As camisas especialmente confeccionas para uma campanha do Flamengo, estampadas a partir de desenhos produzidos por crianças e jovens de todo o Brasil, incluindo Juiz de Fora, serão entregues às instituições que participaram da ação. O projeto, feito em comemoração ao Dia das Crianças, proporcionou que cada participante pudesse desenhar o número e o nome de um dos jogadores do elenco rubro-negro, que usaram os uniformes em campo. De Juiz de Fora, receberam homenagens integrantes do Instituto Bruno, do Instituto Vitória Vida Nova e da Fundação Ricardo Moysés Jr.
O intuito do projeto, agora, é destinar as camisas às instituições participantes, para que elas possam leiloar ou rifar o uniforme e arrecadar fundos para o trabalho desenvolvido. Sélvia Maria Paz, cônsul oficial do Flamengo e organizadora do projeto na cidade, buscou as camisas no Rio de Janeiro e entregou, em mãos, aos representantes das associações.
“Todas as quatro camisas que vieram para Juiz de Fora foram autografadas por todos os jogadores do Flamengo”, conta. Segundo ela, foi a primeira vez que a campanha, que já acontece há quatro anos, ocorre na cidade. “Fiquei muito feliz em ser escolhida para organizar esse projeto aqui. E foi uma campanha muito bem aceita pelos jovens, eles se sentiram honrados em participar”, afirma Sélvia, que faz trabalhos sociais para o clube há cinco anos.
Em prol dos atendidos
Os recursos arrecadados com a venda ou rifa das camisas serão revertidos para as instituições, em prol dos atendidos. No caso do Instituto Bruno, a ideia é usar a verba para ampliar a sala de fisioterapia. “Hoje temos uma sala modesta. Conseguimos ajudar as pessoas que precisam, mas a ideia é ampliar o serviço de fisioterapia, ampliar o número de atendidos, e, também, construir uma sala de integração sensorial para dar suporte às pessoas com deficiência”, afirma a presidente da entidade, Carla Dias. De acordo com ela, atualmente, o Instituto Bruno atende diretamente 85 pessoas com deficiência, além de dar suporte às famílias, por meio da doação de cestas básicas e roupas.
A presidente explica que a associação ainda analisa a melhor forma de colocar a camisa “à venda”, e definirá entre leilão ou rifa. Até lá, as camisas destinadas às instituições participantes ficarão expostas no Shopping Jardim Norte, para que seja vista por torcedores, que poderão fazer fotos e saber mais sobre a campanha. “Adoramos participar dessa campanha, assim como as famílias, principalmente aquelas que são ligadas ao Flamengo. E no caso do Victor Hugo, que foi o jovem que desenhou uma das camisas, ele é um paciente com deficiência, mas que consegue ter a dimensão do que é um time de futebol”, conta.
Victor Hugo, 20 anos, é um rubro-negro apaixonado. Portador da síndrome de Warkany _ que é a trissomia do cromossomo 8 e provoca múltiplas deficiências -, o flamenguista atendido pelo Instituto Bruno viu o goleiro Diego Alves e o atacante Pedro entrarem em campo usando as camisa com números e nomes desenhados por ele.
Para o Instituto Vitória Vida Nova foi entregue a camisa 11, usada pelo ponta Vitinho, e, para a Fundação Ricardo Moysés Jr, a camisa 35, do volante João Gomes.