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Novo ginásio da UFJF ainda não funciona plenamente

ginasio novo by couri
Novo equipamento esportivo recebe algumas atividades, mas carece de regularização junto aos bombeiros (Foto: Felipe Couri)
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Em construção desde 2014, o Complexo Esportivo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que envolve um ginásio e um prédio anexo, segue sem ser inaugurado e funciona apenas parcialmente, enquanto ainda não está plenamente regularizado. Nos últimos dias, a Tribuna recebeu reclamações de alunos da UFJF pela falta de espaços para treinamento das atléticas da Universidade, bem como a respeito das condições precárias de manutenção do ginásio antigo, que poderia ser uma alternativa.

Questionada pela Tribuna, a UFJF, via assessoria, confirmou que o novo ginásio está, neste momento, “sendo utilizado para a oferta eventual de atividades ligadas às disciplinas do curso de Educação Física, sua função principal e que motivou sua construção. A UFJF está executando o projeto de incêndio e pânico para que, após sua finalização, possa liberar o ginásio em sua plena função”. No momento, não há previsão de inauguração do complexo.

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O diretor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Jefferson Viana, por sua vez, afirmou à Tribuna que faltam “detalhes solicitados pelo Corpo de Bombeiros para a obtenção do laudo AVCB. A Universidade está providenciando dentro das condições orçamentárias”, assegura.

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A Tribuna questionou a Universidade se o atraso para a conclusão do Complexo Esportivo causa prejuízos às atividades acadêmicas. A resposta dada foi que “durante a pandemia, assim como todas as unidades administrativas e acadêmicas, o ginásio permaneceu sem utilização, posto que todo o ensino da Universidade foi ofertado em formato remoto; e posteriormente em formato híbrido. Apenas em 2022, retornamos plenamente ao presencial. Esta não utilização não causou qualquer prejuízo ao curso de Educação Física, à UFJF ou às instalações”.

Atrasos recorrentes

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Ao longo dos últimos nove anos, diversos contratempos resultaram em seguidas alterações na previsão de conclusão do Complexo Esportivo. Quando do início da construção, a expectativa era que as obras fossem finalizadas ainda em 2016, motivada pela realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro, naquele mesmo ano. Problemas nos repasses de verbas pelo Governo Federal chegaram a deixar a construção parada por seis meses e atrasaram todo o processo, que passou a ter previsão de término em janeiro de 2018.

Após outros problemas que afetaram na previsão de entrega, a UFJF passou a prever a conclusão do equipamento esportivo para novembro de 2019, ainda antes da pandemia. A construção de todo o Complexo tem investimento total estimado em R$ 40 milhões.

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Imagens recebidas pela reportagem mostram problemas no piso do ginásio (Foto: Contribuição da leitora)

Ginásio antigo com problemas

O ginásio antigo da UFJF, o qual conta com uma quadra amplamente utilizada pelo JF Vôlei até 2020, também está parcialmente interditado. De acordo com uma pessoa ligada ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), a qual prefere não ser identificada, a quadra “está insalubre e os tacos estão soltando. Entrou água por baixo deles, estão podres. Precisa de uma obra geral, ele não está em uso”.

Sobre isso, Jeferson Viana diz que houve “uma reforma parcial no piso, e algumas atividades esportivas já são possíveis de fazer, mas com limitações”.

Pelas pendências nos ginásios, as atléticas dos cursos da UFJF estão sem espaços para treinar. Nas palavras da estudante ouvida pela reportagem, “a Universidade não dá apoio para a Faefid, joga tudo para o diretor. Alguns jogam basquete no ginásio novo, mas lá não foi inaugurado porque não tem verba para fazer reformas básicas de segurança. Então, há somente uma quadra multiuso para todos os projetos (a de cima, próxima ao campo). Fica insustentável, prejudica as atividades dos alunos”.

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Por conta do problema, os diretores de todas as atléticas da UFJF se reuniram na última segunda-feira (19) para entender as demandas e discutir sobre as dificuldades de horários de treinos na Faefid. “Voltamos (ao ensino) presencial há um ano e meio, e, até hoje, não houve nenhuma manutenção. Ainda tem a piscina, que está se sustentando por doação, além de a Faefid estar com falta de funcionários. O esporte é muito importante, ajuda os universitários na saúde mental, mas a UFJF não dá apoio”, lamenta a estudante.

Perguntado se há uma preocupação da Faefid com os treinos das atléticas, Jeferson Viana garante que sim, mas alegou incapacidade para atender a todas as solicitações. “Não temos estrutura física em quantidade para atender às demandas das atléticas. Temos limitações de espaços, manutenção e pessoas. Temos que privilegiar as aulas e projetos de extensão da Faefid, as quadras, o campo e a piscina. São nossas salas de aula”, analisa Viana.

Já a diretoria de imagem da Universidade considera que “a organização e normatização para uso dos espaços das unidades acadêmicas é prerrogativa das direções de unidades e as questões acerca de como as atléticas podem solicitar o uso das instalações da Faefid podem ser verificadas junto àquela direção de unidade”. Questionada especificamente sobre as condições do ginásio antigo, a assessoria da UFJF não respondeu.

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