Na semana da estreia no Módulo II do Campeonato Mineiro, o Tupi perdeu um de seus principais jogadores. A Tribuna apurou que o atacante Muller Fernandes, artilheiro do time na competição no ano passado, deixou o clube por discordâncias com o técnico Flávio Tinoco. Sem o atleta, o Carijó enfrenta o Tupynambás neste sábado (29), às 15h30, no Estádio Municipal, pela primeira rodada do estadual. O clube confirmou a saída do atacante no final da tarde desta quarta-feira (26).
Procurado pela Tribuna, Muller conta que viajou nesta quarta para o Rio de Janeiro. Inicialmente, o atleta havia informado ter uma reunião marcada com o presidente do clube, Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, para discutir a situação na segunda. Entretanto, o Tupi emitiu comunicado confirmando o desligamento do atleta do elenco. “O clube informa também que já realizou o acordo com o jogador que está liberado para seguir sua carreira”, diz a nota, reiterando “o apoio e a confiança” no trabalho da comissão técnica.
De acordo com Muller, Tinoco tem dado preferência para os jogadores que já foram seus comandados no Duque de Caxias e no Americano e que chegaram esse ano ao Tupi. “No último treino, ele disse que eu não iria mais treinar porque estava insatisfeito, sendo que nem falei nada. Ele chegou para o Tiquinho (presidente) e disse que era eu ou ele. O Tinoco é paneleiro, pela frente é uma coisa e por trás é outra”, dispara o atacante. A Tribuna tentou contato com o treinador, mas ele não atendeu às ligações.
Além de Muller Fernandes, deixaram o clube recentemente o volante Rafinha Borges e o atacante Willy, que também estiveram no Tupi no ano passado. “Os próprios jogadores que ele trouxe falaram que é uma sacanagem. O Jonathan Chula (outro centroavante) machucou a costela e mesmo assim estava treinando no time titular, porque o Tinoco não queria me colocar. Ele me tirou do grupo, está rachando o clube”, opina Muller.
Segundo o atleta, a vontade de jogar o clássico era grande, porque “a torcida gosta muito de mim, seria muito legal disputar mais um jogo contra o Tupynambás. Mas eu não podia fazer nada diferente no momento”.