O Tupi iniciou o processo para se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em busca de conseguir novas receitas e revitalizar o futebol, o clube realizou, no dia 29 de junho, uma reunião do Conselho Deliberativo para iniciar as tratativas. Na assembleia, os conselheiros do Galo Carijó aprovaram a busca por investidores e o início do processo de mudança do estatuto, tarefas conduzidas por Flávio Tavares, advogado que explicou os detalhes sobre o processo à reportagem.
A informação da busca pelo Tupi de se tornar SAF foi divulgada inicialmente pelo Segunda De Visão e confirmada pela Tribuna. De acordo com Flávio, para a SAF ser oficialmente criada, é necessário apresentar ao conselho, por meio de uma assembleia, ainda sem data marcada, o estatuto do clube modificado, permitindo a instituição do novo modelo de clube, além de propostas de interessados em comandar a gestão do futebol do Tupi. Após a exposição de possíveis gestores, os conselheiros irão votar pela oficialização ou não da SAF.
A partir da aprovação, será iniciada a transferência da gestão do futebol para os novos investidores. Questões como a transferência de patrimônio, responsabilidade pelas dívidas e pelos processos que envolvem o Tupi não serão obrigatoriamente atreladas à SAF, já que isso será decidido nas negociações entre clube associativo e possíveis gestores, conforme explica o advogado.
Flávio se mostra favorável a criação da SAF dentro do Tupi. “Nós precisamos retirar a gestão da diretoria e passar para pessoas capacitadas financeira, esportiva e juridicamente”, avalia Tavares.
Velho conhecido
Flávio já possuiu uma relação com o Tupi. Em maio de 2021, o advogado firmou parceria com a diretoria do clube por indicação do então vice-presidente e atual mandatário, Eloísio Pereira de Siqueira, para atuar como investidor no Galo Carijó. Tavares trouxe o técnico Anderson Florentino e mais oito jogadores. Porém, 13 dias antes da estreia da equipe no Módulo II daquele ano, o acordo foi desfeito, por desentendimento envolvendo o repasse de possíveis venda de jogadores e nas cotas de premiação em caso de acesso, conforme dito por José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, à época presidente, à Tribuna.