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Uso da camisa da Seleção na Copa é o tema do 4º episódio do Podcast Corpo a Corpo

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Reunião de povos e sorrisos, auge de qualquer jogador de futebol profissional e, acima de tudo, um momento de distração e empolgação em meio às dificuldades do dia a dia corrido do mundo hodierno. A Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar a partir deste domingo (20), carrega consigo um momento de interação entre todos os países, alguns divididos, como o Brasil.

Percebendo as mudanças no uso da camisa da Seleção Brasileira, principalmente durante o período eleitoral, a Tribuna tem como tema, no quarto episódio de seu podcast original, o “Corpo a Corpo”, analisar as transformações no uso da camisa durante os últimos anos. Será que o manto verde e amarelo continua como universal para todos do país? Os brasileiros estão empolgados e se reunirão para assistir à Copa como em 2002? Conversamos com torcedores e especialistas sobre esses assuntos. Confira no episódio já disponível no Spotify da Tribuna de Minas.

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Episódio é o quarto do Podcast Corpo a Corpo e ouviu juiz-foranos e especialistas sobre a Copa e o uso da camisa canarinho

Além de diversos juiz-foranos que estavam no Parque Halfeld no último dia 11, a reportagem entrevistou o ex-jogador Alemão, que disputou as Copas de 1986 e 1990. Ele relembrou suas participações no maior campeonato de futebol de seleções e analisou as transformações da visão dos torcedores acerca da seleção nacional. “Quando você está posicionado no campo para cantar o hino nacional brasileiro é de chorar, sabe? Não tem nada que pague esse momento. (…) Eu acho que o que tem na Seleção é um reflexo daquilo que está acontecendo no país.”

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Ouvimos também o cientista político Paulo Roberto Figueira Leal. Ele detalhou a mudança do uso da camisa do Brasil em meio ao campo político, alavancado pelas últimas eleições, e garantiu que a bandeira nacional é de todos. “As muitas experiências vitoriosas da Seleção Brasileira em Copas do Mundo criaram uma identificação quase emblemática da camisa da Seleção com a significação do país. Isso começou a se alterar há alguns anos, internamente, ou seja, para o público brasileiro, por conta da apropriação da camisa da Seleção como marca visual de um campo político da extrema direita brasileira”, avalia o cientista.

Outro entrevistado é o jornalista esportivo Dudu Monsanto, que irá cobrir sua sétima Copa do Mundo. O narrador contou um pouco de suas experiências e como enxerga a mudança do torcedor com a equipe de futebol. “A gente pensa em Copa normalmente em campo e bola. Mas o que está no entorno, você entender o Apartheid (na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul), você passar por onde Nelson Mandela teve preso… é entender a maneira como a sociedade se organiza”, entende Dudu.

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“Tem muita coisa que contribui para essa mudança da relação com o torcedor brasileiro com a Seleção. Eu posso citar, por exemplo, o fato de a gente não ter mais representação dos nossos clubes na Seleção. Então vai chegar uma Copa do Mundo, aparece a convocação e na rua vão perguntar: quem que é Martinelli? Por que o Gabigol não está e o Martinelli sim? Quem é Bremer? Esse contexto em que os jogadores atuam fora do país e são a ampla maioria dos convocados também colabora (para o afastamento)”, opina o jornalista.

A Tribuna também ouviu juiz-foranos que, na cidade ou no Catar, irão torcer fervorosamente para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Larissa Loures, integrante do Projeto Florescer, que cuida de mulheres vítimas de abuso, coordenou uma ação no último sábado (19), no Bairro de Loures. Lá, dezenas de pessoas pintaram as ruas de verde e amarelo, em busca de reacender o amor pela Seleção canarinho. Já o professor de Matemática Rômulo Garcia estará acompanhando Neymar, Casemiro, Thiago Silva e companhia de bem perto, nos estádios do Catar. Ele revelou bastidores de um país fechado e está convicto de que lá, a maioria dos brasileiros irá vestir a camisa da Seleção brasileira.

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