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Tupynambás vence Tupi por 1 a 0 na volta do Tu-Tu à elite estadual

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Foto: Fernando Priamo

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Foto: Fernando Priamo
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O Leão rugiu alto na volta do clássico Tu-Tu à primeira divisão do Campeonato Mineiro após 48 anos. Com gol em cobrança de falta cobrada com perfeição por Geovani, o Tupynambás venceu o Tupi por 1 a 0 na noite desta quarta-feira (23), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em duelo da segunda rodada do Estadual, em partida com casa cheia, filas de torcedores para entrar no estádio e falta de ingressos (ver matéria na página 15). O Baeta ainda perdeu o lateral-esquerdo Lucas Hipólito, expulso aos 13 minutos, e o Tupi ficou com dez jogadores aos 44, quando Marcus Vinícius recebeu o cartão vermelho. Com o triunfo, o Baeta mantém 100% de aproveitamento no Estadual, líder com 6 pontos ganhos, enquanto o Tupi é o 10º, com apenas 1 ponto somado.

Geovani foi eleito o craque da partida pela imprensa especializada e recebeu o troféu Augusto Vale, de craque do duelo, com o Baeta recebendo o Troféu Mário Helênio, como o vencedor do embate. Na próxima rodada, o Tupynambás recebe o Boa Esporte, sábado (26), às 17h, enquanto o Galo tem compromisso domingo, às 18h, contra o América em Belo Horizonte.

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O duelo foi prestigiado pelo prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas, e pelo presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro. Foram 5.970 presentes e renda de R$ 76 mil.

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Escalações

O Tupynambás foi escalado sem mudanças em relação à estreia no Campeonato Mineiro. Com Ademilson inicialmente entre os suplentes, o técnico Felipe Surian definiu o Leão do Poço Rico com Renan Rinaldi; Paulinho, Adriano, Halisson e Lucas Hipólito; Léo Salino e Leandro Salino; Geovani, Vanger e Matheus Pimenta; Eraldo. O mesmo não pode ser dito do Tupi.

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Aílton Ferraz promoveu duas trocas na equipe que empatou com o Tombense no primeiro jogo da temporada, com as estreias do volante Diego Gomes e do atacante Saulo nas vagas de Vitinho, por opção técnica, e Chub, fora do confronto por questões pessoais, segundo a diretoria alvinegra. O Galo foi escalado com Vilar; Afonso, Sanches, Aislan e Emerson; Diego Gomes, Fábio Henrique e Eduardo Nardini; Saulo, Gabriel Costa e Marcus Vinícius.

O jogo

Em campo, o clima era, de fato, diferente. Reflexo também da animação das arquibancadas, os atletas iniciaram duelo físico e de contato desde os primeiros minutos. Em campo, tanto o Leão quanto o Galo apostavam em jogadas pelos lados do campo, com três atacantes cada, sendo dois abertos pelos lados. O Tupi concentrou os primeiros ataques pelo lado esquerdo, com as subidas de Emerson e as parcerias com Gabriel e Fábio Henrique. O Baeta, por sua vez, mais acanhado, era parado por faltas na intermediária de ataque e buscava o pivô de Eraldo, centroavante referência na frente.

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O primeiro lance de perigo no duelo veio aos 18 minutos, no ataque do Baeta. Vanger recebeu lançamento de Geovani dentro da área, dominou a bola e chutou em diagonal no canto direito de Vilar. A bola entrou na meta carijó, mas o árbitro auxiliar assinalou posição irregular do atacante, e o gol foi anulado em lance que despertou a reclamação dos atletas do Tupynambás.

Na bola parada

O Tupi parava as investidas do Tupynambás com faltas da intermediária ou com a zaga afastando bolas alçadas na área. Aos 33 minutos, contudo, Nardini cometeu falta boba em Matheus Pimenta da meia-lua da grande área. Geovani, de esquerda, cobrou com perfeição no canto direito de Vilar, que viu a bola morrer no fundo das redes: Baeta 1 a 0.

Geovani, de falta, fez o único gol da partida, a segunda do Baeta no Mineiro (Foto: Fernando Priamo)

A resposta carijó veio aos 39, também em bola parada. Afonso cobrou falta da esquerda na área, Saulo antecipou a zaga adversária e cabeceou para Renan Rinaldi fazer a defesa. O Baeta, contudo, não parou. No lance seguinte, Lucas Hipólito fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Eraldo, que cabeceou com perigo à esquerda do gol carijó na última chance de gol da etapa.

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Expulsão

O Tupynambás voltou para o segundo tempo com o meia-atacante Igor Soares na vaga de Matheus Pimenta. O Galo, por sua vez, não registrou alterações. Logo aos 3 minutos, Renan Rinaldi saiu jogando errado, a bola parou nos pés de Saulo, que tentou finalização de fora da área, mas que saiu torta, para fora. O Baeta, sem recuar mesmo com a vantagem no placar, respondeu no momento seguinte. Igor Soares cruzou bola da esquerda, rasteiro, Eraldo e a defesa do Tupi bateram cabeça e Aislan afastou o perigo.

Aos 13 minutos, Lucas Hipólito protagonizou lance que mudaria o cenário da partida. O lateral-esquerdo do Baeta acertou Saulo, após dividida forte, e foi imediatamente expulso de campo. O cartão vermelho obrigou Surian a promover a entrada de Anderson, lateral, na vaga de Vanger. Com um jogador a mais, o Galo passou a ocupar o campo de ataque e rodar a bola em busca de espaços. O Baeta apostava em contra-ataques após, sem a bola, organizar duas linhas de quatro jogadores com apenas Eraldo na frente.

Adê em campo

O relógio apontou 24 minutos, e Ademilson foi chamado. O torcedor do Tupynambás, que comemorava a possibilidade de ver o veterano de 44 anos em campo, também aplaudiu o goleiro Renan Rinaldi, após grande defesa em chute do atacante carijó, Gabriel, de dentro da área. No Galo, Aílton levou o atacante Ragelli ao campo na vaga do lateral-direito Afonso. O volante Fábio Henrique foi deslocado para o lado. Aos 33 minutos, Adê levou o torcedor rubro à loucura, ao aplicar chapéu em Marcus Vinícius, do Galo. Aílton levou o atacante Yago a campo na vaga de Fábio Henrique, e o Tupi se jogou ao ataque.

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Sem finalizar

Mesmo com um jogador a mais, o Tupi não finalizava ao gol de Renan Rinaldi. O Baeta, por sua vez, buscava segurar a bola no campo de ataque. Aos 44, o atacante carijó Marcus Vinícius acertou adversário por trás e acabou expulso, deixando as duas equipes com dez em campo. Ainda houve tempo para Geovani quase marcar o segundo em bela jogada individual pela direita, mas o chute foi à direita de Vilar, para fora. Nada que tirasse a alegria dos torcedores do Leão do Poço Rico, que voltou a rugir com orgulho após décadas e a vitória sobre o rival juiz-forano.

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