Ícone do site Tribuna de Minas

Paraciclista de Santos Dumont busca ajuda para participar do Brasileiro

PUBLICIDADE

“Sou um milagre de Deus”. É assim que o paraciclista Eduardo Santana se denomina. Ex-usuário de álcool e drogas, o atleta chegou ao “fundo do poço”, como ele mesmo define. Mas há cinco anos, o esporte mudou sua vida. Apesar da deficiência física, um encurtamento no braço esquerdo, que é menor e possui menos força que o direito, devido a um erro médico na hora do parto, o novo homem, de 40 anos, vai disputar o Troféu Mário Caruso, competição que já acontece em Juiz de Fora, entre esta sexta-feira (20) e domingo (22). Por não ter a categoria de deficientes físicos nesse evento, Eduardo vai competir a disputa geral. “Com cara, coragem e atrevimento. É uma prova de 60 km. Se Deus quiser, e com meu esforço, vou subir no pódio”, acredita o paraciclista, que pretende participar também do Brasileiro.

Foto; Arquivo pessoal

O campeonato começou nesta sexta (21), em trajeto na Via São Pedro. No sábado, a corrida é do trevo da Mercedes Bens até Coronel Pacheco, em ida e volta. No último dia, mais 72 km de prova, com a largada no Graal, na BR 0-40. Por conta de seu trabalho, Eduardo só vai conseguir participar da etapa de sábado. “Tenho muito orgulho em representar Minas Gerais. Gosto de me esforçar em cima de uma bicicleta. Ganhei minha primeira competição, sem nenhuma experiência, e dessa vez quero mostrar meu talento aos juiz-foranos. Vão ver que sou deficiente físico e posso competir com pessoas que não possuem deficiência”, projeta Eduardo.

PUBLICIDADE

Busca por patrocínios para disputa do Brasileiro

O sonho em ser ciclista profissional é antigo, de acordo com o paratleta. E há 2 anos, quando começou a participar de competições, se tornou realidade. Mesmo com pouco tempo de prática, o atleta já acumula os títulos de campeão da 1ª e da 2ª Copas Rio de Ciclismo e um vice no desafio da Estrada Real em 2021.

PUBLICIDADE

Mas segundo Eduardo, ele é “um atleta baixa renda, que vive de doações, ajudas e parcerias”. Por isso, torna-se impossível disputar competições maiores, em outras cidades, sem ajuda financeira. “Todas minhas parcerias são permutas, em forma de propaganda. O que mais me agarra é não ter um patrocínio que venha a custear as minhas viagens para as competições. Meu sonho é ir para um Brasileiro, mas é muito caro. Por exemplo, eu tinha uma meta no início do ano, de fazer quatro competições. Três etapas da Copa do Brasil (duas em São Paulo e uma em Mato Grosso), e o Campeonato Brasileiro. Mas cada uma é no mínimo R$ 2.500, e eu sou pai de família, tenho dois filhos, ganho salário mínimo e pago aluguel. Então fica difícil, preciso de patrocínios”, explica à Tribuna.

Pela falta de ajuda, Eduardo conta que não deve participar da primeira etapa da Copa do Brasil, que começa no início de junho, em Ribeirão Preto. Mas ainda há esperança para competir no torneio de seus sonhos, o Brasileiro. “Atualmente, tenho treinado muito, mas sem competições a vista. Gostaria de conseguir patrocínio para o Rei da Montanha e para o Campeonato Brasileiro, que eu sempre quis participar”, pede o atleta. Aos interessados em ajudar, Eduardo Santana disponibiliza o número (32) 99847-1494 para contato.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile