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Bodas de Prata com o asfalto

equipe super amigos comemora a dedicacao e o amor a corrida de rua olavo prazeres24 04 15

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Equipe Super Amigos comemora a dedicação e o amor à corrida de rua (OLAVO PRAZERES/24-04-15)
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Equipe Super Amigos comemora a dedicação e o amor à corrida de rua (OLAVO PRAZERES/24-04-15)

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Começa para valer hoje a disputa da versão 2015 do Ranking de Corridas de Rua de Juiz de Fora, organizado pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL). Este ano, a competição chega a 29 edições realizadas, e os corredores locais têm um motivo e tanto para comemorar: a mais antiga equipe de corrida da cidade completou 25 anos de existência este mês. A Super Amigos, atual campeã entre os times no masculino – fato que já se repetiu outras 14 vezes na competição local, embora os organizadores destaquem que o foco não é vencer e sim continuar a amizade reforçada a cada metro percorrido -, faz Bodas de Prata em seu casamento com o pedestrianismo e com gás de sobra para continuar em frente.

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Criada na década de 1990, o time surgiu da reunião de atletas que formavam outra equipe e persistiram mesmo depois que o apoio financeiro terminou, como conta o hoje coordenador da Super Amigos, Fernando Costa. “Já corríamos todas as provas pela região em separado, mas resolvemos nos unir. Um de nossos colegas trabalhava no (Instituto) Granbery e arrumou o patrocínio, que durou dois anos, mas depois não aconteceu mais. Como já estávamos juntos, resolvemos continuar. Assim nasceu a Super Amigos. No início, éramos dez, depois passou para 20 e, agora, somos 30, fechados. Somente em caso de ausência longa ou permanente entra um novo integrante, sempre indicado por um dos que já faz parte do time”, explica.

Completando 25 anos, a equipe juiz-forana comemora não só sua longevidade, mas o legado que deixou ao esporte local. “Comemoramos o incentivo e os exemplos de convívio, de ética e de servir de exemplo não só para os sedentários, mas para as crianças que nos têm como exemplo e isso nos deixa muito feliz”, conta Costa.

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Um dos integrantes fundadores da Super Amigos, José Gilberto “Giba” Melo, de 74 anos, acredita que o grupo seja o mais antigo do estado e comemora o crescimento do pedestrianismo em Juiz de Fora. “Quando começamos, lá atrás, não imaginávamos que chegaríamos a 25 anos. Pelas minhas pesquisas, somos a equipe, configurada como tal, mais antiga de Minas em atividade. Existe o Cruzeiro, mas eles são atletas que correm com a camisa somente. Do jeito que fazemos, só nós mesmo. Hoje, são mais de 50 grupos e assessorias de corrida, quando iniciamos eram dois, três. Lá no início, eram 80 participantes por prova, 300 na Corrida da Fogueira. Atualmente, são mais de dois mil. Ficamos contentes em fazermos parte ativa dessa história”, alegra-se o corredor, que é um dos primeiros a ajudar os organizadores das corridas locais a levantar e marcar percursos pela cidade.

Com fôlego

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Para ultrapassar as dificuldades, principalmente de manter o time competindo, a Super Amigos se vira como pode, na velha luta do esporte amador local. “Logo que mudamos para Super Amigos, instituímos uma taxa mensal que cobrisse nossos custos como inscrição, inclusive para quem não tem como pagar para correr. No ano passado, suspendemos, e cada um ficou responsável pela própria inscrição. Mas este ano, resolvemos retornar. Com a crise econômica atual, não seria possível manter isso só com patrocínios”, explica Costa, destacando que o time tem a Pró-Vida, Superfreios, Camorra Tênis, Cave, Rodoviário Camilo dos Santos, Victory, Scaldini Jeans, Alfa Consultoria e Bahamas como parceiros.

Com o passar dos anos, o time sofreu baixas trazidas pelo ciclo natural da vida, como o fundador Luiz Ribeiro Vidal e, mais recentemente, Nelson Gonçalves. Segundo Giba “as únicas tristezas da trajetória da equipe”. Por conta do mais recente falecimento, hoje a Super Amigos terá uma faixa preta em seu uniforme. Mas se alguns se vão, outros têm chegado para continuar o legado de amor ao esporte. “Teremos mais 25 anos, se Deus quiser. Vem aí uma segunda geração”, projeta Fernando. No que depender dos mais jovens, o futuro está garantido. “Cresci dentro da equipe. A galera sempre foi animada e me interessei. Comecei nas corridas infantis. Competi no Ranking pela primeira vez aos 16 anos, logo em seguida, em 2010 e 2011, ganhei minha faixa. Estou aí e vamos em frente”, deseja Pablo, 21, filho de Paulo Correa Lima, um dos mais antigos corredores da turma.

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