O Campeonato Mineiro do Módulo II de 2023 inicia no próximo sábado (29), com 12 equipes mirando a promoção para a elite do futebol estadual. A competição mantém o mesmo formato da edição de 2022 e, como de costume, traz rostos conhecidos do futebol brasileiro. Pelas datas divulgadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF), o torneio vai até o dia 12 de agosto, quando as duas equipes promovidas para o Módulo I de 2024 serão conhecidas pelo torcedor mineiro.
Subidas e descidas
Em 2022, o Módulo II foi vencido pelo Democrata-SL. A equipe foi promovida juntamente com o Ipatinga e disputou a Primeira Divisão do estadual neste ano. Na edição de 2023 do Módulo I, o time de Sete Lagoas foi novamente rebaixado e vai voltar a descer para o segundo escalão do futebol mineiro no ano que vem. Já a equipe do Vale do Aço teve a nona melhor campanha e escapou do descenso.
Nesta temporada, chegam ao Módulo II o North e o Itabirito, promovidos da Segunda Divisão do Mineiro no ano passado. Além deles, Uberlândia e URT foram rebaixados do Módulo I em 2022 e agora buscam a retomada à elite do futebol estadual.
Formato mantido
Após sucessivas trocas de formato de disputa nos últimos anos, o Módulo II teve o regulamento mantido para este ano. Começam na competição 12 equipes, que se enfrentam na primeira fase em jogos só de ida e em turno único, completando 11 rodadas. As seis melhores equipes se classificam para um hexagonal final, enquanto os times donos das duas piores campanhas são rebaixados para a Segunda Divisão de 2024. A primeira fase vai até o dia 17 de junho, de acordo com a FMF.
Já o hexagonal final tem previsão de disputa entre os dias 24 de junho e 12 de agosto. Pelo regulamento, são jogos de ida e volta, totalizando dez rodadas. Ao final dela, os dois clubes com mais pontos serão promovidos ao Módulo I.
Em caso de empate em pontos, são critérios de desempate, na ordem: número de vitórias, saldo de gols, gols pró, confronto direto, menor número de cartões vermelhos, menor número de cartões amarelos e, em último caso, sorteio.
Velhos conhecidos
Como de costume, os elencos de parte das equipes do Módulo II trazem jogadores experientes com passagens em grandes equipes do Brasil e diversos com história nas equipes do interior de Minas Gerais. Nesse quesito, quem sai na frente é o Betim, que traz como nome mais chamativo o atacante Luan, campeão brasileiro com o Cruzeiro e com o Palmeiras, que também tem passagens por Athletico-PR, América-MG e Sport.
O clube da região metropolitana de Belo Horizonte também tem no elenco o meia Pablo, que também jogou no Cruzeiro entre 2010 e 2011, além de ter passado pelo Vasco e por equipes como Bahia, América-MG, Avaí e Fortaleza. Já o meia Daniel Costa chegou ao Betim após jogar o Campeonato Paulista pela tradicional Portuguesa.
No Nacional de Muriaé, destaca-se o meia Paulo Roberto, campeão brasileiro e estadual pelo Corinthians entre 2017 e 2018. O jogador de 35 anos também jogou por Athletico-PR, Fortaleza, Bahia e Guarani, entre outras equipes. O NAC também contratou o goleiro Igor Rayan, eleito o melhor jogador da posição no Campeonato Paraibano, no qual foi campeão defendendo o Treze-PB.
O Aymorés, de Ubá, também tem outro atleta ex-Corinthians no elenco: trata-se do meia Alan Mineiro, que teve rápida passagem pela equipe paulista em 2016. Alan também jogou por América-MG, Bragantino e Fortaleza antes de se tornar ícone no Vila Nova-GO, onde atuou por cinco anos. Outro nome conhecido do futebol mineiro que vai atuar em território ubaense é o goleiro Ricardo Vilar, que foi revelado pelo Coritiba e chegou a jogar pelo Tupi na Série C, além de rodar por equipes do interior de Minas como Democrata-GV, Uberlândia, América-TO, Ipatinga e Villa Nova-MG.
A dupla juiz-forana Tupi e Tupynambás tem dois jogadores com passagens pelo Cruzeiro. O meia Jones Carioca integra o elenco do Galo Carijó e teve estadia curta em Belo Horizonte em 2010, quando realizou apenas um jogo pela Raposa. Nos anos seguintes, ele atuou por equipes tradicionais como Bahia, Goiás, Náutico, ABC e Avaí, inclusive jogando a Série A do Campeonato Brasileiro.
Já o Baeta novamente vai contar com o atacante Reis como esperança de gols para a temporada. Após se destacar pela Ponte Preta em 2010, ele foi contratado pelo Cruzeiro no ano seguinte, mas não vingou. Em seguida, rodou por Bahia, Goiás, Náutico e Avaí, antes de ter passagens no exterior em equipes da China e da Tailândia. Ele esteve em Juiz de Fora pela primeira vez em 2020, já pelo Tupynambás, onde jogou também em 2022.
Comando técnico
Para treinador, as apostas variam entre nomes já conhecidos dos clubes e jovens ainda em início de carreira. A começar pelo Betim, na área de comando estará o mais conhecido de todos os 12 treinadores do Módulo II: Ricardo Drubscky. Ex-técnico de Fluminense, Athletico-PR, América-MG, Tupi e diversas outras equipes, ele também teve cargos de gestão no próprio Coelho e também no Cruzeiro. Em 2021, Drubscky esteve no Boston City e foi a última experiência dele no futebol mineiro, disputando a Segunda Divisão do estadual.
O Boa Esporte apostou no experiente Nedo Xavier, de 70 anos, que vai para a nona temporada dele pela equipe de Varginha, onde alternou entre o cargo de técnico e o de coordenador técnico. A última passagem de Nedo pelo Boa aconteceu em 2020, mas o profissional traz ao torcedor lembranças do período mais vitorioso do clube, quando alcançou e permaneceu na Série B do Campeonato Brasileiro por cinco temporadas e, em 2011, chegou à última rodada do nacional com chances de conquistar o acesso para o Brasileirão.
Outro nome que chama a atenção é o do jovem Igor Guerra, de 35 anos, que vai iniciar o campeonato no comando da URT. O técnico chega à Veterana após passar pelas categorias de base do Vasco. No cruz-maltino, Igor treinou e viu explodir os meias Andrey, contratado recentemente pelo Chelsea, e Marlon Gomes, além do atacante Eguinaldo. O trio atualmente compõe a equipe principal do Vasco que disputa o Brasileirão.