Com a venda de cerca de 80% da estrutura da sede localizada entre os bairros Poço Rico e Santa Teresa, na Zona Sudeste de Juiz de Fora, o Tupynambás se despede do complexo esportivo que continha ginásio, parque aquático e o estádio José Paiz Soares entre as dependências, de demolição iniciada neste mês, conforme registrado e confirmado pela Tribuna nesta semana. Paralelamente, no entanto, o clube ratificou a quitação do pagamento total do terreno de 726 mil metros quadrados na BR-040, próximo à Barreira do Triunfo, região Norte, onde planeja a utilização, no mínimo para alojamento, já durante a disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro de 2023.
As obras para a construção das dependências do novo centro de treinamento (CT) do Baeta, ainda não começaram, conforme o presidente do Baeta, Cláudio Dias. “Na semana passada a área do nosso novo terreno foi quitada e a documentação foi para o cartório. Dependemos apenas do financeiro para começar a construir, de imediato, dois campos de futebol, modificar a estrutura já existente para a de um centro de treinamento profissional”, relata. “Lá já existem algumas casas, então uma obra pequena pode adaptar o alojamento para o futebol. O que vai demorar mais é o campo”, complementa o mandatário.
O Tupynambás tem direito a receber, ainda, 70% do montante total da venda da antiga sede. Cláudio mantém, no entanto, sigilo sobre o valor da operação. A partir desta transferência, as movimentações na área da Zona Norte serão iniciadas. Como o clube ainda não sabe quando irá ocorrer o Módulo II do Estadual, ainda não pode prever se ao menos um campo de futebol terá sido finalizado ou se irá precisar negociar parceria com outra estrutura para que o elenco realize os treinamentos. “Liguei para a Federação Mineira e eles ainda não têm a data do Mineiro. Disseram que pode ser a partir de abril, algo parecido com o que foi nesse ano, o que para nós seria ótimo”, avalia.
Na temporada 2022, a divisão de acesso à elite do futebol do estado teve largada em 27 de abril e foi realizada até 30 de julho. O Baeta se classificou para o hexagonal final, mas terminou em quinto lugar e adiou o sonho do retorno ao Módulo I.
O negócio baeta
O terreno vendido pelo Tupynambás possui 13.800 metros quadrados, envolve o parque aquático, o campo do estádio José Paiz Soares, o ginásio poliesportivo e os setores de musculação e fisioterapia. A estrutura social, de frente à Rua Delorme Louzada, permanece como patrimônio do clube. Neste espaço mantido, de aproximadamente 3 mil metros quadrados, Cláudio Dias reforça que obras também serão retomadas para a instalação de uma nova estrutura. “Começamos essas obras antes mesmo de negociar a venda da outra parte do clube. Paramos por conta da pandemia, mas com o dinheiro que iremos receber, retomaremos. Vamos ter a parte social ainda lá, além de uma acadmeia, duas lojas (para aluguel), um salão de festas de aproximadamente 400 metros quadrados, duas piscinas, um bar e uma churrasqueira. Tudo o que o clube possuía, exceto o campo de futebol”, detalha.
A estrutura ex-Baeta foi comprada pela incorporadora Pedra Dourada e começou a ser demolida neste mês de outubro. O local irá receber uma loja da Rede Assaí, com previsão de abertura no fim de 2023 e de criação de 500 postos de trabalho na cidade, conforme matéria veiculada na Tribuna há pouco mais de um mês.