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Juiz-foranas disputam Campeonato Brasileiro de Menores de Taekwondo 2017

taekwondo marcelo
Desempenho já levou a dupla juiz-forana a títulos estaduais e até nacionais (Foto: Marcelo Ribeiro)
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Entre os quase 800 atletas esperados no Ginásio do Moringão, em Londrina (PR), entre os dias 23 e 25 de junho, na disputa do Campeonato Brasileiro de Menores de Taekwondo 2017, duas jovens juiz-foranas certamente irão atrair dezenas de olhares. Luiza Bicalho, 16 anos, e Danniely Vitória, 13, não apenas irão integrar a competição, como são duas das favoritas à vaga no pódio. O evento terá a participação de atletas nas competições infantil (10 a 12 anos), cadete (13 e 14 anos), juvenil (15 a 18 anos) e sub-21.

Enquanto Danniely irá defender título brasileiro cadete, Luiza, vice juvenil do ano passado e atual campeã do Grand Slam de Taekwondo, busca novo ouro. A dupla da MM Academia, do Bairro Benfica, Zona Norte de Juiz de Fora, também irá buscar pontuação no ranking nacional da modalidade, dado aos três primeiros de cada faixa etária. As quatro melhores de cada categoria nesta classificação vão à Seleção Brasileira. Luiza já integra o escrete canário, enquanto Danniely é primeira suplente da equipe amarelinha.

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As atletas iniciaram viagem já na madrugada desta quarta-feira (21), de carro, acompanhadas da professora de taekwondo Marcélia Bertolato e do Mestre Marcelo de Souza Bicalho, que mostrou otimismo na performance. “Nossos resultados têm sido bons neste ano, principalmente pelo foco das meninas, e, por isso, vamos buscar o primeiro lugar em tudo”, afirma, com menção à disputa do Mineiro em maio, quando a dupla se sagrou campeã estadual.

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Do balé à luta

Não é exagero afirmar que Danniely nasceu com o dom e o interesse pelo taekwondo. “Faço desde os 4 anos e comecei a competir aos 8. É uma relação que eu não sei nem explicar. E hoje faço competições, sou campeã nacional e quero um dia ser internacional também”, conta a jovem de apenas 13 anos.

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E acredite: o interesse começou nas aulas de balé. “Eu fazia balé na escola e na sala ao lado tinha taekwondo. Ficava encantada! Até que a minha professora foi reclamar com minha mãe, e ela veio falar comigo.” A menina confirmou para

a mãe seu interesse na luta e mudou da dança para o taekwondo. “Fui apaixonando cada vez mais, até sair do balé e ficar só com a luta. Vim para a academia, e meu mestre viu que eu me destacava. Aí fez uma experiência comigo em um campeonato, dei resultado e cada vez fui me desenvolvendo mais”, relembra Danniely.

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Atual campeã brasileira e reserva da Seleção, a adolescente esbanja personalidade e sonha com a participação em uma Olimpíada. Para isso, ela segue os passos de um atleta jamaicano pra lá de popular. “Tenho um ídolo, mas fora do taekwondo. É o (Usain) Bolt. Disseram que ele não conseguiria ter sucesso por ser muito alto, que não conseguiria ter uma velocidade para ser campeão na corrida. E hoje ele é o melhor do mundo. Essa é minha inspiração. Quando alguém me falar que não vou conseguir, vou seguir em frente e mostrar que tenho condições, sim.”

 

Família taekwondo

Luiza tem dezenas de motivos para praticar a luta. “Meu pai é mestre, minha mãe é professora e meu irmão já treinava taekwondo. Decidi que ia começar com 7 anos. Praticamente nasci fazendo isso!”, introduz. Com experiência até em disputa de Campeonato Mundial, a atleta de 16 anos, inspirada na família, também coleciona conquistas como o Mineiro – 12 vezes, segundo a jovem – e o Brasileiro.

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A menina cita os ensinamentos da luta como forma de combustível para seguir em crescimento. “O taekwondo nos ensina a disciplina, o respeito com meus adversários e com todo mundo. Ele nos faz ser diferente das outras pessoas por causa dessa disciplina, que é a base dele”, opina.

Apesar da performance em alto nível, a juiz-forana tem sonho curioso, paralelo ao de chegar a uma Olimpíada como atleta. A meta, aliás, também tem influência de casa, como não poderia ser diferente. “Pretendo continuar lutando até, quem sabe, chegar em uma Olimpíada, mas quero muito ser técnica da Seleção Brasileira de Taekwondo. Não sei ao certo o motivo, mas me identifico com isso. Gosto de ensinar, poder ajudar as outras pessoas. Só sou um pouco mais brava que meu pai!”

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