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Cloves Santos deixa o Tupi, e presidente afirma não ter sido notificado

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Pouco mais de dois meses após o retorno, Cloves Santos não é mais gerente de futebol do Tupi. O dirigente anunciou, nesta quinta-feira (28), sua saída do clube sem se aprofundar sobre a motivação. O presidente carijó, Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, afirmou que não foi notificado e que desconhece as insatisfações, mas reiterou que o momento é de “abraçar os atletas” após a derrota para o Ipatinga na estreia do Módulo II do Mineiro, e que Adil Pimenta seguirá no comando da pasta.

“Busquei na coragem fazer diferente, fazer efetivamente parte processo de reconstrução mas minhas mãos estão limitadas e sempre aceitei hierarquia da vida. Deixo o Tupi com a certeza que muito poderia ajudar, muito poderia fazer e contribuir com minha experiência. Desejo toda sorte do mundo ao clube respondo todos questionamentos com uma frase ‘Se não for pra falar bem, silêncio também responde’. Grupo é bom, precisa resolver as questões que não dão pontos”, publicou Cloves pelo Instagram.

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Cloves e Tiquinho foram questionados pela reportagem sobre a situação. O primeiro afirmou que não iria se posicionar mais sobre o assunto, mas relatou que houve, assim como em sua saída em 2016, falta de autonomia em sua função nas últimas semanas. O presidente do Galo, por sua vez, disse que respeita, mesmo não tendo conhecimento da decisão. “Sou pego de surpresa toda hora no Tupi.”

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Cloves (esquerda) e Tiquinho durante coletiva no início do ano (Foto: Bruno Kaehler)

Apesar de não admitirem, a relação entre os dois vinha se desgastando principalmente após a discussão no jogo-treino contra o Olaria, na pré-temporada. Durante o teste, quando os cariocas venciam por 2 a 0, Tiquinho passou a criticar o time diante do torcedor, o que desagradou Cloves, que rebateu, dando início à discussão. “O presidente quis entrar na palestra do professor”, complementou Cloves, à época, à Tribuna. “Conversamos várias vezes depois do jogo com o Olaria e pensei que não tínhamos problemas mais. Sobre o que reclamei, fiquei realmente insatisfeito, mas eles (atletas) aprenderam o que o Tupi precisa e não tenho que cobrar mais”, comentou o mandatário.

Ligação para jogadores

A Tribuna apurou alguma das insatisfações de Cloves, apesar de não confirmadas pelo diretor, e repercutiu com o presidente do clube. Aliada à alegação da falta de autonomia na gestão do elenco do Tupi, Cloves teria acordado a chegada de alguns atletas para reforçar o elenco. Entre eles, o meia Joílson, 24 anos, ex-Treze-PB. Tiquinho, no entanto, ligou diretamente aos interessados e desfez os acertos. “Eu preciso ver se eles cabem no meu orçamento primeiro. Não vou contratar ninguém e passar do que temos de disponível”, justificou Tiquinho.

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Houve, ainda, um incômodo na menor participação do ex-gerente carijó em decisões que envolviam o futebol. “Isso não procede. Frequentemente eu estou no dia a dia do clube e ele não vinha. Mas se ele se sentiu afastado, não estou sabendo”, relatou o mandatário.

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Futuro

Sobre a possibilidade de um substituto de Cloves ou da chegada de novos jogadores diante da má estreia, Tiquinho foi enfático. “O Adil sempre esteve à frente do futebol e assim vai seguir. Cada jogo é uma situação e temos que abraçar os atletas neste momento”, relatou. O Tupi faz clássico com o Tupynambás neste domingo (1º), às 11h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

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