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Campeã brasileira busca recursos para disputar Mundial nos EUA

JIUJITSU
Maria Vitória mostra a medalha de ouro conquistada em setembro no Campeonato Brasileiro No Gi (sem quimono) na faixa azul e categoria adulta super pesado (Foto: Marcelo Ribeiro)
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O jiu-jítsu entrou na vida da juiz-forana Maria Vitória Ruffatto (Gamonal Fighters), há pouco mais de quatro anos, para ficar. A atleta, hoje com 18 anos, estudante no primeiro período de Nutrição, na Unipac, se apaixonou pelo esporte. A convite do antigo mestre, Guto Neto, com uma bolsa para a prática da arte marcial, ela transformou disciplina e dedicação em conquistas. A principal delas veio em setembro, no Rio de Janeiro (RJ), ao se tornar campeã brasileira No Gi (sem quimono) adulta, na faixa azul e categoria super pesado.

“Me apaixonei pelo esporte e estou até hoje nessa caminhada. Antes fiz capoeira, futsal, balé. Hoje, só jiu-jítsu. O que me atrai é a dificuldade da arte marcial. O jiu-jítsu te faz querer mais todos os dias. Aprender mais com seus mestres, evoluir e superar dificuldades”, conta a jovem. E ela quer mais. No próximo ano, a atleta local irá disputar o Campeonato Mundial de Jiu-Jítsu, na Califórnia, Estados Unidos, ainda sem data confirmada. Para isto, Ruffatto obteve auxílio de pessoas próximas para iniciar a venda de uma rifa com o objetivo de levantar cerca de R$ 1 mil destinados aos gastos com visto e passagens.

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“Um mestre meu, o Guto, que foi quem me acolheu no início, foi para os EUA, se estabeleceu lá e me deu uma oportunidade de passar uma temporada com a família dele. Com isso, uma amiga que treina comigo, a Carol, deu a ideia de fazer essa rifa. Consegui alguns produtos e estou tentando obter recursos para o visto e viagem”, explica. A R$ 10, somente até esta sexta-feira (26), a rifa dá direito a prêmios como um mês de treino funcional, consulta com nutricionista, refeições fit, aparelho de jantar e até relógio masculino. Para comprar, basta entrar em contato no telefone (32) 99138-0741.

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A antecedência de programação também é reflexo o perfil de Ruffato, focada na competição. “Vou para lá antes treinar, me preparar no clima, me ambientar. E aqui sigo treinando forte. Faço meu físico três vezes por semana e, o jiu-jítsu, em quatro”, conta.

“E aqui sigo treinando forte. Faço meu físico três vezes por semana e, o jiu-jítsu, em quatro”, diz Maria Ruffatto (Foto: Marcelo Ribeiro)

Inspiração e plano de vida

O aprendizado diário, para Ruffatto, é ainda mais precioso. “Tenho como foco o Campeonato Mundial, mas também quero viver desse esporte, poder dar aula e ajudar mais crianças. Tenho meus mestres como inspiração, que me motivam e contribuem para que essa possibilidade de ensinar me cative todos os dias”, revela. Entre os principais exemplos no jiu-jítsu estão os mestres Linus Pauling e Wagner Wats, o Wagão, da equipe Gamonal Fighters, do Bairro São Mateus. Questionada sobre a trajetória e o comportamento de Ruffato no tatame, a dupla não economizou elogios. “O título brasileiro, para quem conhece a Maria, não foi uma surpresa. Ano passado ela foi vice-campeã nacional perdendo para a Gabi Peçanha, hoje uma faixa marrom que vem batendo todas as meninas do mundo. A Maria fez uma luta muito dura com ela e, desde então, vem se dedicando muito nos treinos. A perspectiva agora é organizar o mais rápido possível a estrutura para ela ir aos EUA. No Mundial, a expectativa é a mesma: dedicação, treinamento e resultado é o que a gente espera”, analisou Vagão.

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Faixa preta de jiu-jítsu e de judô, o professor Linus Pauling também foi categórico. “Fazemos uma preparação completa para o campeonato. Existe uma preparação física, técnica e psicológica, tudo envolvido para o atleta chegar no dia completo. Não adianta ter condicionamento físico ou saber fazer uma posição, mas o psicológico não estar preparado. E a Maria tem na disciplina um dos fatores determinantes para o sucesso. É muito focada, está em todos os treinos, com ritmo de campeonato e isso a permite ter essa experiência”, explica.

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