O Tupi venceu o Resende por 1 a 0 na tarde desta sexta-feira (26), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O teste foi o segundo e último do clube antes da estreia no Módulo II do Campeonato Mineiro, que acontece no próximo dia 4, contra o Betim, em Juiz de Fora. Anteriormente, o Carijó havia vencido o sub-20 do Uberabinha, também por 1 a 0.
A partida contou com poucos torcedores, que viram a entrega do Tupi na marcação e a busca por contra-ataques rápidos. Todos os jogadores disponíveis, com exceção do terceiro goleiro, entraram no duelo.
Escalações
O técnico Franco Muller escalou o Tupi em um 4-4-2 com Márcio, Ronaldo, Matheus Reis, Roger e Guilherme; Gean Carlo, Allan, Kassinho e Índio; Pedrinho e Fabinho Ayres.
O Resende preferiu não divulgar a escalação, já que ainda trabalha com a regularização de atletas. O treinador é Carlos Leiria.
Primeiro tempo
O jogo começou truncado, com as duas equipes em um ritmo alto e cometendo muitas faltas. Na primeira finalização da partida, aos oito minutos, o Resende cruzou bola na área pela direita, o centroavante subiu mais que a zaga do Tupi e cabeceou. A bola chegou a pegar na rede do lado de fora. Essa foi a única oportunidade clara até a parada para hidratação, aos 23 minutos.
A equipe do Rio de Janeiro teve mais posse durante a primeira etapa, enquanto o Tupi marcava quase atrás do meio de campo e buscava saídas no contra-ataque. O Resende tinha dificuldades para entrar na marcação, enquanto o Carijó não encaixava as transições. Aos 42 minutos, o Resende conseguiu um chute de fora da área. A bola saiu fraca, mas o goleiro Márcio tentou segurar e acabou espalmando para dentro da área. No rebote, após nova finalização, o goleiro alvinegro se recuperou e pegou a queima-roupa. Já nos acréscimos, em sua primeira finalização, o Tupi fez o gol. Ronaldo avançou pela esquerda e cruzou na cabeça de Índio, que cabeceou no canto direito, para o fundo das redes. Fim de primeiro tempo: Tupi 1 a 0 Resende.
No intervalo, o Galo Carijó fez uma ação na qual sorteou três torcedores presentes para baterem pênaltis no terceiro goleiro, Bruno.
Segundo tempo
O Tupi voltou para a segunda etapa com os mesmos jogadores e na mesma tônica. Porém, com os carijós mais desgastados, o Resende conseguia se infiltrar com mais facilidade e chegou a dar um chute perigoso aos cinco minutos. No lance seguinte, foi a vez de Índio fazer boa jogada pela esquerda e cruzar na segunda trave. Allan chegou para completar no alto, mas acabou não completando. Aos dez, em uma uma saída de bola errada de Mateus Reis e Gean Carlo, o Resende teve chance clara de empatar, mas a finalização acabou parando no goleiro Márcio.
Com cerca de 20 minutos, Franco Muller começou a mexer na equipe. Em seu primeiro lance, Maranhão deu um belo lançamento para Allan, que saiu cara a cara com o goleiro, mas chutou em cima dele. O Alvinegro de Santa Terezinha melhorou no jogo com as substituições e teve mais uma finalização com Raphael Toledo, fora da área, seguida de defesa do goleiro da equipe carioca. Após fazer substituições, o Resende caiu de rendimento no jogo e o Tupi chegou perto do segundo gol quando Israel infiltrou pela direita, cruzou na cabeça de Tucho, mas o atacante desperdiçou.
Nos minutos finais, o ritmo não diminuiu. Ambos os times estavam com pegada na marcação e com velocidade para acelerar o jogo. Por isso, os técnicos combinaram de acrescer mais dez minutos na partida. O ritmo continuou alto até o apito final, mas sem que o placar fosse alterado. Fim de jogo em Juiz de Fora, Tupi 1 x 0 Resende.
Avaliação do treinador
Ao final da partida, o técnico Franco Muller celebrou o desempenho do Tupi e lembrou que o Resende tem uma pré-temporada mais longa que a do Galo Carijó. O treinador também afirma que a equipe precisará variar no comportamento defensivo. “Temos que jogar atrás da linha da bola pelo tempo que a gente tem (de treinamento). O campo é muito pesado, então não tem como a gente jogar ficar exposto o tempo inteiro. Focamos em focar a bola, e acho que roubamos mais a bola do que eles”, avalia.
Muller avaliou positivamente a entrega dos jogadores na marcação, importante para a segurança defensiva do time. “Nós sempre cobrados a dobra de marcação e, para isso, alguém vai estar se desgastando duas vezes. Se eu quiser marcar alto, vai sobrar espaço e vamos sofrer três ou quatro (gols)”.
Já o meia Índio, autor do gol da vitória, comemorou a primeira oportunidade de jogar profissionalmente no futebol juiz-forano. O atleta, que tinha o pai acompanhando a partida na arquibancada, celebrou o gol. “Já fiz gol aqui (no Estádio Municipal) quando era pequeno. Agora, mais velho, no profissional é outra emoção. Só tenho a agradecer”.