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Uma chama em stand by

chama olimpica
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Se não fosse a Covid-19, nesta próxima sexta-feira (24) estaria eu frente à TV acompanhando ao início dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Competentes, criativos, organizados e tecnologicamente avançados como poucos, não tenho dúvidas que os asiáticos fariam uma cerimônia de abertura de forma magistral. Minhas férias, agendadas ainda no fim do ano passado, foram escolhidas para agosto, para pegar o finzinho das competições – já que julho foi escolhido, antes de mim, por outra colega de redação.

Mas no meio do caminho surgiu o coronavírus. E tudo mudou.

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Não trocarei o dia pela noite, como imaginava, para ver brasileiros e brasileiras em ação no Oriente. A torcida pelos representantes juiz-foranos, nascidos aqui ou radicados, como Bia Ferreira, do boxe, vai ter que esperar mais um pouco. A emoção que sinto ao ver uma medalha conquistada foi protelada para daqui a 365 dias. Algumas histórias espetaculares, de atletas que só se tornam conhecidos depois de fazerem um ciclo olímpico todinho no anonimato – muitas vezes sem estrutura adequada, sem patrocínios, sem o glamour que adquirem após a conquista de um pódio – idem.

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Neste novo mundo causado pela pandemia, até a realização do evento em 2021 é incerta. Há quem acredite que até lá as coisas estarão sob controle. Há quem creia na vacina e na rápida possibilidade de imunização. E há, até mesmo entre gestores do esporte, tal como em uma recente live – que contou com o ex-jogador Giba, atualmente presidente de Associação de Atletas da FIVB; Gilberto Ratto, diretor comercial e de marketing da CBF; Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil; e Rogério Sampaio, CEO do Comitê Olímpico Brasileiro -, um certo temor quanto à desafiadora missão de reunir delegações de mais de 200 países, com aproximadamente 12 mil atletas, além de jornalistas, voluntários, torcedores e toda uma legião envolvida em um evento dessa magnitude sem nenhum risco de contaminação a ninguém.

Nada é certo. Até então, os Jogos só foram parados em decorrência das duas guerras mundiais. Nunca adiados, como agora.

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A lamentar, pelo meu programa frustrado de férias; pelos atletas, principais estrelas do evento, que se preparam uma vida toda para chegar a uma Olimpíada e, agora, se veem também em uma inédita situação; e pelo nosso momento histórico, dominado por esse vírus que mudou a ordem das coisas.

A chama olímpica, por ora, seguirá em stand by.

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