Os primeiros 15 minutos foram de muito estudo. Enquanto os poloneses tentavam chegar à meta do goleiro Ndiaye mais na base da troca de passes, Senegal explorava as saídas rápidas para o contra-ataque como principal arma.
Todas as jogadas de ataque da Polônia passavam pelos pés de Robert Lewandowski. O problema é que o atacante do Bayern de Munique estava muito bem marcado e soltava a bola rapidamente para seus companheiros, que não são do mesmo nível.
Com o passar do tempo, o técnico do Senegal, o ex-jogador da seleção senegalesa Aliou Cisse, percebeu a pouca movimentação dos poloneses e armou o bote: a ideia era agilizar a transição da defesa para o ataque, usando Mané, o craque do time, que fez excelente temporada no Liverpool ao lado do brasileiro Roberto Firmino e do egípcio Mohamed Salah.
A estratégia deu certo. Aos 36 minutos de jogo, Mbaye Niang recuperou a bola, Mané atraiu a atenção de dois marcadores apenas com o deslocamento em campo e o volante Gana Gueye apareceu na entrada da área, livre. Niang então rolou a bola e Gueye chutou forte, mas sem direção – no caminho, ela desviou no zagueiro brasileiro Thiago Cionek e enganou o goleiro Wojciech Szczesny.
Depois, até o final da primeira etapa, os dois times não tiveram mais nenhuma grande oportunidade para balançar as redes
Na segunda etapa, o técnico da Polônia fez uma alteração e subiu o posicionamento de seus meio-campistas e defensores. Assim, mais compacto, com os jogadores mais perto um do outro, o time ficou mais ágil.
A primeira boa chance para empatar surgiu aos quatro minutos. Lewandowski recebeu ótimo passe no meio dos zagueiros e partiu em velocidade do meio-campo. Ele só foi parado com falta. Ele mesmo cobrou muito bem, mas, atento, o goleiro Ndiaye conseguiu espalmar.
O time teve outra excelente chance de marcar o primeiro gol no Mundial aos dez minutos. Em boa jogada pela esquerda do ataque, Rybus cruzou na segunda trave e Lukasz Piszczek, sozinho, pegou mal na bola, que mesmo mascada, passou com perigo, rente à trave
O problema é que a Polônia, mais uma vez, entregou um gol de graça para Senegal. Aos 14, Kalidou Koulibaly deu um bico para a frente desde a defesa africana. Jan Bednarek foi cortar, mas errou. O goleiro Szczesny saiu mal do gol e Mbaye Niang ficou sozinho, com o gol aberto, livre para fazer o segundo e aumentar a festa da pequena torcida da seleção no estádio.
A Polônia ainda tentou se arrumar em campo e, mais na base da raça do que da técnica, chegou ao seu gol aos 41 do segundo tempo. Em falta levantada na área, Grzegorz Krychowiak subiu mais do que todo mundo e fez um lindo gol de cabeça, para explosão polonesa no estádio. O árbitro chegou a consultar o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo, na sigla em inglês) para ver se havia impedimento, mas o lance foi normal.
Depois, até o final do jogo, Senegal soube segurar a bola para não sofrer mais nenhuma pressão. As duas equipes voltam a campo no domingo. Às 12h, Senegal joga contra o Japão (que também venceu na estreia) e às 15h, a Polônia encara a Colômbia. Os horários são os de Brasília.
FICHA TÉCNICA:
POLÔNIA 1 x 2 SENEGAL
POLÔNIA – Wojciech Szczesny; Lukasz Piszczek (Bartosz Bereszynski), Michal Pazdan, Thiago Cionek e Maciej Rybus; Grzegorz Krychowiak e Piotr Zielinski; Jakub Blaszczykowski (Jan Bednarek), Arkadiusz Milik (Dawid Kownacki) e Kamil Grosicki; Robert Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.
SENEGAL – Khadim Ndiaye; Moussa Wagué, Salif Sané, Kalidou Koulibaly e Youssouf Sabaly; Ismaila Sarr, Pape Ndiaye (Cheikhou Kouyaté) , Gana Gueye e MBaye Niang (Moussa Konate); Sadio Mané; Mame Diouf (Cheikh NDoye). Técnico: Aliou Cisse.
GOLS – Thiago Cionek (contra), aos 37 minutos do primeiro tempo; Mbaye Niang, aos 15, e Grzegorz Krychowiak, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Grzegorz Krychowiak, Salif Sané, Gana Gueye.
ÁRBITRO – Nawaf Shukralla (Bahrein).
RENDA – Não disponível.
PÚBLICO – 44.190 pagantes.
LOCAL – Spartak Stadium, em Moscou.