Ícone do site Tribuna de Minas

Juan Pablo de Oliveira, 23 anos, encara prova contra-relógio de 12 horas em Piracicaba

PUBLICIDADE

Ao prestar suporte completo a alguns dos principais ultramaratonistas do país, Juan Pablo Leite de Oliveira, 23 anos, percorre mais de 100km em provas que chegam a ultrapassar 24 horas de duração. Nascido em Conceição de Formoso, distrito de Santos Dumont, o atleta que atualmente reside em Juiz de Fora é pacer, ou marcador de ritmo, função ainda pouco disseminada no esporte, mas de vital importância não apenas no desempenho, como na saúde dos corredores das mais longas provas do mundo. Neste sábado (29), às 8h, é a vez do braço direito de renomados ultramaratonistas, como Marco Farinazzo e Itamar Goes, disputar o 7º Desafio 12 Horas de Piracicaba (SP).

PUBLICIDADE

No evento de ultramaratona, os participantes, durante 12 horas, percorrem circuito de 1.200m em volta do lago do Parque da Rua do Porto, no município paulista. “É minha primeira prova contra-relógio de 12 horas. Meu planejamento é tentar não parar e andar o mínimo possível. Não quero parar. Vou tentar iniciar em um ritmo e ditar ele até o final”, projeta Juan.

PUBLICIDADE

A experiência será mais um desafio aos limites físicos do atleta, que dissecou as demandas de um pacer, posto que conheceu há quatro anos, após servir o Exército Brasileiro. “Conheci o tenente (Marco) Farinazzo aqui em Juiz de Fora, um dos melhores ultramaratonistas do mundo. Por eu ter sido destaque na aptidão física no Exército, ele me buscou para apoiá-lo na BR 135+ (Ultramaratona). Não sabia, até então, que éramos capazes de superar tanto tempo de corrida. Lá foi minha primeira guerra com ele. Vinte e sete horas de prova e 217km na maior do Brasil.”

Durante os milhares de minutos de pura resistência, Juan não corre apenas ao lado dos atletas. “O pacer é uma ferramenta essencial para o ultramaratonista que quer se destacar. Você não pode falhar. Tem que ditar o ritmo do atleta, observar onde estão outros participantes, preparar e não deixar faltar suplemento e água. No último ano, com o Farinazzo, ficamos em primeiro lugar nos 280km da BR 135+. Chegou em um ponto da madrugada que eu não dormia. O motorista parava para descansar e eu ficava acordado”, relata.

PUBLICIDADE

Também com Farinazzo, na BR 135+ de 2015, Juan acumulou 39 horas de prova com apenas um cochilo de 15 minutos. Em janeiro desse ano, ainda foi vice-campeão geral da mesma prova, desta vez como pacer de Itamar Goes, de São Paulo, após 260km em 36 horas. “Além do controle emocional, não adianta eu ir despreparado fisicamente. Você está na mesma batalha que o atleta. No meu ponto de vista, você sofre até um pouco mais, porque o atleta ainda tem o tempo dele de descanso, mas você deve monitorar ele nesses momentos também.”

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile