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Tupi perde para o Paysandu em Belém

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Fabrício Soares e Ewerton Maradona se cumprimentam ao fim do primeiro tempo
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Uma batalha foi perdida, mas a guerra ainda não acabou. Até ontem invicto há 13 jogos, o Tupi foi a Belém do Pará disposto a mostrar a força que fez com que a equipe ficasse em primeiro lugar no Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro na fase de classificação. Esforço não faltou, mas o Paysandu saiu com a vitória por 2 a 1, na tarde deste sábado (18), no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, em partida válida pelas quartas de final da competição. O triunfo deu a vantagem ao Papão, que agora joga por um empate, no próximo sábado (25), no Estádio Radialista Mário Heleno, em Juiz de Fora, para avançar às semifinais da Terceira Divisão. O gol fora de casa, porém, dá ao Carijó a chance de se classificar com uma vitória simples, desde que não sofra gol, e assim garantir uma das quatro vagas para a Série B em 2015. Augusto Recife e Bruno Veiga marcaram os dois gols do Paysandu, e Bruno Barros descontou para os visitantes.

O público ainda chegava ao Mangueirão, que ficou fechado por quatro meses para reformas, quando a partida teve início. Uma chuva leve caía apesar do sol e do calor, mas logo ela foi embora. Desde o apito inicial, o Tupi precisou encarar o gramado ruim e a disposição do Paysandu, que comemora o seu centenário e era empurrado pela torcida. Aos 4 minutos, após disputa na intermediária do Carijó, o Papão teve a chance de abrir o placar com o chute colocado de Ruan, de fora da área, mas a bola passou sobre o travessão de Rodrigo.

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Se não conseguia criar chances de gol, os visitantes pelo menos conseguiam equilibrar as ações no meio, com várias faltas de ambos os lados – tanto que, aos 11, Genalvo recebeu o primeiro amarelo após entrada mais forte. Os primeiros 20 minutos foram marcados por apenas uma chance do Paysandu, com o Tupi arriscando chutes de longa distância que não representavam perigo. Não demorou muito para Augusto Recife, do Papão, também ser advertido com o amarelo após entrada violenta em Chico.

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Na melhor chance da etapa inicial, Ewerton Maradona desceu até a linha de fundo, à esquerda do ataque, e cruzou para Maguinho, que tentou de letra e desperdiçou a oportunidade de abrir o placar. Aos 37, com o Carijó mais animado, o lateral-direito Henrique tentou simular um pênalti e, como prêmio, foi agraciado pelo juiz Rodrigo Raposo com o amarelo. No último lance de perigo, aos 43, Airton cruzou da esquerda, a zaga do Tupi parou, e Ruan, sozinho, da marca do pênalti, cabeceou por cima do gol de Rodrigo. Pelos primeiros 45 minutos, o Tupi suportou bem a pressão dos mais de 30 mil torcedores presentes ao Mangueirão.

Gols, só no segundo tempo

Para o segundo tempo, ninguém mudou nada. O que parecia mudar era a dinâmica da partida, pois com menos de 30 segundos Ruan já havia chutado contra o gol do Tupi, mas o tiro foi fraco e Rodrigo defendeu facilmente. E foi o mesmo Ruan, aos 2 minutos, que invadiu a área do Carijó e chutou forte, desta vez, exigindo boa defesa do goleiro da equipe de Juiz de Fora. A pressão inicial do Paysandu rendeu frutos com menos de 5 minutos, quando Yago Pikachu chutou de fora da área e a bola bateu na mão de Fabrício Soares, no limite da grande área. O juiz, após consultar o bandeirinha, marcou o pênalti. Augusto Recife bateu no meio do gol e abriu o marcador para o time da casa, levando a torcida ao delírio.

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Em desvantagem, o Tupi se lançou mais ao ataque. Aos 10 minutos, o técnico Léo Condé fez a primeira alteração, colocando Douglas Oliveira no lugar de Elder Santana. Logo no minuto seguinte, o atacante quase empatou a partida: ele cabeceou contra o gol do seu xará do Paysandu que, com um tapinha, fez grande defesa.
O Alvinegro de Santa Terezinha seguia atacando e dava espaço para os contra-ataques do Papão. E foi num contragolpe que o Paysandu ampliou, aos 18: Charles (que já havia cometido duas faltas violentas sem levar cartão) deu um chutão para o ataque, e Ruan, pela direita, ganhou a disputa com Raphael Toledo, avançou e cruzou para o meio da área. Bruno Veiga, sozinho, chutou para o fundo das redes do Tupi, provocando nova festa do Mangueirão.

Restou a Léo Condé tornar o Carijó ainda mais ofensivo, colocando Ademilson no lugar de Henrique. Já o treinador Mazola Junior, do Paysandu, resolveu segurar o resultado: tirou um meia ofensivo – no caso, Ewerton – e colocou em seu lugar um volante, Ricardo Capanema. O Paysandu se fechava na defesa e diminuía os espaços para o Tupi que, sem criatividade, tinha como única opção alçar a bola dentro da área paraense.

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Aos 32, Toledo cobrou falta que levou algum perigo ao time adversário, e foi substituído em seguida por Bruno Barros. O Papão também mudou, trocando Augusto Recife por Marcos Paraná. Logo em seguida, aos 34, Zé Antônio, capitão do Paysandu, deu carrinho violento em Douglas e nem teve a advertência do cartão amarelo: o árbitro mostrou o vermelho direto. Com um a menos, o técnico da equipe da casa tirou Bruno Veiga e colocou Djalma para recompor o setor de marcação.
O Tupi aumentou a pressão e, aos 39, Douglas defendeu no reflexo um chute de fora da área que foi desviado no meio do caminho. Na cobrança de escanteio, porém, o mesmo Douglas falhou na saída de bola e, no rebote, Bruno Barros marcou para o Tupi. Os carijós se lançaram ainda mais ao ataque, tentando o segundo gol, e num desses lances Bruno Barros levou cartão amarelo ao tentar simular uma falta. E foi máximo que o Carijó conseguiu até o apito final.

Contas
Agora, a situação é a seguinte: o Tupi precisa de uma vitória simples, desde que não sofra gols, para avançar às semifinais e conquistar a vaga para a Série B. Se houver novo 2 a 1, mas desta vez para o Carijó, o acesso será disputado nos pênaltis. Para o Paysandu, qualquer empate serve, assim como a vitória. Derrota por um gol de diferença a partir de 3 a 2 também satisfaz os paraenses, que não terão Augusto Recife e Zé Antônio, suspensos, para o próximo duelo. Do lado do Tupi, o amarelo recebido por Bruno Barros também o coloca de fora da partida decisiva.

 

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