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Gabriel Giovannini é campeão da Copa América de Downhill

Gabriel Leo
Foto Gabriel Alexandre Costa
Há quatro anos, atleta tentava vencer a prova, que conta com atletas nacionais e internacionais (Foto: Alexandre Costa)
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Sessenta e oito centésimos de segundo e a realização de um sonho. Esta foi a distância que separou o atleta juiz-forano Gabriel Giovannini do tcheco Tomas Slavik, na 4ª Copa América de Downhill, disputada neste domingo (21), na cidade de São Roque (SP). Após boa largada, o brasileiro soube se defender e superou o rival tcheco, atravessando a linha de chegada em primeiro lugar e sagrando-se como o Rei da Montanha.

Há quatro anos, Giovannini, de 25 anos, tentava vencer a prova, que conta com atletas nacionais e internacionais de alto nível técnico, como o multicampeão Slavik, o atleta olímpico brasileiro Renato Rezende, e Kaique Milani, da BMX. A preparação contou com sucessivos treinos e uma bicicleta mais apropriada e melhor equipada, o que possibilitou o resultado obtido no interior de São Paulo.

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O circuito desse ano apresentou uma nova versão, mais veloz e mais técnica do que nos anos anteriores. Os treinos e baterias de sexta e sábado serviram para que o atleta traçasse a melhor estratégia para a disputa. “Eu treino bastante largada, mas, como tinham grandes atletas que são específicos na largada, eu optei por largar por fora, por saber do nível deles. Preferi largar por fora para ficar mais livre e deu certo”, afirma o atleta, que ousou a lógica no downhill para superar os rivais.

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Durante toda a disputa, Giovannini se manteve à frente dos seus adversários. Nos últimos trechos do traçado, o tcheco Tomas Slavik conseguiu a aproximação, encostando no brasileiro na última descida. Novamente a estratégia se fez presente. Enquanto Slavik optou por utilizar o vácuo do brasileiro para ganhar mais velocidade e ultrapassá-lo nos últimos metros, Giovannini optou por dar algumas pedaladas para ganhar distância do segundo colocado. “Quando eu vi a roda, eu ainda tive um tempo para pedalar e, quando ele abaixou para pegar o vácuo, não conseguiu pedalar mais”, avalia.

Na chegada, as lágrimas tomaram conta do juiz-forano, que recebeu o abraço de seu grande ídolo, o pai Miguel Giovannini, um dos grandes nomes do cenário nacional do mountain bike e do downhill. “Ele veio ver, apareceu no final para me abraçar. Foi muito gratificante, ele que me colocou no esporte, com dois anos eu já andava de bicicleta sem rodinhas. Estar com ele nesse momento é muito bom.”

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Esta foi a primeira grande competição do atleta em 2018. Em março, ele disputará a tradicional descida das Escadarias de Santos e, ainda no primeiro semestre, o Campeonato Brasileiro. Apesar dos compromissos marcados, ele almeja participar novamente de provas internacionais, como o Pan-Americano, competição em que foi quinto colocado em 2017, sendo o brasileiro melhor colocado. Para isso, ele aponta para necessidade de encontrar novos parceiros. “Hoje eu tenho alguns parceiros, mas não são parcerias tão grandes. Isso impossibilita de fazer um calendário interacional”, ressalta. 

“Coração não cabe no peito”

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O sucesso está no sangue. Multicampeão na bike, o pai de Gabriel, Miguel Giovannini, relatou à Tribuna que viveu experiência inesquecível ao acompanhar o filho cruzar a linha de chegada antes que todos os seus adversários. “Esse momento é aquele em que o coração não cabe no peito, uma alegria que se mistura com o choro. O resultado é muito satisfatório por nossa dedicação e história no esporte. Ele chegou mais preparado nesse ano, com mais experiência. E o irmão dele, Lucas, também estava presente, mas acabou furando um pneu. Só que está sempre na briga, então é uma emoção dobrada”, conta.

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