Aos 43 anos, a ex-central Walewska, medalha de ouro na Olimpíada de Pequim, em 2008, pela Seleção Brasileira, morreu na noite desta quinta-feira (21), em São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada. A ex-atleta estava aposentada desde o fim da temporada de 2021/2022, quando defendeu o Praia Clube, de Uberlândia.
Campeã durante toda a carreira, Walewska nasceu em Belo Horizonte e começou sua caminhada no esporte aos 12 anos quando passou em um teste do Minas Tênis Clube, tradicional clube da capital mineira. No vôlei, a atleta passou por Minas, Rio de Janeiro, São Caetano, Perugia, Murcia, Odintsovo, Vôlei Futuro, Campinas, Praia Clube e Osasco.
Pela Seleção Brasileira, Walewska foi campeã de quase tudo. Campeã olímpica em 2008 e bronze em 2000, a jogadora também foi prata no Mundial de 2006 e conquistou o tricampeonato do Grand Prix, atual Liga das Nações.
Walewska lançou este ano “Outras Redes”, sua biografia, obra na qual contou detalhes de sua carreira. Nesta semana, em São Paulo, participou de vários eventos e esteve na Academia de Futebol do Palmeiras, onde se encontrou com o técnico Abel Ferreira.
“Perdi uma filha”
Técnico da Seleção Brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães acompanhou a trajetória de Walewska e lamentou a perda em entrevista ao Sportv, exaltando a atleta e pessoa com quem conviveu por anos. “Ela era excepcional. Todo técnico, toda comissão gostaria de ter uma atleta como ela. Madura, tranquila, mas com uma vontade de fazer e realizar as coisas incrível. A gente fica sem chão. A gente perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha. Eu perdi uma filha. É muito duro. É um momento para nós muito difícil.”
A Confederação Brasileira de Voleibol também manifestou seu pesar com a morte de Walewska, por meio das redes sociais.