Ícone do site Tribuna de Minas

Da preparação até a velocidade na pista: saiba como funciona uma equipe da Copa Truck

formula truck by felipe couri editada

(Foto: Felipe Couri)

PUBLICIDADE

Uma equipe de corrida conta com uma grande equipe trabalhando nos bastidores para que o piloto possa ter bom desempenho nas pistas. Não é diferente na Copa Truck, competição que teve uma etapa no último dia (16), no Autódromo Potenza, em Lima Duarte. A convite do manager da equipe ASG Motorsport da Mercedes-Benz, André Touloubre, a reportagem da Tribuna acompanhou de perto um dia de preparação da equipe para a corrida.

PUBLICIDADE

Todo o processo começa por fazer uma avaliação do veículo para saber as condições em que ele está antes de ir para a pista. A equipe de engenheiros é a responsável pela primeira etapa. Quando o caminhão está pronto, o piloto – no caso da equipe Mercedes, Marcio Giordano – se prepara para fazer a primeira volta. Os treinos são separados em etapas. Durante todo o percurso, uma parte do time faz a avaliação em tempo real do desempenho de Marcio, apontando a velocidade em cada trecho do circuito.

PUBLICIDADE

Dessa maneira, é possível fazer uma nova avaliação para entender os pontos em que o piloto pode melhorar, com uma comparação volta a volta e também com outros corredores. Por exemplo, se o Giordano fez um tempo mais alto que um outro competidor, através da avaliação detalhada ele consegue entender em quais pontos da pista apresentou um desempenho abaixo. Seja em uma curva específica, ou na escolha do traçado, abrindo a possibilidade de tentar aperfeiçoar para aumentar a distância para os adversários.

No caso do Autódromo Potenza, o circuito possui 3,2 mil quilômetros de extensão. Por ser um traçado estreito, há maior dificuldade para fazer ultrapassagens durante a corrida. Mais um ponto importante de fazer um bom treino, para garantir uma boa classificação. Segundo o piloto, o caminhão pesa cerca de cinco toneladas e possui mais de mil cavalos de potência. Dependendo do circuito, é possível chegar a 250 km/h.

PUBLICIDADE

Paixão pelas pista desde a infância

À Tribuna, o piloto da Mercedes contou que começou a carreira nas pistas há quatro anos, e ainda se considera um corredor novo na modalidade. “Tudo o que eu aprendi nesses últimos quatro anos, estou aprendendo de novo, porque hoje eu vejo a dificuldade que é pilotar um caminhão: em relação a peso, em relação de troca de marcha. É uma escola, aprendo tudo de novo”, avalia.

PUBLICIDADE

A paixão pelos motores começou ainda quando criança. Giordano conta que, desde novo, tinha gosto por carros estimulado pelo pai e já frequentava autódromos. “Nasci dentro de um carro, sempre indo à Fórmula 1. Sempre andei de kart, mas depois de uma certa idade pensei: ‘vamos fazer um teste, vamos ver como é que é’. Aquilo foi tomando forma e, hoje, estou em uma das maiores categorias do Brasil, a Copa Truck”, afirma.

Velocidade e tecnologia

Os caminhões de corrida possuem alta tecnologia e são adaptados para alta velocidade. O “cavalo” (onde ficam a cabine e o motor) é o mesmo dos veículos tradicionalmente comercializados, mas cada cabine é personalizada para o piloto, de acordo com a altura e preferência no estilo de condução e estudo dos engenheiros. Nas palavras do próprio corredor, o caminhão “é configurado para cada piloto. Cada um tem a sua configuração de pedal, câmbio e volante”.

PUBLICIDADE

O painel do veículo apresenta para o piloto em tempo real o tempo de cada volta, giro do motor, temperatura, entre outras especificações. Além disso, durante todo momento, o condutor pode acionar o sistema de ventilação de óleo, freio, água e os extintores, em caso de incêndio.

Copa Truck

A corrida realizada na última semana foi a quarta etapa da categoria, que inicialmente estava marcada para acontecer no Rio Grande do Sul, mas, devido aos desastres climáticos no estado, teve que ser realocada. A Copa Truck tem o calendário programado até o dia 8 de dezembro, com a última etapa marcada para Goiânia. A próxima corrida vai ser disputada em um dos autódromos mais famosos do Brasil: Interlagos, em São Paulo.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile