Neste final de ano, São Paulo se prepara para receber atletas de todas as partes do mundo em uma celebração esportiva: a 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre. A movimentada Avenida Paulista, no domingo (31), local de partida e de chegada da prova, será transformada em um campo de competição, onde mais de 30 mil corredores, entre amadores e profissionais, testarão seus limites na última e mais emblemática corrida do Brasil. A prova, inclusive, irá contar com a participação de vários esportistas de Juiz de Fora – que alugaram vans para facilitar o deslocamento até a metrópole. A Tribuna entrevistou três deles, os quais já participaram da São Silvestre em outras oportunidades.
Briga pelo pódio
Tricampeã do Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora, Amanda Oliveira já participou da São Silvestre em seis oportunidades. Em 2019, a atleta foi a quarta melhor colocada do Brasil na disputa, que reuniu 35 mil pessoas. “É a mais esperada do ano, todo atleta sonha em subir no pódio. Exige muita preparação, precisamos ser velozes e estamos fortes, porque é uma prova com subidas e descidas. Tem uma energia a mais, todo mundo do esporte pergunta se você já correu por causa da tradição”, diz.
Conforme Amanda, sua preparação para a disputa deste ano foi uma das melhores que já teve. “Corremos o ano todo, chega no final, estamos cansados. Mas, em 2023, fiz um planejamento melhor. Quero fazer meu melhor e ter um excelente resultado. Concentrar, com cabeça firme e erguida, com coragem. Com força e disciplina vamos vencendo nossos desafios e obstáculos. Jamais devemos deixar de acreditar em nós mesmos”, declara.
“Emoção que mexe com a gente”
Maria Inês Alves, de 64 anos, participou de sua primeira São Silvestre no ano passado. Mesmo não sendo atleta de elite, ela ficou na 280ª colocação. Mais que o resultado, a corredora comemora os vínculos criados na tradicional prova. “Temos interações com atletas de todo o mundo, viram nossos amigos. Tem uma atleta do Paraná que fiz amizade pelas redes sociais antes da corrida, e, na São Silvestre, mesmo com várias pessoas, a encontrei. É uma emoção que mexe com a gente”.
Premiada em sua faixa etária no ranking do G-10 (de corridas da região), Maria tem um planejamento traçado para a prova: ter atenção redobrada no início da corrida. “Até o terceiro quilômetro você vai no trote, é muita gente junta. Da última vez, chorei nesse início, é muito emocionante. Espero repetir meu desempenho, me divertir e terminar a corrida bem. É uma prova que quero realizar para sempre”, frisa.
“Celebração da saúde”
Expedito Pereira, de 54 anos, é outro juiz-forano que estará presente em São Paulo. Ele participou de sua primeira maratona internacional do Rio de Janeiro em junho deste ano e foi o quinto lugar em sua faixa etária no Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora. Essas conquistas são combustível para que seu plano seja estar entre os dois mil melhores colocados da São Silvestre. “É uma corrida muito diferenciada, vem para encerrar um ano com muita dedicação aos treinos e muitas corridas. É a celebração da saúde, da vida e da interação de pessoas que estão ali para se divertir”, pontua.
Além de buscar uma boa colocação, Expedito quer curtir cada quilômetro percorrido. “Pretendo chegar na subida comemorando, chegar na Avenida Paulista para concluir a prova e pegar a tão sonhada e linda medalha. Todos estão ali para comemorar as conquistas e celebrar o Ano Novo. É uma emoção diferenciada que só quem participa da prova sente no coração e na alma”, conta.
*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva