Poderia ter sido uma reapresentação com um clima pesado após uma derrota e até mesmo preocupação por conta da vantagem que o adversário agora tem na busca do acesso. Mas o ambiente ontem em Santa Terezinha era de confiança no início dos trabalhos para o jogo de volta das quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro, no próximo sábado (25), às 16h, no Estádio Municipal, em Juiz de Fora, valendo uma vaga na Segundona de 2015.
Isso acontece por conta do gol conseguido no fim do jogo de ida, no último sábado (18), quando o Carijó conseguiu colocar o 2 a 1 no marcador do Mangueirão aos 40 minutos do segundo tempo. Segundo o zagueiro e capitão da equipe, Fabrício Soares, marcar na casa do oponente deu gás aos juiz-foranos. “Aquele gol no fim nos deu ânimo maior. Sabíamos que se saíssemos de lá com 2 a 0 para eles seria mais complicado o jogo de volta. Os jogadores estão bem animados aqui. Desde lá a gente já vem falando desse jogo, gostaríamos até que fosse antes. Claro que respeitamos a equipe do Paysandu, mas em casa vamos para cima deles”, garantiu o jogador.
O técnico do Tupi, Léo Condé, também destacou a importância do gol marcado pelo lateral-esquerdo Bruno Barros. “O gol foi muito importante pelo critério do gol fora de casa ter um peso maior. Faz com que a gente, com o placar mínimo, de 1 a 0, consiga o acesso. Uma coisa é você entrar para a partida de sábado sabendo que se vencer pelo marcador simples, alcança o objetivo maior. Outra é começar tendo que fazer dois gols para levar para os pênaltis”, analisou o treinador.
Vandalismo
Na saída do Mangueirão, no último sábado, a delegação to Tupi passou por um susto. Enquanto o ônibus que conduzia o Carijó de volta ao hotel estava preso em um engarrafamento nas imediações do estádio, alguns torcedores do Papão deram chutes, tapas, socos, arremessaram latas e até mesmo uma pedra, que acabou estourando um dos vidros do veículo ao lado do atacante Chico. Ainda em Belém, a diretoria do Carijó registrou boletim de ocorrência, fazendo perícia no ônibus e registrando a agressão sofrida pela delegação alvinegra.
O técnico Léo Condé não viu premeditação no acontecido e, embora lamente a situação, acha que seus comandados usarão o acontecimento como motivação no próximo sábado. “Acho que saímos com pouco policiamento e passamos por um número muito grande de torcedores. Fizeram aquela brincadeira, gozação normal de torcedor, mas sempre tem os mais exaltados, que arremessaram latas de cerveja, daí veio uma pedra que, ainda bem, não machucou ninguém mais gravemente. Mas nosso grupo tem jogadores experientes que, infelizmente, já viveram isso. Não gosto de usar esse tipo coisa para motivar o grupo, mas claro que eles não gostaram do que passaram naquele momento e isso vai servir de incentivo”, projeta.
Baixas
O zagueiro Wesley Ladeira deixou o Mangueirão sentindo dores na panturrilha esquerda e, segundo o médico do clube, José Roberto Maranhas, dificilmente joga sábado. Ausência certa é a de Bruno Barros, que recebeu o terceiro cartão amarelo.