Neste sábado (23), os gêmeos Lucas e Pedro Almeida de Souza, de 11 anos, conquistaram títulos do Torneio Mineiro Dangai de Judô, disputado em Ipatinga – ambos na faixa amarela, mas em pesos diferentes no sub-13. No entanto, a nova medalha no peito dos irmãos que treinam no Centro de Estudo Karatê-do Shotokan (CEKS) com o Sensei Guilherme Maritaca, não é o que mais faz os pais, Guilherme Nunes de Souza e Fúlvia de Fátima Almeida de Castro, se orgulharem.
“Vemos o judô como uma filosofia de vida, que, além da defesa pessoal, te proporciona a reflexão sobre humildade, utilidade e respeito ao próximo, atividade extremamente disciplinadora que pode ajudar sobremaneira o desenvolvimento psicomotor e social de crianças”, reitera o pai, Guilherme.
Lucas e Pedro praticam judô desde os 5 anos de idade. Inicialmente, a dupla recebeu ensinamentos do professor Linus Pauling. Em seguida, eles começaram a treinar com os sensei Rodney e Guilherme Maritaca – este último segue responsável pelos ensinos dos irmãos no CEKS. “Treinam comigo há quase cinco anos e já foram campeões mineiros da Federação até. Eles são muito bons mesmo”, destaca Maritaca.
Como destacou o sensei e esmiuçou o pai dos jovens, Pedro e Lucas têm na curta trajetória medalhas como prata no Campeonato Mineiro de Judô da Federação em 2018 e a medalha de ouro em 2019. Mas novamente o destaque da família, ao citar os resultados, é outro.
“O grande diferencial desses torneios foi a presença dos sensei e da família”, ratifica Guilherme. “Os momentos de competições são indescritíveis. A emoção e os sentidos vão a mil por hora. Os detalhes da luta e do olhar do filho no meio da área de luta são dignos de um livro. E esses momentos fazem fortalecer os laços da família e o contato com o esporte e as competições”, descreve Guilherme Nunes.
Retorno da interação e aprendizados
A volta gradual às competições também tem sido comemorada. Como o Sensei Maritaca destaca, “o retorno é muito importante pela situação da criança poder interagir com outras, mostrando o respeito, a união e o entendimento de ganhar e perder.”
Já conforme o pai de Lucas e Pedro, é também a continuidade do que ele já observa desde o início da trajetória dos filhos na arte marcial. “É um sentido de respeito muito grande ao próximo, principalmente aos mais velhos e professores, característico da cultura japonesa. Isto muito me agrada, pois respeito e humildade formam um caminho interessante para uma sociedade mais equilibrada e justa.”