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Ginásio Municipal tem previsão de conclusão para maio de 2023

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O Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos, o Ginásio Municipal, possui uma nova data de entrega à população prevista. Nas palavras da prefeita Margarida Salomão (PT), assim como em prazo documentado em contrato, as obras do aparelho esportivo localizado no Bairro Aeroporto, Cidade Alta, serão concluídas até maio de 2023.

Após dois processos licitatórios desertos durante a pandemia – de agosto de 2021 e janeiro deste ano, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) optou pela contratação direta da empresa Ribeiro Alvim Engenharia Ltda., que reiniciou a construção no dia 23 de maio, há dois meses. As obras estavam paralisadas desde setembro de 2020, depois de rompimento de vínculo da Administração municipal com o Consórcio Conata Infracon.

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Tribuna visitou a obra na última terça-feira (Foto: Leonardo Costa)

Conforme a PJF, os trabalhos têm sido realizados de segundas até sextas-feiras, em horário de expediente. “O prazo segue de 11 meses, a contar da data de reinício”, reforça a confirmação de Margarida, após visita na última quinta-feira (21) ao Ginásio, com a projeção de que no próximo aniversário do Município, o ginásio seja entregue oficialmente.

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“Uma obra parada há tantos anos, começada há tantos anos, que finalmente vamos entregar a Juiz de Fora e ao Brasil, em maio do ano que vem (…) a população de Juiz de Fora vai contar com um equipamento de padrão mundial, uma coisa de capital, em que a gente, de fato, vai poder desenvolver esportes em que temos uma vocação histórica, como o vôlei, todos os esportes de quadra, e vamos sediar, aqui, eventos de grande envergadura, internacionais, e contribuir, portanto, pro desenvolvimento da cidade do ponto de vista do turismo, econômico, do lazer, que é um direito do nosso povo, e do esporte.”

Em relação ao investimento, a verba para conclusão já havia sido obtida e liberada. “Os recursos são oriundos de convênio firmado com a Caixa Econômica Federal e contrapartida municipal, no valor de R$ 13.182.955,54”, confirmou a PJF à Tribuna.

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Ginásio Municipal irá completar 18 anos de projeto em 2023 (Foto: Leonardo Costa)

Ainda conforme a Prefeitura, a administração do Complexo Esportivo Moacyr Toledo, que contempla também o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio e o estacionamento anexo, “ficará a cargo da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), que pretende torná-lo um espaço multiuso, para além do esporte, também um local para atrações artísticas e culturais.” Logo, a ideia é a de que o Ginásio Municipal, assim como já tem ocorrido no Estádio, também possa receber eventos como shows e outras iniciativas.

Conforme o projeto, o palco deverá receber cerca de 5 mil pessoas com acessibilidade, quadra poliesportiva e salas multiuso, além de vestiários e área de musculação e descanso para os atletas. O palco poderá receber eventos das mais variadas modalidades e não apenas no cenário regional ou estadual.

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Novela de 2005: relembre o histórico das obras

A esperança de Juiz de Fora obter um ginásio público com estrutura que possa receber eventos internacionais em diferentes modalidades já existe desde abril de 2005, quando era anunciada a construção do aparelho, pelo então prefeito Alberto Bejani, e com o custo previsto de R$ 7 milhões. Desde então, no entanto, as inúmeras paralisações, naturalmente, geraram um descrédito da população.

Ainda em 2005, mas em novembro, a Caixa Econômica Federal liberou R$ 1,4 milhão para início das obras. O início dos trabalhos no Aeroporto ocorreria somente um ano depois, com o começo da terraplanagem, que durou quatro meses.

Em dezembro de 2007, o Ministério do Esporte chegou a repassar R$ 5,8 milhões para a sequência da construção, mas, em novembro do ano seguinte, a verba para a obra seria bloqueada pela Operação Pasárgada, que prendeu o então prefeito Bejani.

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Passados quase dois anos, em outubro de 2010, a Ribeiro Alvim Engenharia venceu a licitação para as obras. Com mais de cinco anos após o anúncio das obras, no entanto, o custo revisado já chegava a R$ 14,5 milhões.

Paralisação e busca por recursos

O primeiro reinício da construção ocorreria em julho de 2011, com a concretagem da laje das arquibancadas e a finalização dos vestiários. A obra voltaria a parar, contudo, 16 meses depois, no fim de 2012, por falta de recursos – a conclusão das obras demandaria agora cerca de R$ 20 milhões.

Em janeiro de 2015, o prefeito Bruno Siqueira se encontrou com o então ministro dos Esportes, George Hilton, e solicitou verba para concluir a obra. Hilton visitou o Ginásio Municipal em setembro e assinou convênio liberando R$ 12 milhões para a retomada das obras.

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Licitações e desistências

Com a garantia do montante, houve uma nova licitação em agosto de 2016, com a empresa Metalúrgica Valença Indústria e Comércio Ltda, do Grupo MBP, vencedora da concorrência em proposta de R$ 16.994.371,48. Após limpeza do terreno e preparação do canteiro de obras, em março de 2017 houve a aprovação do Corpo de Bombeiros relativa ao projeto de retomada com readequações estruturais voltadas à segurança do palco esportivo. Naquele momento, a projeção era de entrega do aparelho em abril de 2018.

Em junho de 2017, teve início a fase final das obras das arquibancadas, de conclusão projetada ainda para aquele ano, assim como o início dos trabalhos na cobertura do Ginásio. No entanto, mais uma desistência ocorreria em outubro, novamente por questões financeiras.

Após o rompimento do vínculo com a empresa do Grupo MBP, somente em maio de 2018 a Prefeitura divulgou, no Atos do Governo, um novo contrato, desta vez com a segunda colocada do último processo licitatório, o Consórcio Conata Infracon. À época, o prazo de execução das obras era de 18 meses, com valor da operação mantido em quase R$ 17 milhões.

Houve, enfim, o andamento das obras, com o avanço na cobertura, na concretagem das arquibancadas e na conclusão de reservatório de água até 2019.

Complexo Moacyr Toledo

Com aprovação de projeto de lei em fevereiro de 2020, foi sancionado que a área que compreende o Estádio e o Ginásio Municipal seria denominada Complexo Esportivo Moacyr Toledo, em homenagem a um dos maiores ídolos da história não apenas do Tupi, como do esporte da cidade.

Reprogramação e pendências

Há pendência na finalização de todo o acabamento do Ginásio, bem como na instalação de cadeiras nas arquibancadas e de placar eletrônico (Foto: Leonardo Costa)

O projeto de construção do Ginásio Municipal  voltou a ter obras paralisadas em março de 2020, e teve uma reprogramação aprovada somente em agosto do mesmo ano. À época, segundo a Secretaria de Obras (SO) da PJF, a empreiteira continuou responsável pelo canteiro de obras e aguardando o replanejamento, tido como necessário para readequar o projeto, datado de 2005, às necessidades atuais, caso das novas normas do Corpo de Bombeiros para este tipo de empreendimento, além de ajustes e modernização como, por exemplo, a substituição das luminárias por led. As obras voltaram a ser paralisadas em setembro de 2020, contudo, e só voltaram neste ano, após duas licitações sem concorrentes.

Conforme o secretário de Esporte e Lazer Marcelo Matta confirmou à Tribuna em janeiro deste ano, há pendência na finalização de todo o acabamento dos diferentes espaços, como a quadra, os vestiários e as cabines, além da instalação de cadeiras nas arquibancadas e do placar eletrônico.

 

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