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Valeu pela festa

Foto: Olavo Prazeres
Foto: Olavo Prazeres
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Uma equipe que tem nada a perder é uma equipe sem medo. Com a vaga garantida para a Série B do Campeonato Brasileiro, foi com esse espírito que o Tupi entrou em campo na noite deste sábado (24) no Estádio Radialista Mário Helênio para enfrentar o Londrina, na partida de ida pelas semifinais da Série C. Sem a responsabilidade de matar ou morrer, o Carijó contou com o apoio da torcida e fez o que pôde para sair com a vitória, mas a retranca da equipe paranaense fez com que o primeiro duelo entre os dois times terminasse sem gols. A partida de volta será no próximo sábado, também às 19h30, no Estádio do Café, em Londrina.

O clima de festa, felicidade com a classificação e gratidão mútua entre torcedores e jogadores pôde ser visto muito antes de a bola rolar, com grande parte do público comparecendo ao estádio vestido com a camisa do Tupi. Os jogadores foram aplaudidos logo que entraram para o aquecimento, vestidos com camisas comemorativas e jogando algumas delas para a torcida, que, antes mesmo do início do jogo, já fazia a sua versão para “Seven nation army”, do White Stripes, que se tornou um hino informal de diversas torcidas pelo mundo.

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Depois do apito inicial, era hora de o Carijó mostrar ao Tubarão que as derrotas na fase de classificação (1 a 0 no mesmo Mário Helênio, e 3 a 0 no Estádio do Café) tinham ficado no passado.O time de Leston Junior começou com disposição, incentivado pela torcida, mas o Londrina sabia se fechar na defesa e controlar a disposição carijó, indo eventualmente ao ataque. Mesmo com nada a perder e tudo a ganhar, a verdade é que nenhuma das equipes criou alguma chance incisiva para abrir o marcador nos dez minutos iniciais.

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A primeira boa oportunidade surgiu apenas aos 13 minutos, em um escanteio cobrado por Marco Goiano pela direita e que encontrou Rafael Jataí na pequena área, mas a bola passou por cima do travessão. Os paranaenses responderam três minutos depois, com um cruzamento pela direita que encontrou o zagueiro Silvio, porém ele cabeceou sem perigo sobre a meta de Glayson.

O Tupi voltou a ameaçar aos 22 minutos, em bela jogada de Felipe Augusto, que driblou o zagueiro adversário e, da linha de fundo, chutou por cobertura contra a meta defendida por Vitor, que precisou dar um tapinha na bola para impedir o gol dos donos da casa. O goleiro visitante voltou a salvar sua equipe aos 30, ao mandar para escanteio o chute de Marco Goiano, que, da lateral direita da grande área, executou perigosa cobrança de falta. Jogador decisivo na vitória sobre o ASA, em Arapiraca, na última segunda-feira, o camisa dez era o nome mais importante do ataque do Tupi – e foi ele mais uma vez, aos 37, que ameaçou o gol do Londrina, chutando da intermediária próximo ao ângulo direito da meta de Vitor. E foi o último lance de perigo do primeiro tempo, que terminou com o placar zerado.

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Na saída para o intervalo, o lateral Osmar considerou boa a atuação do Tupi, que, para ele, se portou bem em campo, mas que precisava ter cuidado para não ser surpreendido pelo Londrina. “É preciso ter cautela, este é um ‘jogo de 180 minutos’, e só disputamos 45”, destacou.

 

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Aplausos, mesmo sem a vitória

As duas equipes retornaram para o segundo tempo sem alterações, e a dinâmica da partida era a mesma: o Tupi atacando e com o apoio da torcida, enquanto o Londrina se mostrava satisfeito com o empate e aparecia no ataque raramente. E foi num desses avanços, aos 12, que Bruno Batata recebeu um cruzamento da esquerda e cabeceou contra o gol de Glayson, que defendeu com facilidade. Tentando dar mais gás ao ataque para vencer a retranca paranaense, o técnico Leston Junior colocou Ygor no lugar de Kaio Wilker, aos 13. A mudança fez o Carijó se mostrar ainda mais presente na frente, mas a bola não entrava. Depois, aos 24, foi a vez do treinador do Londrina, Cláudio Tencati, tentar ser mais agressivo, substituindo Pacato e Bruno Batata por Netinho e Quirino. Mas foi o Tupi que quase abriu o marcador novamente, aos 27, pouco depois de Bruno Aquino substituir Felipe Augusto: em cruzamento pela direita de Vinicius Kiss, Ygor surgiu de surpresa por trás da zaga e cabeceou rente ao ângulo direito do gol de Vitor, deixando a torcida com o grito de gol preso na garganta.

O primeiro cartão amarelo foi dado aos 30 minutos, para Edmar, do Londrina, em jogada violenta; aos 32, Bruno Aquino recebeu primeiro amarelo do Tupi após cometer falta. O Tubarão fez sua última mudança aos 37, com Edmar dando lugar a Patric. Quinino, dos visitantes, ainda recebeu cartão amarelo aos 44, ao fazer falta que impediu o contra-ataque do Tupi.

O juiz deu o apito final com a torcida, apesar do 0 a 0, cantando “eu acredito” e aplaudindo os jogadores do Carijó, que se reuniram no meio de campo para agradecer o apoio de quem esteve no estádio. O grito de gol, por enquanto, ficou guardado para o próximo sábado, e é preciso lembrar que o empate sem gols não foi de todo ruim: se o resultado se repetir, a decisão vai para os pênaltis; empate com gols dá a vaga na final para o Tupi; e quem vencer, leva. Sem vencer ou marcar gols no adversário, será uma batalha difícil para o Carijó, mas que vai para o Paraná contando com a confiança dos torcedores, que acreditam, sim, em voos ainda maiores para o alvinegro de Juiz de Fora.

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