O apito final já havia ocorrido, mas o Tu-Tu prosseguiu na sala de imprensa. Questionado se a vitória que deu a liderança ao Tupynambás na competição, por ser em um clássico, era especial, Surian mostrou insatisfação sobre um possível comportamento da cúpula alvinegra. “É sempre especial vencer os jogos. O clássico, por não acontecer há muito tempo, dá um sabor melhor. Até mesmo porque acho que muitos não acreditavam no Tupynambás. Iniciamos um trabalho há quatro anos, e em três conseguimos o acesso. As coisas, quando você sobe repentinamente, são mais complicadas. Há uma falta de respeito ainda. Talvez de conhecimento pelos adversários. Vimos um pouco de soberba até hoje mesmo, quando chegamos no Estádio Municipal, mas é normal pelas pessoas que estão do lado de lá dirigindo. E trabalhamos com os pés no chão, fazendo com que o futebol em si e o resultado apareçam”, conta, antes de confirmar a teórica “soberba”, sem citar nomes. “Vocês conhecem as pessoas que lá estão. Não vou fazer um tumulto, mas vocês sabem quem dirige e, achando que era festa… futebol é sério. E não estou vendo algumas situações da parte de lá”, revela.
A declaração foi repercutida na coletiva seguinte, do comandante carijó, Aílton Ferraz, que ficou revoltado. “Não concordo com o Surian. Acho que quem disse para ele é mentiroso. Respeito muito o profissional, mas se ele botou isso para fora, tem que falar quem fez. Porque isso não aconteceu. Ao contrário. Falei em respeito antes, temos que respeitar sempre. Então se ele falou isso, tem que dar o nome. Porque lá não tem moleque. Tem homem, um comandante. Eu, que graças a Deus, por onde passo, sou um líder positivo, um cara que cobra. Então quando ele fala isso está mexendo com a liderança. Não concordo com ele e queria que ele falasse quem disse, porque jamais teve isso. Aonde eu passar, não vai ter soberba de ninguém. […] A presidente (Myrian Fortuna) esteve por perto, nunca falou isso. É a diretoria, é o Nicanor? Não houve isso. Acho que ele usou uma fala maldosa. Respeito muito o Surian, mas tem que provar. Ele tinha que estar feliz pela vitória e não colocar situações que não houve. Isso para mim é uma molecagem e, a partir de hoje, se ele não provar, não respeito mais ele.”