O elenco do Tupi Futsal estreou na Copa do Brasil da modalidade com derrota por 6 a 3 para o Álvares Cabral, de Vitória (ES), neste domingo (21). Apesar do resultado, foi a receptividade capixaba que gerou críticas do Alvinegro no encontro de ida do mata-mata da competição. O ginásio do clube não suportou a forte chuva, com quadra molhada e sem iluminação adequada. A partida marcada para as 11h foi começar apenas depois das 12h, mesmo com o risco aos atletas, como conta o presidente do Galo das quadras, Rafael Ramos. “Foi um jogo bem atípico, porque desde o início foi colocado um clima de hostilidade muito grande, algo que a gente não estava preparado porque não fazemos isso com ninguém. Chegamos 9h50 para o jogo, chovia muito, e a quadra estava muito molhada. Não era só poça. Às 11h, o juiz e um representante da Confederação (Brasileira de Futsal) disseram que não havia condição de jogo, esperando até 30 minutos, com possibilidade de adiar para a parte da tarde. Aguardamos ainda mais, e 12h o Secretário de Esportes de Vitória chega, conversando sobre alternativas de atuar até em um ginásio ao lado. Antes de ir para lá, o juiz disse que, se não houvesse condições, teria que ser às 16h. Fomos ao ginásio e dissemos que dava para fazer o jogo tranquilamente. Mas, para a nossa surpresa, cinco minutos depois o árbitro disse teriam condições de jogo no ginásio do clube”, contextualiza Rafael.
O duelo então foi realizado mesmo sem a autorização da diretoria carijó. Nada que diminuísse as polêmicas do confronto. “Dois gols que sofremos foram por escorregões de nossos atletas. A iluminação também foi ruim, tiveram que abrir portão do ginásio para a entrada de mais luz. Houve gandulas que colocavam bolas para eles, o que não pode, e ainda sumiram no fim. Eram seis bolas em quadra, sendo que o certo são duas. Quando conseguiram a virada no placar, os limpadores de quadra sumiram, e nossos atletas tiveram que secar o local. Foi algo bem absurdo, como Libertadores, nunca tinha visto no futsal na vida. Um árbitro machucou, foi substituído pelo anotador, conforme a regra, mas o segundo tempo demorou cerca de 40 minutos para começar e apareceu outro árbitro que nem na súmula está”, lamentou o presidente.
O Tupi já finaliza todas as reivindicações em relatório com fotos – algumas acessadas pela Tribuna – que será encaminhado à Federação Mineira de Futsal, e posteriormente repassado à Confederação Brasileira da modalidade. No duelo em quadra, as equipes voltam a se encontrar pelo jogo de volta do confronto no próximo domingo (28), às 10h, no Ginásio da UFJF. O Tupi precisa vencer no tempo normal, independente da diferença de gols, para levar o confronto à prorrogação.