Diante de 856 torcedores (551 pagantes) na noite deste sábado (24), o técnico Ricardinho viu o Tupi abrir o placar com Luiz Paulo diante do Brasil de Pelotas (RS), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, mas sofrer a igualdade em lance de bola parada com tento marcado por Felipe Garcia para o Xavante, forma de castigo após ritmo diminuído na etapa final, como tem sido rotineiro na participação juiz-forana na Série B.
O lateral Luiz Paulo lamentou o resultado após a equipe ter mandado no placar novamente. “Trocaria meu gol pela vitória. Mas infelizmente não dá, o gol não foi suficiente e agora precisamos trabalhar forte para vencer o Luverdense fora de casa.” O resultado mantém o Tupi na 18ª posição, agora com 26 pontos, a cinco do Oeste, primeiro fora do Z4.
O jogo
A possibilidade de aproximação do Oeste, primeiro clube fora do Z4, e o primeiro jogo sob comando de Ricardinho preenchiam o ânimo de torcedores e elenco do Tupi antes da bola rolar. Com o andamento do embate, as primeiras mudanças foram explícitas. A representação juiz-forana iniciou o duelo com Rafael Santos; Henrique, Gabriel Santos, Thiago Sales e Luiz Paulo; Renan, Hiroshi e Marcos Serrato; Octávio, Giancarlo e Jonathan. No plano tático, um 4-3-3 foi formado com Hiroshi mais recuado, qualificando a transição ofensiva. Renan formava trinca que sustentava a zaga e permitia, por vezes, os avanços dos ofensivos laterais do Galo.
O goleiro carijó trabalhou logo aos 7 minutos, em chute rasteiro de Ramon após investida nas costas de Henrique. Esta seria, contudo, a única intervenção de Rafael Santos na primeira etapa. Isto porque a proposta de Ricardinho simplesmente ambicionava a prática do futebol. Ambicionava a produtividade e causou, até os 30 minutos, a criação de oportunidades de gol de Giancarlo, Octávio, Jonathan e Hiroshi, que havia tido a melhor chance após parede do centroavante carijó na área que permitiu chute do meia para grande defesa de Martini.
Eis que a insistência pela prática do futebol, aos 36 minutos, foi coroada. Luiz Paulo fez bela jogada pela canhota, centralizou com toque categórico e arriscou de direita, no ângulo de Eduardo Martini, estufando as redes adversárias e abrindo o placar. A resposta veio em seguida, em cabeceio gaúcho rente à trave esquerda de Rafael Santos, antecedendo os aplausos dos presentes com o fim da primeira etapa.
O empate
O Tupi voltou sem mudanças na escalação e na postura. Objetivando o segundo gol, a repetição do caminho do tento que abriu o placar foi testada logo aos 6 minutos, com Luiz Paulo forçando Martini realizar bela defesa. O Brasil rejeitava a manutenção do cenário e assustou a zaga carijó com cabeceio de Felipe Garcia e chute de Ramon. O perceptível crescimento gaúcho fez Ricardinho promover sua primeira troca no comando do Galo, aos 19 minutos, levando Recife ao campo no lugar de Hiroshi.
O maior número de paralisações conteve o ímpeto do Xavante. O mesmo futebol, que pede sua prática com triangulações e velocidade, porém, apresentou as cobranças de falta como opção gaúcha. Em uma delas, da direita de ataque, a zaga carijó parou e Felipe Garcia cabeceou livre para milagre de Rafael Santos, que viu, contudo, a bola tocar no travessão e voltar para o atacante do Brasil empatar o jogo. O Tupi avançou as linhas novamente, obteve a estreia do atacante Yago, mas não foi efetivo e, não fosse Rafael Santos no último lance de jogo, teria sofrido o tento da virada.