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Barbarah Bella busca inspirar novas atletas em Juiz de Fora

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Jogadora disputa principais competições do handebol feminino brasileiro (Foto: Gabi Garbim)
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Com apenas 22 anos e já campeã do Sul-Centro Americano de handebol, campeonato equivalente à Libertadores da modalidade, conquistado em junho. Barbarah Bella, atual pivô e ponta esquerda do Pinheiros – uma das equipes mais tradicionais do esporte no Brasil – é leopoldinense e atuou por vários anos no Juiz de Fora Handebol, do treinador Fernando Maciel. A Tribuna entrevistou a jovem, que falou sobre sua história e momento da carreira. Ela também ressaltou o incentivo recebido por Thiagus Petrus, juiz-forano que faz parte da Seleção Brasileira da modalidade.

Assim como a maioria das crianças, Barbarah começou a jogar handebol na sua escola, o Colégio Imaculada Conceição (CIC), de Leopoldina, aos 11 anos, quando disputou os Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg). Com 14 anos, Fernando Maciel, treinador do Juiz de Fora Handebol, fez uma proposta para a garota atuar no seu time. Ela aceitou, e na equipe, pôde ser campeã do Jemg duas vezes e vice-campeã do Campeonato Mineiro adulto quando tinha 16 anos.

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Após o destaque em Minas, Barbarah foi convidada para jogar o Campeonato Brasileiro sub-16, pela Liga Hamburguense de Handebol (LHH), time do Rio Grande do Sul. A então adolescente não só conseguiu o vice-campeonato, como também foi convocada para a Seleção Brasileira da categoria. Ela foi a única mineira a estar na Seleção, que venceu o Campeonato Pan-Americano, realizado na Argentina.

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Mudanças e mais títulos

Por entender que deveria dar passos maiores, Barbarah decidiu ir para a Associação Atlética Universitária de Concórdia, no oeste catarinense. Lá, jogou por quatro anos, e venceu o Sul-Centro Americana pela primeira vez, além de participar do, até então, único mundial de clubes da história do handebol feminino, no qual seu clube ficou na terceira colocação. Além disso, foi eleita a melhor pivô do Campeonato Brasileiro Júnior em 2021.

Já no final do ano passado, a atleta recebeu e aceitou uma proposta para jogar no time profissional do Pinheiros. Após meses de treinamento no clube paulista, ela disputou a Sul-Centro Americano em junho e foi campeã. “Foi uma final eletrizante, com prorrogação, contra o River Plate, da Argentina”, relembra. O feito faz com que o time esteja classificado para a semifinal da Liga Nacional, prevista para outubro.

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Atleta e estudante

Conforme a jogadora, estar em um grande time de handebol como o Pinheiros é o que ela sempre almejou para a carreira. “Assim como em qualquer outro lugar, quando eu me proponho a vestir a camisa, eu procuro, dentro de todas as minhas características, deixar o meu melhor. Me sinto grata pela oportunidade e a cada dia desafiada por tudo que tenho e vou evoluir no âmbito profissional e pessoal”, declara.

Ao mesmo tempo em que brilha dentro das quadras, Barbarah tem uma meta traçada fora delas: se formar em Psicologia. “Estou na reta final (da faculdade) e pretendo, antes de mais nada, conseguir o meu diploma, enquanto espero as surpresas que o handebol guarda para mim”, diz. “Independente do lugar, busco representar minhas origens, Leopoldina, Juiz de Fora e também minha família. Busco ser uma ponte de visibilidade para o material humano e atlético em Minas Gerais”, afirma.

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Thiagus Petrus como inspiração

Nas suas férias, em julho, Barbarah encontrou com Thiagus Petrus, juiz-forano que joga no Barcelona e foi eleito o melhor defensor da Europa na última Liga dos Campeões. Ele acumula também diversas passagens pela Seleção Brasileira. “Thiagus sempre foi um exemplo de persistência e a prova vida do que o trabalho duro pode fazer. Sempre me incentivou a dar passos maiores”, elogia.

Nessa oportunidade, os dois jogadores assistiram aos treinamentos do Juiz de Fora Handebol na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). “Fiquei extremamente contente com o que vi. As meninas vêm conquistando títulos dentro de Minas Gerais, a comissão cresceu e está mais forte que nunca. O que falta é o mesmo para a modalidade em si dentro do nosso país, que é visibilidade e investimento”, enxerga Barbarah.

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