a passar a informação, fui literalmente expulso de campo pelo árbitro que me disse ‘o que o senhor deseja dentro do campo?! Saia daqui, a iluminação está ótima e já vamos começar o jogo’. Posteriormente o delegado me informou que ele não havia percebido que os refletores não estavam totalmente acesos”, recorda o administrador do Estádio.

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Em todos esses anos, a Tribuna esteve presente nos principais eventos realizados no Estádio, afirma Cláudio. “Os jornalistas e fotógrafos do jornal são sempre muito profissionais em suas condutas no interior do estádio. Particularmente, lembro sempre com muito carinho do fotógrafo Cerezo, que conheci ainda em minha época de jogador do Tupi. Posteriormente, em uma fase de boa performance do Tupi, na década de 2010, a cobertura constante e apaixonada do Wallace Mattos. Não posso deixar de mencionar o Leonardo Costa que, além de excelente profissional, é um gentleman no trato com as pessoas. A Tribuna é relevante na história do Estádio, porque viveu com os juiz-foranos as emoções de vitórias memoráveis e dos tropeços inesperados que o futebol proporciona”.

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Foto do massagista tirada pelo fotojornalista Leonardo Costa, da Tribuna de Minas, rodou o mundo (Arquivo TM)

Giovane Gávio: bicampeão olímpico

Revelado pelo Clube Bom Pastor, Giovane Gávio foi bicampeão olímpico e representou JF internacionalmente (Foto: Acervo Clube Bom Pastor)

Um dos atletas juiz-foranos mais vitoriosos da história, Giovane Gávio iniciou a sua trajetória no vôlei no Clube Bom Pastor, aos 13 anos de idade, em 1983, onde ficou até 1986, quando passou a defender o Esporte Clube Banespa. Três anos depois, o jogador venceu o seu primeiro Campeonato Brasileiro e foi chamado pela primeira vez para compor a seleção brasileira, onde conquistou o Sul-Americano, seu primeiro título pelo Brasil. O primeiro grande ano de Giovane rendeu a ele sua primeira matéria no jornal, à época a “Tribuna da Tarde”, que foi publicada na edição do dia 8 de janeiro de 1990.

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No mesmo ano, Giovane partiu para ficar quatro temporadas no voleibol italiano antes de retornar ao Brasil no segundo semestre de 1994 para defender o Palmeiras. O atleta também atuou pelo Frigorífico Chapecó e Suzano, onde conquistou a Superliga em 1997. O ponteiro juiz-forano ainda defendeu o Vasco, Banespa, Suzano, Noicom Brebanca Cuneo-ITA, Minas e Unisul, até se aposentar em 2005.

Giovane também atuou pela seleção brasileira, de 1989 a 2004, onde disputou mais de 400 partidas. Pelo Brasil, foi bicampeão olímpico, em Barcelona 1992 e Atenas 2004, hexacampeão sul-americano, tetracampeão da Liga Mundial, campeão mundial em 2002 e da Copa do Mundo em 2003. A primeira medalha dourada de Giovane foi acompanhada com atenção pela Tribuna. O jornal cobriu a campanha da seleção brasileira em Barcelona, com enfoque no juiz-forano. O retorno do atleta à cidade natal e as festividades pela conquista também foram notícias.

Além do vôlei de quadra, Giovane também praticou o vôlei de praia após conquistar a Superliga, em 1997. Formando dupla com o também campeão olímpico em Barcelona, Tande, o juiz-forano conquistou o Campeonato Brasileiro de Vôlei de Praia, em 1998.

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Durante sua vitoriosa carreira, Giovane foi figura recorrente no caderno de esportes do jornal. “A Tribuna sempre teve muito carinho na cobertura, desde as primeiras conquistas, ainda muito jovem. Quando eu saí de Juiz de Fora, já virou notícia. A primeira convocação para a seleção brasileira, essa coisa toda sempre foi feita com muito carinho. Isso é muito bacana. E depois, com a conquista de Barcelona, algumas das matérias mais legais que fizeram foram as de Juiz de Fora e toda a região”, afirma o ex-atleta juiz-forano.

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Matéria após a classificação nas semifinais dos Jogos de 92 (Arquivo TM)

Ademilson: títulos com o Galo Carijó

Título da Série D foi um marco na história do Tupi e na carreira do atacante Ademilson (Foto: Leonardo Costa/Arquivo TM)

Ademilson começou a carreira como profissional em 1994 e acumula passagens por Fluminense e Botafogo, mas sua sua história com Juiz de Fora, que se tornaria importante na carreira do atacante, começou a ser escrita sete anos depois. O jogador chegou ao Tupi no dia 13 de setembro de 2007, vindo do Democrata. A sua contratação foi noticiada pela Tribuna de Minas, mas ainda sem o destaque que o atleta iria ganhar após a longa trajetória na cidade.

Em sua primeira temporada, Ademilson chegou à final da Taça Minas Gerais, mas acabou com o vice-campeonato após perder para o Ituiutaba nos pênaltis. Em 2008, o Tupi repetiu a campanha, mas dessa vez terminou com o título ao superar o América na decisão. O atacante terminou com a artilharia da competição e foi escolhido por muitos torcedores como o destaque da conquista, conforme a coluna “Pitaco”, publicada na edição de 25 de novembro pela Tribuna de Minas.

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O auge de Ademilson na passagem pelo Tupi aconteceu em 2011. O atacante foi um dos protagonistas na campanha do acesso e do título da Série D do Campeonato Brasileiro daquele ano contra o Santa Cruz, conquistado em um Estádio do Arruda lotado, em Recife. A campanha do Carijó na competição foi acompanhada de perto pela Tribuna que, na edição publicada em 22 de novembro, celebrou o primeiro lugar com um pôster do time encartado.

Ademilson, que também foi importante no Tupynambás, voltou a ser protagonista da página de esportes da Tribuna em 31 de outubro de 2018. Na ocasião, o jornalista Bruno Kaehler o entrevistou para a série especial do jornal em comemoração aos 30 anos do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, completados naquele mês.

Para Ademilson, as coberturas mais especiais foram as das conquistas da Taça Minas Gerais de 2008 e da Série D de 2011. O ex-atleta destaca as matérias da classificação sobre o Volta Redonda, nas oitavas de final, mesmo não atuando por conta de uma lesão no joelho; do acesso sobre o Anapolina, com o atacante carijó marcando três gols no primeiro jogo; e, claro, da grande final contra o Santa Cruz.

“Até hoje tenho alguns recortes de entrevistas à Tribuna, então isso foi importante para mim. Hoje, como tenho netos, aproveito para mostrar para eles porque tenho tudo. Minha esposa fez um mural lá em casa, então está tudo recortado e emoldurado em um quarto”, revela Ademilson, relembrando com orgulho de seus feitos com a camisa carijó.

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Entrevista sobre o aniversário do Estádio, primeira página (Arquivo TM)

Gabrielzinho: multimedalhista e sucesso em Tóquio e Paris

(Foto: Reprodução/Instagram)

A primeira matéria do nadador Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, na Tribuna, foi em setembro de 2018, quando o paratleta ainda morava em Corinto, e vinha, esporadicamente, realizar treinamentos no Clube Bom Pastor – agremiação que representava nas competições. Ele esteve em Juiz de Fora no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e conversou com o jornalista Bruno Kaehler sobre seus focos e sonhos. À época, o adolescente de 16 anos era o recordista das Américas nos 50 metros borboleta da classe S2, mas ainda distante de ser o fenômeno que se tornou posteriormente.

“Quem sabe consigo disputar uma Paralimpíada. Mas primeiro estou buscando conseguir vaga em uma competição fora do país. Depois disso passo a buscar coisas maiores”, falou Gabrielzinho na entrevista de 2018.

Desde então, a Tribuna acompanhou de perto todos os seus passos. Seja as três medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio, a troca de clube, ou as conquistas em campeonatos Mineiros e Brasileiros, Opens e Mundiais. Nos últimos meses, a equipe de esportes realizou uma cobertura diária e completa da participação nas Paralimpíadas de Paris, desde os momentos pré-competição, o tempo real das medalhas e seu retorno em Juiz de Fora, na faculdade em que estuda e no desfile do Corpo de Bombeiros. Antes de ir à França, Gabrielzinho concedeu entrevista exclusiva à Rádio Transamérica.

“Estou muito feliz com o convite, agradeço a oportunidade, é sempre muito bom estar falando da mina história e experiências. Agradeço muito a Tribuna, que desde quando o Gabrielzinho estava começando a pensar no esporte, já dava moral, fazia cobertura de todos os resultados. Esse reconhecimento desde sempre ajudou muito no desenvolvimento no esporte”, afirmou o atleta, que hoje, detém cinco medalhas de ouro em Paralimpíadas.

Quem está sempre com Gabrielzinho e, consequentemente, presente nas matérias da Tribuna, é o treinador Fábio Antunes, também pentacampeão paralímpico. A reportagem já abordou os mais diversos assuntos com o técnico, como o trabalho para adaptar o nado ao corpo de Gabrielzinho e a importância de uma equipe multidisciplinar. “Desejo meus parabéns à Tribuna pelo aniversário e por todo o trabalho que faz com o esporte local. Acompanha nossa trajetória desde o início, contribuindo com a visibilidade. Só tenho a agradecer”.

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Tribuna fez entrevista exclusiva com Gabrielzinho e Fábio antes dos três ouros nas Paralimpíadas de Paris (Arquivo TM)

*Sob supervisão do editor Gabriel Silva

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