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Analista técnico formado na UFJF vive nova experiência na Indonésia

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Sair da zona de conforto. Essa foi a opção escolhida por Vinicius Xavier, o “Argirita”, formado na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que aceitou o convite para ser analista técnico do Persita Tangerang, da Indonésia. À Tribuna, Argirita, apelidado em homenagem à sua cidade natal, falou sobre como surgiu a oportunidade, os desafios de estar em uma nova cultura e a adaptação ao país do Sudeste Asiático.

Argirita está em sua primeira experiência internacional (Foto: Reprodução/Instagram)

Com passagens por Portuguesa-RJ, Botafogo-PB e Floresta-CE, todas como auxiliar técnico, Vinicius explica que, em um primeiro momento, gostaria de seguir a sua carreira no Brasil. “Gosto muito das torcidas do Brasil, do povo brasileiro, gosto do Brasil no geral, então não pensava muito em fazer essa carreira fora”, revela Argirita.

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Apesar de seu desejo inicial, Vinicius aceitou o convite para compor a comissão técnica de Fábio Lefundes, após indicação de Ítalo Resende, amigo de Argirita. Anunciado há cerca de 45 dias no Persita, o analista técnico avalia esse período na Indonésia de maneira positiva. “Tenho a sensação de que eu tenho que eu tenho evoluído muito pessoalmente e profissionalmente”, afirma.

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A adaptação

Vinicius também considera que vem se adaptando cada vez melhor à cultura e hábitos indonésios. “Tive a sorte de vir acompanhado de pessoas que já trabalharam aqui na Indonésia, então muitas das coisas que eu estou vivendo pela primeira vez, eles já viveram e puderam já me me dar dicas de coisas que eu poderia fazer, onde eu poderia comprar algumas coisas, onde eu poderia comer, então foi bem tranquilo”, analisa Argirita.

“Em relação à língua também tem sido uma adaptação tranquila, tem apenas algumas dificuldades em alguns momentos por conta de algumas pessoas que não falam inglês, mas a sensação que eu tenho é que aqui a população no geral fala inglês, então isso facilita muito na comunicação. A gente também usa o tradutor para falar”, complementa Vinicius, afirmando não encontrar dificuldades com relação à comunicação.

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O trabalho na Indonésia

Dentro da função de analista técnico, Vinicius acumula uma dupla função. A primeira é de avaliar, de forma analítica, tanto sua própria equipe, o Persita, quanto os adversários. “Nossa função é fornecer dados e informações ao treinador para ajudar no planejamento das pessoas e na estratégia do jogo para próximo adversário. Nós analisamos os pontos positivos e os frágeis do adversário e como que a gente pode explorar isso através de estratégia para nos prepararmos ao longo da semana. Também analisamos como foi a nossa performance no último jogo e como podemos performar nos próximos”, detalha.

A sua segunda função é como auxiliar técnico de Lefundes. “Também sou responsável por comandar alguns treinamentos. Em vários momentos a gente faz mais de uma atividade simultânea no campo, e eu sou responsável por comandar algumas atividades, trabalhar também o nosso sistema defensivo”, explica Argirita.

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Persita, onde o analista técnico está atuando, é o quinto colocado do campeonato indonésio atualmente (Foto: Reprodução/Instagram)

Focado no trabalho defensivo do Persita, Vinicius entende que essa é a principal diferença entre o futebol indonésio e o brasileiro. “Quando eu cheguei, estudei bastante o futebol aqui, e percebi que havia algumas diferenças em relação à organização defensiva e à forma de marcar, mas isso tem mudado também”, afirma.

Para Vinicius, o jeito de se jogar futebol na Indonésia vem evoluindo graças ao intercâmbio de profissionais. “Eles têm investido mais no futebol, têm tido uma preocupação maior em relação à organização, em relação a ferramentas para disponibilizar para as equipes, e tem tido um aumento também no número de treinadores estrangeiros aqui”, diz Argirita.

Inspiração no futebol brasileiro

Pentacampeão mundial, o futebol brasileiro é referência no mundo todo, e na Indonésia não é diferente, conforme explica Vinicius. “Eles veem na gente uma oportunidade de evolução. Sinto que eles acreditam que a gente pode ajudá-los a evoluir como atleta e equipe. Há um interesse muito grande durante os treinamentos, sempre trocando, perguntando sobre o que podem fazer para melhorar”, afirma.

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Além do jeito de jogar, a forma de torcer também é semelhante. “É um povo que tem uma cultura do futebol muito forte, uma torcida que geralmente é apaixonada, gosta de cantar e tem uma presença muito forte nos estádios”, relata Vinicius.

Prosseguimento da carreira

Antes contrário à ideia de trabalhar fora do Brasil, Vinicius passou a considerar seguir carreira em outros países futuramente. “Não só na Indonésia, mas também penso agora em outros países, caso haja a oportunidade de permanecer na Indonésia ou ir para outro país. A gente nunca sabe de onde vai vir cada oportunidade, onde pode surgir uma alguma chance, mas hoje eu já vejo com bons olhos essa experiência fora do Brasil”, revela Argirita.

*Estagiário sob supervisão da editora Rafaela Carvalho

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