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Dia do Goleiro: arqueiros de Galo e Baeta comentam sobre a evolução da posição

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Pedro Henrique e Patrick Ritter em treino no CT do Tupi. (Foto: Tiago Castilho/Tupi)

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João Rinco é o responsável pela preparação de goleiros do Galo. (Foto: Tiago Castilho/Tupi)
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O dia 26 de abril é dedicado à celebração da posição mais questionada do futebol: a de goleiro. A data escolhida para o Dia do Goleiro marca o nascimento de Hailton Corrêa de Arruda, o histórico arqueiro Manga, multicampeão pelo Botafogo e por outras grandes equipes do futebol brasileiro. Na semana em que Tupi e Tupynambás vão se enfrentar pela estreia do Módulo II do Campeonato Mineiro, os arqueiros das duas equipes conversaram com a Tribuna para falar sobre a relação deles com a posição e sobre a evolução da participação dos goleiros no esporte.

Titular do Tupi nos jogos-treino contra Vasco e Volta Redonda, o goleiro Pedro Henrique começou na posição ainda quando jogava futsal, inspirado no pai e no tio, também arqueiros. Debaixo das traves, o jovem de 22 anos se saiu bem e já passou por clubes do Rio de Janeiro antes de chegar ao Tupi. “Nós, goleiros, normalmente somos os primeiros a chegar (em campo) e os últimos a sair”, conta.

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Já Patrick Ritter, de 26 anos, também chegou a ser titular na baliza alvinegra durante a pré-temporada. No caso dele, a maior motivação para ter se tornado goleiro foi o sucesso de Júlio César na posição, arqueiro da Seleção Brasileira e ídolo no Flamengo. “Assisti o Júlio César a pegar pênaltis na final da Copa América e comecei a querer imitar nas brincadeiras”, conta ele, que é natural de Campos dos Goytacazes (RJ) e passou a treinar em uma escolinha da cidade. “Acho que não escolhi (ser goleiro) por uma função, escolhi pelo destino. Mas gosto da parte de liderança que um goleiro acaba exercendo na equipe”, analisa.

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A dupla é treinada no Galo Carijó por João Rinco, atual preparador de goleiros que também tem histórico como profissional no futebol juiz-forano. Como atleta, João passou pela dupla Tupi e Tupynambás, além do Sport Club. Atualmente, ele tem a tarefa de deixar os goleiros em plena forma para defender a meta alvinegra. “A primeira coisa que um goleiro precisa ter é um psicológico forte (…). Logo depois disso, um bom goleiro precisa ter uma boa leitura de jogo, ser veloz para poder tomar decisões rápidas e sempre estar bem posicionado”, enumera o preparador do Tupi.

Se apenas um será titular nas partidas oficiais, no dia a dia Patrick e Pedro Henrique mantém a relação de amizade entre si e com os demais goleiros do elenco, Ésio e Danilo. “A competição sempre vai existir, mas o importante é que se forme um clima leve e de amizade entre os goleiros e que todos entendam que o desempenho do goleiro que jogar vai representar o trabalho de todos”, resume Patrick.

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Para o Módulo II, que começa no sábado (29), João Rinco leva como mantra a palavra “consistência” para que os goleiros do Tupi tenham bom desempenho. “Consistência é a palavra-chave. Nessa competição precisa ser consistente para poder conseguir os objetivos, porque sempre tem equipes de porte financeiro alto e jogadores qualificados. Se não tiver consistência, não consegue conquistar o objetivo, que é o acesso”.

“O goleiro joga por amor”

Goleiros do Baeta durante treino na semana do clássico Tu-Tu. (Foto: Pedro Sarmento/Tupynambás)

Os três goleiros que compõem o elenco do Tupynambás, Juliano Chade, Guilherme Chersoni e Saulo Nascimento, explicaram à Tribuna o motivo de escolherem a posição mais solitária do futebol como profissão. Chade, que está em sua segunda passagem pelo Baeta, já fez parte das categorias de base do Athletico-PR, e atuou profissionalmente por Cuiabá, Orlando City (EUA), e Patrocinense, conta que sua inspiração veio da família. “Escolhi ser goleiro porque meu pai também era no futebol amador. Quando fui jogar, queria imitá-lo e acabei me tornando goleiro. É uma posição muito difícil, mas é uma posição que gosto e me sinto à vontade”, afirma o goleiro.

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Guilherme, que integra a equipe juiz-forana pela primeira vez e acumula passagens por Uberaba, Luziânia e Manchester, este último também da cidade, detalha que escolheu a posição de goleiro por influência de um dos maiores goleiros do futebol brasileiro: Marcos. “Desde pequeno ia aos jogos do Palmeiras com meu pai, e nós tinhamos o Marcos como ídolo. Então eu sempre pedi camisa, luva e desde pequeno sempre quis jogar nessa posição. Acabei pegando o gosto e e nunca quis ir pra linha”, explica Chersoni.

Saulo, que foi anunciado pelo Leão do Poço Rico na sexta-feira (21), e atuou por clubes de Brasília e Criciúma, aponta que o motivo pela escolha da posição de goleiro veio por conta de seu treinador. “Eu sempre tive boas experiências com futebol, mas o motivo em especial que me fez ser goleiro foi o meu treinador. Eu o via jogando campeonatos na minha cidade e comecei a admirá-lo e criar paixão pela posição. Comecei a catar, gostei e foi um amor. O goleiro joga por amor, então abracei a posição e tô aqui até hoje”, diz Nascimento.

Evolução da posição

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É consenso entre os goleiros do Tupynambás que a posição é a que mais evoluiu dentro do futebol nos últimos anos. “É uma evolução natural do futebol. O goleiro é mais um jogador dentro do campo, então tem que se adequar àquilo que o torcedor pede pra ver. Saber sair jogando é fundamental, então é importante que o goleiro tenha um bom jogo com os pés”, afirma Juliano. Guilherme destaca o papel defensivo da posição, além das defesas. “O goleiro tem que procurar sempre fazer a função de último homem, a cobertura da zaga, é uma posição muito complexa”, ressalta Chersoni.

Clássico no sábado

Tupi e Baeta se enfrentam no sábado pela primeira rodada do Módulo II, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, às 15h. Os ingressos estão à venda nas sedes dos dois clubes e em outros pontos espalhados pela cidade. A carga disponibilizada é de 1.500 ingressos, divididos igualmente entre as duas equipes. A torcida do Tupynambás terá acesso ao estádio pela entrada de mandantes, enquanto a do Galo Carijó vai acessar pela entrada de visitantes.

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