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Juiz-forana fará travessia Petrópolis-Teresópolis em 11 horas

Paty travessia Pedra da Mina arquivo pessoal
Paty travessia Escalavrado Teresopolis foto arquivo pessoal
Paty, como também é conhecida, fará mais uma travessia em Teresópolis, como o passeio de Escalavrado, de onde veio este registro (Foto: Arquivo pessoal)
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Neste sábado (25), a juiz-forana Patrícia Lisboa, de 47 anos, irá tentar realizar a travessia Petrópolis-Teresópolis, de cerca de 30 km, em apenas 11 horas. Com desníveis de mais de 1.100 metros, o trekking, feito no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, é considerado de alto nível de dificuldade, conforme Patrícia. Geralmente, o percurso só é concluído pelos atletas em dois ou três dias.

“Exige um grande preparo físico. É bastante tradicional no mundo outdoor, uma das mais desejadas e lindas do Brasil. Existem alguns pontos bem perigosos, que se chamam ‘elevador’, ‘mergulho’ e ‘cavalinho’. Por isso, chamei o guia Leonardo Alvim para me acompanhar”, explica. “Concluir com certeza será desafiador, mas muito mais recompensador. Aprenderei mais durante esses 30 km que andarei e trarei os conhecimentos para a minha vida e o dia a dia”, espera a atleta.

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Para que possa realizar a travessia em tão pouco tempo, Patrícia tem realizado atividades físicas de seis a sete vezes por semana. Por ser personal trainer, ela mesma monta seus treinos, específicos para a prática de caminhada e de subidas de montanha.

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“Preciso dessa rotina porque é muito mais do que só chegar ao topo. Vem o cansaço, muitas vezes o medo da altura, o desconforto no corpo. Mas concentro e trabalho minha mente com calma, paciência, foco e determinação. Muitas vezes, converso comigo mesma dizendo que vou conseguir, que estou preparada e determinada. Sempre penso que só vou parar quando atingir meu objetivo”.

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História, trekking e experiências

Patrícia durante trekking na Pedra da Mina, a quarta montanha mais alta do Brasil (Foto: Arquivo pessoal)

Desde pequena, Patrícia já dava os primeiros passos no esporte. Ainda criança, ela acordava 4h30 para “ir para o meio do mato” com seu pai. A graciosidade da natureza era o ponto de euforia para a garota. Quando adulta, começou a praticar ‘trail runs’ (corridas de montanha), mas teve uma lesão de joelho durante prova na Argentina, em 2017. Decidiu, então, fazer trekking e hikking. Desde esse momento, ela já teve a oportunidade de atravessar o Pico das Agulhas Negras, o Pico da Bandeira, o Escalavrado, a Pedra da Mina, a Pedra da Gávea e muitas outras experiências, incluindo a travessia Petrópolis-Teresópolis, mas em dois dias.

Em todos esses trajetos, Patrícia usa a religião como aliada para superar as adversidades. “O mais lindo que tenho em minhas caminhadas na natureza é a minha conexão com Deus. É fantástico, algo que me fortalece para o dia a dia. Sinto ele com uma presença incrível e me ajuda a ser forte, determinada e focada para atingir os objetivos que traço”, declara.

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Com 47 anos, a juiz-forana não só pretende superar seus recordes atuais, mas também continuar na modalidade por muitos anos. “Todos os sentimentos junto à natureza me fortalecem mais. Às vezes, na vida, aparecem os desafios, ventos fortes que fazem com que tenhamos que aprender a ser mais fortes, trabalhar a paciência, o foco, a calma e a persistência. As corridas me ajudam nisso, a montanha é minha vida e por isso cuido muito bem da saúde física e mental para não parar cedo”, busca Patrícia.

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