Para quem acompanhou o primeiro jogo das quartas de final da Superliga B entre JF Vôlei e Brasília, no último sábado (23), no Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos, ficou evidente que o oposto do Brasília, Da Silva, fez a diferença para que o time da capital federal vencesse por 3 sets a 1. Assim como os torcedores, o técnico Maurício Bara e o líbero Bruno Bello também perceberam o desequilíbrio causado pelo atleta adversário e comentaram sobre o assunto na coletiva de imprensa após a partida. O técnico ressaltou ainda que sua equipe precisa melhorar no saque e utilizar mais as jogadas de meio de rede.
Com o intuito de avançar às semifinais, o JF Vôlei precisa, primeiro, vencer o Brasília nesta sexta-feira (29), na segunda partida entre as agremiações, em Brasília. Se isso acontecer, o time de Juiz de Fora força um terceiro e derradeiro confronto, no dia 31, também na casa do time da capital federal, que tem essa vantagem por ter obtido mais pontos na fase classificatória.
O que o JF Vôlei pretende fazer para avançar?
Na coletiva de imprensa após o final da partida, o treinador Maurício Bara fez uma avaliação do que faltou para a equipe juiz-forana vencer o Brasília. “Assumimos a estratégia inicial de risco no saque, com três jogadores sacando viagem. Estávamos mais conservadores nos últimos jogos, mas precisávamos incomodar mais a linha de passe do Brasília, porque o levantador joga muito bem com o passe na mão. Mas não fez tanto efeito quanto esperávamos, tivemos muitos erros. Com isso, as ações ofensivas deles ficaram difíceis de marcar, nosso bloqueio não chegou mais inteiro. Não fizemos nossa melhor partida, podemos jogar mais e ter equilíbrio para reverter a situação”, analisa o treinador.
Ainda conforme o técnico, o oposto Caio da Silva, do Brasília – que jogou no JF Vôlei e era o capitão em 2020 – foi o diferencial para a vitória do time candango. Assim, para os próximos jogos, a estratégia será pará-lo. “Ele já era um bom jogador e, depois de jogar anos no exterior, amadureceu muito e está no melhor momento de carreira dele. Sabíamos que o jogo passava muito por pará-lo. Não conseguimos, nosso bloqueio não foi tão efetivo pela qualidade dele. Além disso, alguns jogadores que não estavam tendo atuação muito direta no ataque foram usados pelos levantadores. Foi a melhor partida deles pelo menos entre as últimas quatro que fizeram. Mas não tem nada perdido, meus jogadores sabem disso”, frisa Bara.
“Sem medo de ser feliz”
Apesar da derrota, o JF Vôlei está confiante de que pode avançar para a próxima fase, afirma Bara. Para isso, algumas mudanças no esquema podem ser feitas. “Não conseguimos, no início (da primeira partida), usar os centrais da maneira que usamos. Quando eles começaram a entrar no jogo, foram muito efetivos. Sofremos nas extremidades, fiz a substituição do Marcos Jr. no lugar do Timba pensando no bloqueio. Mas, apesar de todas as dificuldades, não desistimos do jogo. Colocamos os garotos e responderam bem. Não dá para ficarmos triste que perdemos, precisamos ganhar duas partidas. Só de estar nas quartas de final depois de estar ameaçado de rebaixamento dá uma motivação grande de chegar em Brasília e fazer um ótimo jogo. Vamos firmes, sem medo de ser feliz”.
Da mesma forma que Bara, o líbero Bruno Bello pensa que, para superar o Brasília, a agremiação juiz-forana precisa melhorar na defesa contra os jogadores das extremidades. “Eles atacaram muito bem, mas vamos trabalhar nosso sistema defensivo durante a semana para tentar parar. Vimos também a diferença de erros, no terceiro set, diminuímos os nossos e conseguimos ganhar. É usar esse set como incentivo para ser mais constante”, declara. “Vamos olhar as estatísticas, o que fizemos de bem e mal. Não dá tempo de lamentação, vamos estar prontos (para as duas decisões restantes), com outra cabeça. Mata-mata é isso”.