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Sapo de Fora: O gato da Copa

jorgito capa
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Caro leitor ou leitora, sinto muito em decepcionar você, mas nas próximas linhas não irei discorrer sobre os atributos físicos de alguns jogadores nesta Copa do Mundo. Não irei enaltecer, aqui, como Gerard Piqué merece um prêmio pelo conjunto da obra, ou como Alisson nos arrebata com aquela barba bem-feita e aquele par de olhos azuis.

Também não vou dissertar sobre o carisma e o sorriso largo de Mohamed Salah, que convenhamos, pode ser muito mais interessante do que qualquer “padrão de beleza” masculino. Nem tão pouco dizer que a seleção da Islândia é o verdadeiro significado de “tanto faz” ou reiterar a expressão “que negros maravilhosos” ao acompanhar os jogos da França, Senegal, entre outros. E por fim, não vou forçar a barra dizendo que Neymar é galã.

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Eu tô aqui para falar do meu gato da Copa, que atende pelo nome de Jorgito Valdívia. “Mas Bárbara, Valdívia é do Chile, que nem tá na Copa”. Leitor e leitora, eu sei. O Jorgito Valdívia em questão é o meu gato, um belo exemplar tigrado SRD (sem raça definida) que está me saindo o melhor que “tá tendo” nesta Copa, já que a Seleção Brasileira parece mais com um teste para cardíaco.

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Sempre tive gatos e há quase três anos minha admiração por eles só aumenta, sobretudo quanto ao seu comportamento, alheio a todo e qualquer acontecimento. No dia da estreia, enquanto a Rússia dava um chocolate na Arábia Saudita, lá estava ele todo largado por cima do aparelho de TV por assinatura, puxando aquele soninho.

Depois repetiu a atitude durante os outros jogos. No embate alucinante entre Espanha e Portugal, naquele toma lá da cá, e os três gols do Cristiano Ronaldo, lá estava ele, lambendo a pata entre uma jogada e outra.

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No sábado, quando a Argentina lutava para derrubar a parede de gelo da Islândia, e a pontaria de Messi estava pior do que a minha quando jogo vôlei, ele preferiu trocar o quentinho do aparelho de TV pelo edredom que eu trouxe para o sofá. E por lá ficou. Nem o fracasso da Alemanha – que nos fez sentir uma pequena felicidade – e a euforia dos mexicanos pela vitória inesperada (ok, foi 1×0) foram capazes de eliminar o modo soneca do gato.

Talvez uma boa semelhança entre Jorgito e o juiz mexicano que apitou a estreia do Brasil no domingo seja o “caguei”. O árbitro para o VAR e o gato para o resto. Mas antes que você pense que Jorgito vegeta, eu digo que entre um jogo e outro, naquela resenha particular dos programas esportivos, ele gosta de sentar na frente do televisor e pedir atenção. Além disso, ele é bom de bola. No momento em que finalizo essa coluna ele quase coloca a casa abaixo brincando com uma bolinha de papel, seu brinquedo favorito

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É por conta dessas particularidades que eu vou elegê-lo como o meu Gato da Copa. E tem mais. Ao contrário do Suarez, que ainda não mordeu ninguém neste mundial, Jorgito é campeão na modalidade aqui em casa, algumas vezes de leve e outras nem tanto, dignas de ser suspenso pela FIFA.

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