Esporte é educação. Um dos maiores exemplos empíricos dessa frase em Juiz de Fora e região é o professor e atleta de jiu-jítsu Linus Pauling. O juiz-forano, que dá aulas de história, geografia, educação física, judô e jiu-jítsu, foi convidado a ministrar aulas sobre a cultura maker, metodologias ativas e uso de tecnologia na educação nesta sexta-feira (21), em Vassouras (RJ), em evento organizado pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Já no sábado, como lutador, Linus irá disputar o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu No-Gi (sem quimono), no Rio de Janeiro, pela categoria pesado, até 91kg.
Para Linus, a oportunidade de oferecer conhecimentos aliados à tecnologia aos alunos é o primeiro passo para um modelo de educação que acredita. “Costumo dizer que a maioria dos professores aprendeu a dar aulas no século passado e para alunos de outro século. É preciso saber entender essas mudanças, estar sempre estudando e conhecendo novas metodologias e estratégias de ensino e, principalmente, saber colocar elas em prática”, vê o professor.
Sobre os benefícios desse tipo de ensinamento, Linus acredita que as metodologias ativas colocam o aluno no centro da aprendizagem, desenvolvendo a imaginação e a criação. “São várias habilidades e competências desenvolvidas. Aproxima o ensino da realidade e do momento histórico que a criança vive. Isso torna o ensino mais interessante e estimula a querer aprender mais, eliminando uma das maiores dificuldades que o professor encontra na educação, que é despertar a atenção e o interesse do aluno para o ensino”, entende o juiz-forano.
Ele, que ministra workshops sobre educação no século XXI em Juiz de Fora, busca agir de forma ativa no estímulo a um sistema educacional mais lúdico e digitalizado. “Para acontecer essas mudanças é preciso ter apoio das direções dos colégios, e estimular os professores acreditar nesse novo tipo de trabalho. Já lecionei para a Escola Municipal União da Betânia e Escola Cascatinha, também para a Escola Estadual Bezerra de Menezes, de Paraíba do Sul “, conta. “Busco fazer a diferença na vida dos meus alunos e quero ser uma peça fundamental de multiplicação”, pretende Linus.
Professor e atleta: disputa do Brasileiro de Jiu-Jítsu No-Gi
Após lecionar a cultura maker na sexta, Linus disputa o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu No-Gi (sem quimono), no sábado (22), na Arena Juventude, no Rio de Janeiro.
“É a vida de um atleta amador, tem que fazer mais de uma coisa pra sobreviver. O bacana é que venho me destacando tanto no ensino quanto no esporte. Treinei bastante com os alunos e estou indo muito confiante para trazer o ouro”, busca Linus.
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Geralmente, o juiz-forano luta na categoria meio-pesado, mas dessa vez optou pela pesado, até 93kg. “Subi de categoria porque antes estava tendo que fazer uma dieta muito rigorosa, alimentando pouco. Agora, vou enfrentar atletas mais fortes. Terei que fazer mais força, e fiz uma preparação física para isso”, conta.
“Será uma luta mais lenta, um jogo de xadrez, muita estratégia. No primeiro erro, terá a explosão de força, e esse detalhe irá decidir”, prevê Linus.