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Gustavo Borges elogia juiz-forana Larissa Oliveira: ‘Excelente nadadora’

gustavo borges by felipe couri
Gustavo esteve em Juiz de Fora e aproveitou para avaliar as atuações dos atletas locais (Foto: Felipe Couri)
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Aos 46 anos, Gustavo Borges segue próximo das piscinas, contribuindo com a formação de pessoas por meio da natação. Ex-atleta de ponta, dono de quatro medalhas olímpicas – como as pratas individuais nas provas dos 100m livre em Barcelona 1992 e de 200m livre em Atlanta, no ano de 1996 -, o ídolo brasileiro esteve em Juiz de Fora na última semana, deu autógrafos, conversou com atletas amadores de todas as idades e ainda elogiou a nadadora local, Larissa Oliveira, durante entrevista exclusiva à Tribuna.

Sobre a atleta da cidade que atua no Esporte Clube Pinheiros, onde Gustavo também já fez história, ele exaltou os feitos de Larissa no último Pan, em Lima, no Peru, com a conquista de sete medalhas que, somadas às três que ela já possuía, fez da juiz-forana a esportista com maior número de medalhas em Pan-Americanos pelo Brasil.

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“A Larissa é uma excelente nadadora, está no Pinheiros com o Albertinho (técnico) agora, se não me engano, e faz um belíssimo trabalho. Os resultados dela nas provas de 100m e 200m livre são fantásticos. Até os 400m ela nada de vez em quando, mas está mais focada nos 200m, prova dela. E compõe todos os revezamentos brasileiros, faz um trabalho maravilhoso. As meninas daqui devem acompanhar a Larissa e a ter como espelho. É um belo exemplo para a natação feminina”, reitera Gustavo.

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Outro destaque da região é o paratleta Gabriel Araújo, de cinco medalhas, um recorde mundial e outros dois brasileiros no último Parapan, em Lima. Questionado sobre a importância do trabalho desenvolvido na cidade, ele afirmou que acompanha o trabalho em nível nacional. “Os resultados são fantásticos tanto no nível pan-americano, quanto no olímpico. E fico muito feliz com o desenvolvimento, com os resultados e os exemplos que essa turma dá para o Brasil. Quanto mais o país for ativo, melhor é para a saúde, para a autoestima, ao resultado de alta performance das pessoas, porque independente do trabalho que você exerce, a atividade física, o esporte é muito importante.”

Luta até Tóquio 2020

O ex-nadador ainda deu sua opinião sobre as expectativas da natação brasileira para a Olimpíada de Tóquio, no próximo ano. “Estamos em um cenário de bastante luta até a Olimpíada de 2020. Temos no Bruno Fratus (50m livre) um dos nossos melhores resultados, e o revezamento está entre as oito melhores equipes do mundo. Temos um cenário bastante interessante, com poucas chances de medalha até o momento, mas isso pode mudar até abril do ano que vem, com a seletiva. Depois dela teremos um cenário um pouquinho mais claro. Mas a priori olhamos para o Bruno e no 4x100m masculino como boas chances de disputar medalha. Vamos aguardar, ver o que vai acontecer, e partir para 2020 com bastante foco”, analisa.

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“Estica e finaliza a braçada”

Gustavo Borges veio a Juiz de Fora para visitar três academias que, em parceria, adotaram a sua metodologia de treinamento na área aquática ligada também à formação educacional dos nadadores. Sua primeira visita, ainda em 2011, na Academia Mergulho, foi relembrada por ele no mesmo local, e por atletas e pais que foram o visitar e pedir conselhos. “Quando visito as cidades, passo nos parceiros, sendo muito bom reencontrar alunos, ter o contato com os pais, reforçar o papo e colocar o assunto em dia”, explica.

Medalhista olímpico conversou com atletas amadores de todas as idades e deu dicas para a evolução na natação (Foto: Felipe Couri)

Entre as conversas com os juiz-foranos presentes, ele abriu o primeiro bate-papo com um conselho àqueles que buscam evoluir não apenas desportivamente.

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“Desde que estejamos focados em alguma coisa, este será o primeiro passo para o sucesso. Há o foco, a correção e a repetição. Repetir aquilo que estamos corrigindo, porque quando repetimos as coisas certas, também caminhamos corretamente.”

Em seguida, após ser perguntado por uma aluna, Gustavo deu preciosa dica que levou para sua vida desde a época de aspirante às grandes conquistas na natação. “Eu tinha um treinador que virava para mim e falava que eu tinha que fazer uma série de 30 vezes de 50 metros. E pedia para esticar e finalizar a braçada. Eu nadava 50 metros, ele repetia que eu tinha que esticar e finalizar a braçada. Ficou repetindo isso mais de meia hora. E colocou isto na minha cabeça. Se funcionou comigo, também pode com outras pessoas. Essa é a dica que eu dou, estica e finaliza a braçada.”

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