A 33ª edição do Ibitipoca Off Road (IOR), tradicional rally de regularidade, acontece neste final de semana, com cerca de 500 motos divididas em 18 categorias e 50 carros em quatro classes. A largada será no sábado (29), às 6h30, na Faculdade Suprema, com parada principal em Lima Duarte e pernoite em Conceição do Ibitipoca. Já no domingo (30), também às 6h30, a largada acontece em Ibitipoca, com festa de chegada em Juiz de Fora prevista para o início da tarde. Os percursos serão de 444km e 394km para as motos – a depender da categoria – e de 443km para os carros. Haverá, ainda, premiação para todas as categorias, a partir das 19h do último dia.
Dentre os 550 pilotos presentes entre carros e motos está Daniel Spolidorio, de 32 anos. Ele participou das edições de 2018, 2019 e 2021, e, na última, foi campeão de duplas com João Arena de uma forma peculiar. “Estava com o tornozelo fraturado, mas, na metade do segundo dia, conseguimos superar as dores e tombos. O João levantava a moto, me colocava de novo na trilha e seguíamos em frente. Não podíamos parar, estávamos ganhando a prova que sempre foi um sonho”, relembra.
Conforme o piloto, seu objetivo na edição deste ano é aproveitar a prova e curtir a natureza de Ibitipoca. “O IOR proporciona aos pilotos a exclusividade de andar nas melhores trilhas da região, sendo muitas delas a passagem permitida apenas durante o evento. A prova sobe muito a régua, desde a parte técnica, infraestrutura e cobertura de mídia ao legado social e ambiental, além de exigir muito preparo dos pilotos”, avalia Daniel.
Responsabilidade ambiental
O evento é certificado com o selo Neutro de Carbono, concedido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN). Pela quarta vez, o mapeamento da emissão de dióxido de carbono (C02), principal responsável pelo efeito estufa, ficará a cargo do instituto paulista e atende à agenda climática da ONU e os compromissos assumidos pelo Brasil em reduzir em 50% as emissões de carbono até 2030. É como explica o presidente do IBDN, Rogério Iorio.
“Iremos fazer o levantamento das emissões de gases e efeito estufa, levando em conta a queima de combustível fóssil, como diesel e gasolina, a produção de resíduos, a utilização de gases GLP e o consumo de energia elétrica do início ao término do evento. Com essas informações, saberemos a quantidade de carbono emitida, e assim transformaremos essa quantidade em número de árvores plantadas, para neutralizar as emissões de carbono, reduzir o impacto ao meio ambiente e recuperar áreas degradadas”, detalha Iorio. O local em que as árvores serão plantadas depende de um relatório feito após o evento, segundo a organização.