O Tupynambás deixou a disputa do Campeonato Mineiro no último domingo (24), com a derrota para o Atlético por 3 a 1 no Mineirão, em duelo das quartas de final da competição. Além da permanência na elite mineira e vaga no mata-mata, o Baeta ainda conquistou participação na Série D de 2020. Desta forma, terá calendário no segundo semestre do ano que vem, algo que não ocorre nesta temporada. Diante destes resultados, o técnico Paulo Campos destacou a sensação de dever cumprido durante entrevista após a partida, ainda em Belo Horizonte.
“Saímos para uma das maiores equipes do futebol brasileiro, com grandes jogadores. Foi uma partida muito linda. Em todos os momentos tentamos jogar e não deixar o adversário atuar. A qualidade fez a diferença em momentos importantes da partida. Perdemos nossas oportunidades e fizemos um jogo limpíssimo, como tem que ser. Saímos de cabeça erguida. Porque o Tupynambás há mais de 40 anos não disputava uma Série A. Se classificar para as quartas de final, seguir na Série A e no ano que vem ir à Série D é uma alegria muito grande nos dez dias que estive em Juiz de Fora. Saio com a cabeça erguida, porque acabou a temporada do Tupynambás, e quem sabe, no futuro… o clube simples, de pessoas corretas e honestas, me encantou muito. E Juiz de Fora é espetacular, assim como Minas Gerais”, discorreu Campos.
Para o treinador, que buscou, segundo ele, surpresas no âmbito tático para o duelo, a derrota de domingo passou diretamente pela diferença de qualidade técnica entre as equipes. “Preparamos algo diferente. Há quantos e quantos anos você não via, em um sistema tático, uma marcação de homem a homem? Que partida maravilhosa do Marcel, tentando principalmente marcar o Cazares. Mas é a diferença, no momento que escapou… (gols). São situações difíceis. E nas jogadas pelos flancos tivemos oportunidades em cabeceio que o Victor acabou defendendo, no fim do jogo também. Sabíamos que o adversário, que joga junto há muito tempo, estava descansado, enquanto nós estávamos na pegada. Mas parabenizei aos atletas porque foram dignos, honraram uma camisa, uma cidade, e tenho certeza de que a torcida do Tupynambás está satisfeita. Deixamos um futebol bonito no estádio”, analisou.
Campos ainda foi questionado, após o jogo, sobre o rival da cidade, Tupi, ter sido rebaixado, contrastando com a campanha do Baeta. No entanto, o treinador lembrou a importância das equipes se manterem na elite, juntas, pelo crescimento do esporte local. “Fico triste porque também tive um período de ajudar o Tupi no Mineiro (2014). Tenho um carinho pela cidade e torcedor. A cada tropeço, a equipe tem que se levantar com muita força. Tenho certeza de que Tupynambás e o Tupi vão estar juntos pela melhoria crescente do futebol de Juiz de Fora.”